Bom dia! Aqui estão os principais assuntos para você começar o dia bem-informado.
O avanço do coronavírus nos Estados Unidos (EUA) fez o presidente Donald Trump mudar de discurso: ele pediu para a população ficar em casa até 30 de abril. No Brasil, o coronavírus já infectou pelo menos 4.256 pessoas e matou 136, segundo o Ministério da Saúde. Nesse contexto, o Fantástico mostrou denúncias de profissionais de saúde que trabalham no contexto de pandemia, o trabalho das UTIs no tratamento dos doentes e os hospitais de campanha que estão sendo erguidos Brasil afora. A cidade de São Paulo reduz a circulação de sua frota de ônibus em 40%. O Twitter apagou duas publicações da conta oficial do presidente Jair Bolsonaro. E a vida em tempos de quarentena é o tema do podcast O Assunto.
Trump posterga isolamento
Trump anuncia que diretrizes de isolamento social nos EUA vão até o fim de abril
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https://globoplay.globo.com/v/8441297/
O presidente dos EUA, Donald Trump, mudou de discurso e pediu, em coletiva neste domingo (29), para a população ficar em casa até 30 de abril. A diretriz anterior era de encerrar o isolamento na Páscoa, no dia 12. Ele chegou a defender o afrouxamento das medidas de isolamento e chegou a declarar no sábado (28) que uma quarentena não seria necessária em Nova York, New Jersey e Connecticut. Na coletiva, o presidente disse também que o pico de mortes por coronavírus no país será daqui a duas semanas. Os Estados Unidos são, atualmente, o país com mais casos confirmados de coronavírus no mundo: são mais de 2 mil mortes e mais 100 mil casos confirmados, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins.
Equipes de saúde sem equipamentos
Profissionais de saúde relatam falta de equipamentos de proteção; denúncias passam de 4mil
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https://globoplay.globo.com/v/8441305/
O Fantástico teve acesso com exclusividade a quase cinco mil denúncias recebidas pela Associação Médica Brasileira e e pelo Conselho Federal de Enfermagem nas duas últimas semanas. Médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde de todos os estados do país estão trabalhando sem os equipamentos de proteção individual, os EPIs, essenciais pra evitar a contaminação pelo novo coronavírus. "Luvas escassas, quase nenhum avental impermeável e N95 nenhuma! Estamos desesperados", relata um dos relatos. A escassez atinge até itens básicos como sabão. As denúncias vêm de hospitais públicos e particulares.
As UTIs em tempos de coronavírus
Exclusivo: veja imagens do trabalho nas UTIs que recebem pacientes de Covid-19
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https://globoplay.globo.com/v/8441300/
Imagens exclusivas do Fantástico mostram o cenário do trabalho em UTIs do Rio de Janeiro em tempos de coronavírus. Edmar Santos, secretário de Saúde do estado, diz que a mortalidade por coronavírus nas UTIs está sendo de quase 50%. "É praticamente um cara ou coroa. Nós tivemos alguns óbitos em menos de 24 horas", afirmou. A rede estadual de saúde do Rio conta hoje com 154 leitos de UTI somente para o coronavírus, número que deve aumentar até maio. A previsão é que sejam abertos outros 660.
Estados montam hospitais de campanha
Hospitais de campanha são montados em São Paulo para atender pacientes com a Covid-19
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https://globoplay.globo.com/v/8441409/
Hospitais de campanha estão sendo erguidos a toque de caixa, Brasil afora. Em São Paulo, os hospitais estão sendo montados no estádio do Pacaembu e no Centro de Convenções do Anhembi. Em Fortaleza, a construção é no estádio Presidente Vargas. Em Roraima, o Exército ajudou a erguer um hospital de campanha na capital Boa Vista e no estádio Canarinho. No Rio de Janeiro, o Maracanã, palco de muitos clássicos, deve ser transformado em hospital, e o Riocentro, um espaço de convenções importantes na cidade, também.
Posts de Bolsonaro apagados
Rede social apaga posts de Bolsonaro por violarem regras
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https://globoplay.globo.com/v/8441321/
O Twitter apagou duas publicações da conta oficial do presidente Jair Bolsonaro na noite de domingo. No lugar das publicações, feitas à tarde, aparece a mensagem: "Este tweet não está mais disponível porque violou as regras do Twitter". Mais cedo, Bolsonaro provocou aglomerações durante um passeio em Brasília e voltou a se posicionar contra o isolamento social, defendido por autoridades de saúde do Brasil e do restante do mundo. O passeio e o posicionamento foram registrados em posts no Twitter.
SP reduz para 40% a frota de ônibus
A SPTrans informou que vai reduzir para 40% a frota de ônibus em circulação na cidade de São Paulo a partir desta segunda-feira (30). Até sexta-feira (27), o transporte na capital operava com 55% dos veículos. A frota da cidade é de aproximadamente 15 mil coletivos. De acordo com a empresa, a redução é necessária, pois a utilização dos ônibus tem sido feita por 23% da média de passageiros, e a medida atende à recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que é manter o isolamento social.
Curtas e rápidas
G1 faz guia do home office em tempo de coronavírus
Sandra Cohen: Combate à pandemia de coronavírus esbarra na resistência de ultraortodoxos em Israel
G1 Assistiu: 'La casa de papel' chega à última temporada com fórmula repetitiva e troca de casais
Trilha para quarentena: G1 indica álbuns lançados no isolamento, de Pabllo Vittar a Pearl Jam
Júlio Andrade se despede de '1 contra todos' e fala sobre 'Sob pressão', novelas e isolamento
Previsão do tempo
Semana começa com chuva em boa parte do país nesta segunda-feira
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ABRACAM NOTICIAS - ESPECIAL - Veja as medidas que cada estado está adotando para combater a covid-19
ABRACAM NOTÍCIAS - ESPECIAL OS ESTADOS E A COVID-19 - COM INFORMAÇÕES DA AGÊNCIA BRASIL E FOTOS REUTERS
Veja as medidas que cada estado está adotando para combater a covid-19
De suspensão de aulas a fechamento de comércio, veja o que é regra
Na semana em que se completa um mês do anúncio do primeiro caso, em território nacional, de covid-19 – doença respiratória causada pelo novo coronavírus –, o Brasil segue em alerta para diminuir a propagação do vírus que, até o momento, já matou 92 pessoas no país.
Com 3.417 casos espalhados por todas as unidades da federação, governos estaduais e municipais têm decretado estado de calamidade pública, na esteira da declaração de uma pandemia de coronavírus, pela Organização Mundial da Saúde (OMS)
Diante da emergência sanitária mundial, as autoridades brasileiras têm estabelecido diversas regras e normas para funcionamento de serviços de saúde e serviços não essenciais.
Na maior cidade do país, São Paulo, foi decretada quarentena oficinal na última terça-feira (24), com o fechamento de todo o comércio, exceto serviços considerados essenciais como supermercados e farmácias. A mesma medida foi estendida aos 645 municípios do estado.
Na maioria das unidades da federação, as aulas, tanto na rede pública quanto na privada, estão suspensas. Eventos com grande número de pessoas também estão proibidos. Também houve mudanças no transporte público, com redução de frota, e alterações nas regras de abertura de comércios, bares e restaurantes.
Veja, abaixo, o que cada estado tem estabelecido como norma e os esforços para ampliar as redes de atendimento em saúde.
REGIÃO SUDESTE
São Paulo
Farmácias continuam funcionando em São Paulo no período de quarentena - Rovena Rosa/Agência Brasil
Em São Paulo, as primeiras medidas contra o coronavírus começaram no último dia 13, com a suspensão dos eventos com mais de 500 pessoas. No último dia 20 foi decretado estado de calamidade pública e desde a terça-feira (24) todo o comércio foi fechado no estado, deixando de fora apenas os serviços essenciais, como os supermercados e as farmácias.
Restaurantes e outros estabelecimentos ainda estão autorizados a funcionar em sistema de entrega em domicílio. As aulas também estão suspensas.
Na capital paulista, a frota de ônibus foi reduzida a pouco mais que a metade (55%), e nos sete municípios que compõe a região do Grande ABC o serviço funciona em 50% nos horários de pico e em 30% no restante do dia.
Rio de Janeiro
Bares e restaurantes de Botafogo ficam vazios na hora do almoço, no Rio de Janeiro. - Tomaz Silva/Agência Brasil
Por 15 dias, contados a partir do dia 19, estão suspensos, no estado do Rio de Janeiro, eventos e atividades com público, como shows, feiras, eventos científicos e outros, além de cinemas e teatros. O governo também suspendeu, pelo mesmo período, as aulas nas redes pública e privada.
O governo restringiu o transporte interestadual e intermunicipal entre municípios. Academias, centro de ginásticas, shoppings e centros comerciais estão com o funcionamento suspenso. Supermercados, farmácias e serviços de saúde seguem com funcionamento normal.
Bares, restaurantes estão autorizados a funcionar com 30% da capacidade de lotação e a fazerem entregas e a preparem pedidos para serem levados pelos clientes. Os cidadãos não devem frequentar praias, lagoa, rio ou piscina pública. Servidores públicos cuja atividade permita estão realizando o trabalho de forma remota, por homeoffice, ou estão em regime de revezamento.
Espírito Santo
Está suspenso, no Espírito Santo, o funcionamento de estabelecimentos comerciais por 15 dias, contados a partir de 21 de março e de academias, por 30 dias, contados a partir do dia 19 de março. Escolas, universidades e faculdades das redes de ensino públicas e privadas estão com aulas suspensas desde o dia 23 de março, pelo período de 15 dias. O governo decidiu antecipar as férias escolares na rede pública estadual.
Servidores públicos, com exceção de alguns profissionais, como os de saúde estão se revezando em trabalho remoto.
A recomendação do estado é que os cidadãos evitem frequentar as praias.
Seguem em funcionamento farmácias, comércio atacadista, distribuidoras de gás de cozinha e de água, supermercados, padarias, alimentação, lojas de cuidados animais e insumos agrícolas, postos de combustíveis, borracharias localizadas às margens de rodovias federais, estabelecimentos de vendas de materiais hospitalares, restaurantes e lanchonetes.
Minas Gerais
Atividades comerciais com potencial de aglomeração de pessoas foram suspensas e o número de passageiros no transporte coletivo foi restrito pelo governo mineiro. Restaurantes, bares e lanchonetes podem funcionar com restrições sanitárias. Já feiras, shoppings, boates e centros culturais, entre outros, estão proibidos. Serviços essenciais como coleta de resíduos, abastecimento de água e assistência médico-hospitalar estão entre os que precisam funcionar, além de farmácias, supermercados e postos de combustíveis.
O governo também suspendeu as aulas presenciais em escolas públicas por tempo indeterminado. Medida que pode ser adotada também pelas redes privadas e municipais. Equipamentos culturais e eventos oficiais também foram suspensos. Está proibida a realização de eventos e reuniões com mais de 30 pessoas. O governo de Minas Gerais também vedou práticas comerciais abusivas, pelos produtores e fornecedores, em relação a bens ou serviços essenciais à saúde, à higiene e à alimentação.
REGIÃO CENTRO-OESTE
Distrito Federal
Avenida W3 Sul em Brasília praticamente vazia - Marcello Casal JrAgência Brasil
O Distrito Federal foi a primeira unidade da federação a adotar medidas restritivas e de combate ao novo coronavírus. Na noite do dia 11 de março, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, publicou decreto suspendendo as aulas na rede de ensino público e privado em escolas, universidades e faculdades durante cinco dias. Também ficaram suspensos os eventos com público superior a 100 pessoas e que exigissem licença do Poder Público. Bares e restaurantes tinham de manter suas mesas a uma distância mínima de dois metros entre elas.
No último dia 19, o governo publicou outro decreto restringindo ainda mais a abertura de serviços não essenciais. Bares, restaurantes, casas noturnas e comércio em geral tiveram suas atividades suspensas até o dia 5 de abril. A Secretaria de Estado de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito Federal, em conjunto com a polícia, é a responsável por fiscalizar o cumprimento do decreto.
Segundo a determinação, estão suspensos os funcionamentos de parques, zoológicos, cinemas, teatros, casas noturnas, feiras, clubes, museus e shoppings. Academias de todas as modalidades esportivas, lojas de conveniência, salões de beleza, missas e cultos de qualquer religião também estão incluídos no decreto.
Os atendimentos bancários também estão suspensos. Só poderão abrir os atendimentos destinados a aliviar as consequências econômicas do novo coronavírus, bem como os atendimentos de pessoas com doenças graves.
Goiás
O governo de Goiás decretou situação de emergência na Saúde Pública no dia 13 de março. O decreto suspendeu, como medida de isolamento, eventos públicos e privados, aulas, visitas a presídios e a pacientes hospitalizados diagnosticados com covid-19. A suspensão das aulas vai até o dia 4 de abril, podendo ser prorrogada.
No dia 17 de março, outro decreto ampliou as restrições por todo o estado determinando o fechamento de todas as atividades em feiras livres, centros comerciais e, comércios de rua, restringindo o funcionamento para as atividades hospitalares e de serviços essenciais para a manutenção da vida, como supermercados, postos de combustíveis e farmácias/drogarias.
Os alunos da rede pública estadual de ensino vão receber R$ 5 por dia para a merenda escolar por meio dos cartões Bolsa Família, Renda Cidadã ou Cartão Cidadão. O texto prevê novos pagamentos caso a suspensão das aulas seja prorrogada após o período já decretado.
Pelas redes sociais, o governo pediu que a população seja “aliada na fiscalização dos estabelecimentos comerciais que não respeitarem a interrupção das atividades”.
O governo estadual também abriu uma linha de crédito para injetar R$ 500 milhões no mercado para o capital de giro emergencial dos pequenos negócios.
No transporte público, não é mais permitido que as pessoas fiquem em pé, apenas passageiros sentados.
O governo passou a disponibilizar, por meio digital, mais de 50 serviços públicos na plataforma Goiás Digital. As empresas que podem continuar abertas, como supermercados e farmácias, devem adotar uma série de medidas para prevenir o contágio do novo coronavírus. A empresa de saneamento básico do estado, a Saneago, suspendeu os cortes de água em caso de atraso no pagamento durante o período de 15 dias, a partir da publicação do decreto e elabora programa de renegociação de débito.
Mato Grosso
O Mato Grosso decretou na última quarta-feira (25) estado de calamidade. O recesso escolar de julho foi antecipado e teve início na última segunda-feira (23). Estão fechados cinemas, teatros, academias e igrejas. Restaurantes podem continuar funcionando em esquema de entrega ou em embalagens para levar. O governo estadual também intensificou o patrulhamento na fronteira com a Bolívia para evitar a entrada de estrangeiros.
Na última quinta-feira (26), um novo decreto listou as atividades cujo funcionamento é permitido, entre as quais estão o transporte coletivo e de empregados (desde que custeado pelos empregadores), táxi e aplicativos, velórios com até 20 pessoas, lojas de conveniência, açougues, distribuidoras de gás, agências bancárias e loterias, comércio de peças automotivas e materiais elétricos, oficinas mecânicas, restaurantes em rodovias, call centers, data centers, mercado de capitais e consertos de veículos e equipamentos.
Mato Grosso do Sul
No Mato Grosso do Sul as aulas presenciais foram suspensas e está sendo usado o sistema de educação à distância para manutenção de parte das atividades. Alguns municípios decretaram não só o fechamento do comércio e de serviços não essenciais, mas também toque de recolher para a população. Na capital, Campo Grande, a circulação está proibida entre as 20h e as 5h. Em Dourados, a norma vale das 22h às 5h. Na cidade, uma das mais importantes do estado, bares e restaurantes funcionam apenas por entrega ou para retirada na loja, sem permanência dos consumidores. Na fronteira com o Paraguai, Ponta Porã também adotou o toque de recolher e decretou estado de emergência no último domingo (22).
REGIÃO NORDESTE
Alagoas
Por determinação do governo do estado, 105 novos leitos de UTI para pacientes graves serão instalados. Foi criado um gabinete de crises, para que o governo tenha informações em tempo real sobre a situação de cada município, de forma a dar atendimento imediato, quando necessário.
Entre as medidas adotadas está a restrição da chegada de cruzeiros marítimos nos portos do estado. Por meio de decretos foram suspensos eventos com público superior a 500 pessoas em locais abertos, e de 100 em lugares fechados.
Também foi suspensa a presença de público em jogos do campeonato alagoano de futebol. Teatros, museus e bibliotecas estão fechados temporariamente para visitações; e a chegada de passageiros no aeroporto, nos terminais rodoviários e no Porto de Maceió vêm sendo monitorada pelas autoridades públicas.
No âmbito da administração pública, foram suspensos todos programas de treinamentos e outros coletivos para mais de 100 pessoas em todos os órgãos, bem como as viagens internacionais de servidores. No caso das viagens nacionais a serviço, elas só serão autorizadas em casos estritamente necessários.
Servidores quer viajaram a países afetados pelo coronavírus terão de ficar em quarentena; e servidores com mais de 60 anos ou portadores de doenças crônicas que fazem parte do grupo de risco receberam a recomendação de ficar em casa, executando tarefas por teletrabalho. Essa dispensa não se aplica a servidores da saúde e da segurança pública.
Bahia
Foram suspensas por 30 dias, desde o dia 19 de março, as aulas nas unidades de ensino, públicas e particulares, em todos os municípios da Bahia. Elas deverão ser compensadas nos dias reservados para os recessos futuros. Eventos com mais de 50 pessoas também estão suspensos por 30 dias a contar de 19 de março em todos os municípios baianos. Entre eles, eventos desportivos, religiosos, shows, feiras, circos, eventos científicos, passeatas e afins, bem como aulas em academias de dança e ginástica.
Zoológicos, museus e teatros também estão com as atividades suspensas. Os jogos de campeonato de futebol devem ocorrer sem a participação de público ou torcida. O transporte intermunicipal está restrito. Bares e restaurantes podem funcionar por delivery, drive-thru ou entrega na porta.
Ceará
Desde 16 de março, com a declaração de situação de emergência, a Secretaria de Saúde se tornou a responsável por articular ações e serviços de contenção ao coronavírus. O decreto determinou o cancelamento de viagens a serviço de funcionários do estado e autorizou o home office (execução de atividades de forma remota) para servidores com mais de 60 anos. A norma também prevê a suspensão das férias de servidores da saúde.
Estão suspensos por 15 dias (a contar da data do decreto): eventos públicos com mais de 100 pessoas, shows, cinemas, teatros, bibliotecas e centros culturais. Eventos esportivos só poderão ser feitos com portões fechados.
Também foram suspensas as atividades em escolas, universidades e faculdades públicas. A rede privada de ensino recebeu a mesma recomendação. As novas regras incluem também a obrigação de higienização no transporte público e prevê punições àqueles que aumentarem abusivamente o preço de produtos de saúde.
O governo do Ceará liberou R$ 200 milhões em recursos para combater o covid-19 no estado. Entre as medidas adotadas está a aquisição de 600 novas UTIs, o que, segundo o governo local, “praticamente dobra” a capacidade de atendimento do sistema.
Alguns leitos foram adquiridos temporariamente, caso do Hospital Leonardo da Vinci, com 230 leitos, sendo 30 de UTI, para atender com exclusividade pacientes com o coronavírus. Também foi autorizada a montagem de três hospitais de campanha, a partir das estruturas básicas do Hospital Geral de Fortaleza, do Hospital do Coração e do Cesar Cals. Cada um deles terá 50 leitos disponíveis, totalizando mais 150 em Fortaleza.
Outros 150 leitos serão disponibilizados no interior do estado, sendo 50 em cada hospital regional de Sobral, Quixeramobim e de Juazeiro do Norte. Além disso foram requisitadas 100 mil máscaras e 400 mil litros de álcool gel para os equipamentos públicos de saúde, e a aquisição de 10 mil kits de teste rápido.
O serviço TeleSaúde (0800 2751475) está funcionando com 150 linhas. O atendimento é feito por profissionais de saúde que elucidam as dúvidas do público. Para diminuir a circulação do novo coronavírus, foi declarado ponto facultativo para os servidores estaduais.
Autoridades locais têm se reunido com o setor produtivo do Ceará (indústria, comércio e serviços) para avaliar os efeitos da crise na economia e as ações que deverão ser tomadas.
Maranhão
Por meio de decretos, grandes eventos do governo e aqueles que precisam de licença dos bombeiros foram suspensos em todo o estado do Maranhão.
O governo maranhense suspendeu as aulas em todas as escolas e universidades por 15 dias no Maranhão; e determinou isolamento domiciliar a todas as pessoas que chegam às unidades de saúde com síndromes gripais.
A decretação de situação de calamidade pública foi feita no dia 19 de março. Viagens de ônibus interestaduais foram suspensas por 15 dias. Teve também início a barreira sanitária na rodoviária de São Luís, para inspeção de passageiros, medindo temperatura corporal dos passageiros. Exames e controles de passageiros também passaram a ser feitos em aeroportos.
O decreto previa também o pagamento de salário integral aos profissionais de saúde que vierem a adoecer por conta do trabalho de combate ao coronavírus. O governo liberou também o pagamento do Edital Prêmio Mestres e Mestras da Cultura Popular e Tradicional, de forma a gerar renda à categoria.
As visitas no sistema prisional do Maranhão foram suspensas por 15 dias. Também foram suspensos, pelo mesmo prazo, serviços não essenciais (em academias, shopping center, cinemas, teatros, bares, restaurantes, lanchonetes, centros comerciais, lojas e similares).
Bombeiros foram deslocados para fazerem fiscalizações, com o objetivo de evitar aglomerações. Eles também intensificaram as ações de orientação para que as pessoas esvaziassem as praias.
Em outro decreto, o governo determinou a continuidade de serviços prestados em hospitais, clínicas, laboratórios e demais estabelecimentos de saúde, bem como o de distribuição e comércio de alimentos por supermercados e similares, serviços de abastecimento de água, luz, gás e combustíveis. Pet shops, clínicas veterinárias e distribuição de material de construção para obras públicas essenciais também foram autorizados a ficar abertos.
O governo também manteve abertos estabelecimentos nas estradas, como oficinas e restaurantes, para dar apoio aos caminhoneiros que têm, à disposição, um número de Whatsapp (99-991910709) disponibilizado pelo governo para ter acesso a informações sobre estabelecimentos abertos nas rodovias.
Além de isentar 850 mil maranhenses de pagamento de água por dois meses, o governo reduziu o ICMS cobrado para produtos como álcool gel, álcool 70%, luvas médicas, máscaras médicas e hipoclorito de sódio.
Restaurantes populares passaram a entregar refeições para serem consumidas exclusivamente fora das unidades; e foi iniciada a distribuição de 200 mil cestas básicas a trabalhadores informais e famílias em vulnerabilidade social.
Paraíba
Na Paraíba, até o dia 5 deste mês, nas cidades que tenham casos de coronavírus confirmados, e nas respectivas regiões metropolitanas, foi proibido o funcionamento de academias, ginásios e centros esportivos púbicos e privados; shoppings, centros e galerias comerciais, bares, restaurantes, casas de festas, casas noturnas, boates e estabelecimentos similares; cinemas, teatros, circos, parques de diversão; comércio; embarcações turísticas, de esporte e lazer, em todo o litoral paraibano.
Podem funcionar restaurantes e lanchonetes localizados em rodovias, desde que não localizados em áreas urbanas e apenas para o fornecimento de alimentação pronta, devendo priorizar o atendimento aos motoristas de transporte de carga, respeitando a distância mínima de 1,5 metro entre os clientes.
Restaurantes e lanchonetes podem funcionar, mas exclusivamente para entrega em domicílio (delivery), inclusive por aplicativos e como pontos de coleta pelos próprios clientes.
Os supermercados devem realizar controle de acesso a uma pessoa por família, a não ser em caso de absoluta impossibilidade da presença desacompanhada; limitar o número de clientes a uma pessoa por cada 5 metros quadrados (m²) do estabelecimento; e cumprir todas as recomendações de prevenção e controle para o enfrentamento da covid-19.
Desde o dia 27, os estabelecimentos bancários podem prestar atendimento presencial, exclusivamente para atividades que não possam ser realizadas nos caixas eletrônicos e canais de atendimento remoto, bem como para prestar auxílio ao atendimento dos aposentados, pensionistas e beneficiários do Bolsa Família.
As casas lotéricas também voltaram a funcionar, devendo organizar e priorizar o atendimento para os pagamentos dos beneficiários do Bolsa Família.
Os estabelecimentos deverão adotar medidas de proteção aos seus funcionários, clientes e colaboradores, estabelecendo a distância de 1,5 metro entre cada pessoa.
O decreto também autoriza o funcionamento de oficinas e concessionárias exclusivamente para serviços de manutenção e conserto em veículos; empresas prestadoras de serviços de mão de obra terceirizada; fábricas de bomba de irrigação, ventiladores e ar-condicionado, bem como os seus respectivos serviços de manutenção; serviços funerários; vigilância e certificações sanitárias e fitossanitárias; transporte e entrega de cargas em geral; transporte de numerário; produção, distribuição e comercialização de combustíveis e derivados; e geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.
Segundo o governo local, permanecem proibidos o trabalho in loco de funcionários acima de 60 anos; gestantes e lactantes; pessoas que tenham histórico de doenças respiratórias ou doenças crônicas, que utilizam medicamentos imunossupressores ou que apresentem sintomas respiratórios, como febre, tosse, coriza ou dificuldade de respirar.
Pernambuco
O governo de Pernambuco determinou o fechamento de shoppings, salões de beleza e correlatos, clubes sociais, bares, restaurantes, lanchonetes e comércio de praia, desde o último dia 21. Bares, restaurantes e lanchonetes podem continuar atendendo por delivery e os parques e praias terão acesso exclusivamente para corrida e caminhada. Supermercados e farmácias permanecerão abertos.
As atividades da construção civil foram suspensas com exceção das urgentes e obras públicas.
Está liberado o funcionamento de padarias, feiras livres, mercados e supermercados, bem como os restaurantes e lanchonetes localizados em unidades hospitalares e de atendimento à saúde.
Também podem abrir lojas de defensivos e insumos agrícolas; farmácias, lojas de produtos de higiene e limpeza; postos de gasolina; casas de ração animal; depósitos de gás e demais combustíveis; clínicas e hospitais; serviços de abastecimento de água, gás, energia, telefonia e internet; clínicas e os hospitais veterinários; lavanderias; bancos e lotéricas; serviços de segurança, limpeza, higienização e vigilância; e hotéis e pousadas, com atendimento restrito aos hóspedes.
Piauí
Por meio de decretos, o governo do Piauí suspendeu aulas da rede pública estadual de ensino, bem como as atividades comerciais e de prestação de serviços, com exceção dos serviços considerados essenciais. Foram suspensas ainda as atividades religiosas por meio presencial em igrejas ou templos. Também foram suspensas, em todo o estado, atividades que propiciem aglomerações em parques ou espaços acessíveis ao público.
Só estão funcionando atividades dos seguintes segmentos: mercados, supermercados, hipermercados, padarias, lojas de conveniência e de produtos alimentícios; farmácias, drogarias e comércio de produtos sanitários e de limpeza; lavanderias; postos revendedores de combustíveis, distribuidoras de gás e borracharias; hotéis, com atendimento exclusivo dos hóspedes; transportadoras; serviços de segurança e vigilância; serviços de alimentação preparada exclusivamente para sistema de entrega; bancos, serviços financeiros e lotéricas.
Segundo o governo do Piauí, o consumo de alimentos nos estabelecimentos está proibido, de forma a evitar qualquer tipo de aglomeração. Deste modo, os hotéis devem servir as refeições aos seus hóspedes, exclusivamente, nos quartos.
Também estão sendo feitos trabalhos de fiscalização com barreiras sanitárias nas divisas do estado. Ao ingressarem no Piauí, as pessoas devem permanecer em quarentena mínima de sete dias.
O governo adquiriu uma remessa extra de Equipamentos de Proteção Individual, (EPIs), que serão distribuídos nos hospitais. São 2.000 litros de álcool em gel 70%, 4.550 aventais cirúrgicos, 8.000 luvas de látex, 50.000 máscaras triplas cirúrgicas e mil pacotes de toucas, que serão entregues nos hospitais da rede estadual, municipal e federal.
Atualmente, o Piauí conta com 422 leitos de UTIs (rede pública e privada). Já os leitos disponíveis para pacientes com covid-19 são 135. Destes, 35 já existiam (e foram disponibilizados para esse atendimento exclusivo) e 100 são novos leitos, criados especialmente para atendimento à população que necessite de cuidados intensivos durante a pandemia.
Rio Grande do Norte
Bares, restaurantes, praças de alimentação e food trucks foram fechados em todo o estado. Foi proibido o transporte coletivo intermunicipal nos finais de semana e feriados. Durante a semana, houve redução em 50% no número de linhas. Ônibus só podem transitar com ventilação natural, ficando vedada a utilização do ar-condicionado, e com passageiros limitados ao número de cadeiras. Táxis e carros de aplicativos também foram orientados a usarem ventilação natural.
Passageiros e a tripulação de voos e navios vindos de localidades onde houve contaminação são orientados a se isolarem por, no mínimo, sete dias, mesmo não apresentando sintomas.
Foram suspensas atividades coletivas de qualquer natureza em eventos com público superior a 50 pessoas. Também foi proibido o acesso a shoppings centers com sistema de ar-condicionado central; e o fechamento de academias de ginásticas e similares, casas de recepções e eventos, boates, salões de festas, teatros, centros de artesanatos, cinemas, equipamentos culturais, lojas maçônicas, igrejas e templos religiosos e ambientes correlatos, clubes, parques públicos, parques de diversões e unidades de conservação da natureza.
Mercados, farmácias e supermercados têm de respeitar a lotação máxima de uma pessoa a cada 5 m² da loja, devendo seguir a orientação de atender apenas uma pessoa por família, bem como a de limitar as compras de bens essenciais à saúde, higiene e alimentação.
O atendimento ao público em agências bancárias foi proibido, cabendo aos bancos a responsabilidade de reabastecer e garantir a higienização dos caixas eletrônicos, inclusive com a disponibilização de álcool em gel. O atendimento ao público externo foi também suspenso nas Centrais do Cidadão e no Detran.
A utilização das áreas de praia passou a ser limitada à prática de atividades físicas individuais (caminhadas e corridas), observadas as recomendações de distanciamento mínimo de 1,5 metro entre os usuários. Mesas e cadeiras não podem ser disponibilizadas.
O governo liberou alguns servidores públicos para realizarem seus trabalhos remotamente, em seu próprio domicílio. É o caso de pessoas com mais de 60 anos, portadores de doenças respiratórias ou cardíacas crônicas, gestantes, lactantes, mulheres com filho menor de 12 anos, pessoas com diabetes, hipertensas, imunodeprimidas, em tratamento contra o câncer ou que utilizem transporte público no percurso entre a casa e o trabalho.
Também teve início um programa de voluntariado visando recrutamento de pessoas para reforçar as medidas de enfrentamento ao novo coronavírus.
Sergipe
O governo proibiu eventos e reuniões, suspendendo, inclusive os festejos juninos. Foram suspensas as atividades e os serviços públicos e privados considerados não essenciais, como academias, shopping centers, galerias, boutiques, clubes, boates, casas de espetáculos, salão de beleza, clínicas de estética e outras. A entrada de novos hóspedes em hotéis no estado foi restringida, assim como a circulação de transportes interestaduais e atracação de navios. Estabelecimentos comerciais devem fixar horários ou setores exclusivos para atender clientes com 60 anos ou mais e aqueles de grupos de risco.
Restaurantes, bares e lanchonetes devem utilizar, apenas, o sistema de delivery ou retirada para entrega, adotando, em qualquer caso, medidas suficientes de higienização no desempenho das atividades. Os estabelecimentos comerciais essenciais devem funcionar com sistemas de escalas, de revezamento de turnos e alterações de jornadas e tomar outros cuidados para evitar o contágio. As atividades educacionais em todas as escolas, universidades e faculdades, das redes de ensino pública e privada, estão suspensas até o dia 17 de abril.
REGIÃO NORTE
Acre
O Acre determinou o fechamento de academias, cinemas, teatros, bares, casas noturnas, feiras, lojas e a suspensão das aulas em escolas e faculdades. As igrejas estão autorizadas a manter o atendimento individual. Bancos, oficinas mecânicas, óticas, supermercados, chaveiros e funerárias seguem funcionando.
Amapá
Desde o último dia 20, um decreto do governo do Amapá suspendeu por 15 dias todas as atividades que poderiam gerar aglomerações: atividades comerciais, culturais, esportivas, religiosas e serviços públicos. Só ficaram de fora os estabelecimentos médicos e hospitalares, além da cadeia de distribuição de alimentos.
Amazonas
No Amazonas, desde o dia 21 deste mês, o governador Wilson Lima determinou o fechamento de restaurantes, bares, lanchonetes, praças de alimentação e similares. Pelo decreto, os estabelecimentos poderão funcionar exclusivamente para entrega em domicílio e como pontos de coleta.
A suspensão não se aplica a bares, restaurantes, lanchonetes e estabelecimentos que funcionem no interior de hotéis, pousadas e similares, desde que os serviços sejam prestados exclusivamente a hóspedes e que sejam observadas as recomendações da autoridade sanitária de distanciamento mínimo de 1,5 m entre as mesas e de até quatro cadeiras por mesa.
Também ficou suspenso o funcionamento de todas as boates, casas de shows, casas de eventos e de recepções, salões de festas, inclusive privados, parques de diversão, circos e estabelecimentos similares. Além disso, igrejas, templos religiosos, lojas maçônicas e estabelecimentos similares também estão com suas atividades suspensas.
Outro decreto, publicado no Diário Oficial do estado do Amazonas no dia 24 deste mês, define os serviços essenciais que podem funcionar: supermercados atacadista e pequeno varejo alimentício; padarias, exclusivamente para venda de produtos; restaurantes na modalidade delivery; distribuidora de água mineral e gás de cozinha; estabelecimentos que comercializem alimentos e medicamentos destinados a animais; e agências bancárias e loterias utilizando o protocolo de segurança visando evitar a aglomeração de pessoas na área interna e externa do estabelecimento.
Na área de saúde: clínicas que tratem em caráter continuado pacientes oncológicos, cardiopatas, renais, diabéticos, obstétricas e pediátricos; clínicas que prestem serviços de assistência à saúde com serviços médicos ambulatoriais, visando a diminuição da sobrecarga da rede pública e privada; clínicas de vacinação; serviço de assistência à saúde dos animais; serviços odontológicos de urgência.
Pará
No dia 20 de março, a Assembleia Legislativa reconheceu o estado de calamidade pública e constituiu comissão para acompanhar a situação fiscal e a execução orçamentária e financeira das medidas relacionadas à pandemia do novo coronavírus.Diversos órgãos suspenderam os atendimentos presenciais ao público externo, postergando prazos em uma série de serviços, inclusive relativos a registros e licenciamentos veiculares.
A visitação a arquivos públicos, museus, bibliotecas, galerias e memoriais foram suspensas, assim como programações culturais, espetáculos, visitas guiadas a teatros, palestras e oficinas programadas pela Secretaria de Estado de Cultura. Nenhuma autorização ou licenciamento está sendo dado para eventos, reuniões e/ou manifestações, de caráter público ou privado, e de qualquer espécie, com audiência igual ou superior a 500 pessoas.
As aulas das escolas de toda a rede pública estadual foram suspensas. A oferta de merenda escolar, no entanto, foi mantida. Apesar de suspenso, o curso de bacharelado na área de saúde, da universidade estadual (Uepa), está autorizado a treinar e capacitar estudantes para atendimento de pessoas que apresentem sintomas ou tiverem sido contaminadas.
O governo paraense informou que pretende acelerar obras para ampliar o número de leitos na rede hospitalar pública. A expectativa é que, em 60 ou 70 dias, entregas já tenham sido feitas aos hospitais Regionais de Castanhal (1ª etapa), Itaituba e do distrito de Castelo dos Sonhos, em Altamira.
Férias e afastamentos de agentes das áreas de saúde, segurança e demais setores estratégicos poderão ser interrompidos. No campo do controle sanitário, medidas complementares estão sendo implementadas em portos, aeroportos, terminais rodoviários e hidroviários.
Pessoas provenientes do exterior e de locais onde haja transmissão sustentada da doença são orientados a isolamento domiciliar por pelo menos 14 dias, sob risco de responsabilização civil, administrativa e penal em caso de descumprimento. Visitas de familiares a unidades prisionais estão suspensas.
Não estão autorizados deslocamentos de servidores, empregados e colaboradores da administração pública, salvo autorizações expressas da Casa Civil. A realização de trabalho remoto pode ser autorizada para servidores com idade a partir de 60 anos, grávidas e lactantes, e para pessoas portadoras de doenças respiratórias, cardiovasculares, câncer, diabetes, hipertensão ou com imunodeficiência.
Também estão autorizadas ao trabalho remoto servidores que apresentarem febre ou sintomas respiratórios como tosse seca, dor de garganta, mialgia, cefaleia e prostração, dificuldade para respirar e batimento das asas nasais; e aqueles que retornaram de viagem a locais onde haja transmissão sustentada de covid-19.
Prestadores de serviço de transporte de passageiros foram obrigados a disponibilizar álcool em gel 70% para uso individual dos passageiros, bem como higienizar bancos, pisos, corrimões e demais áreas de uso comum com desinfetante hipoclorito de sódio a cada conclusão de trajeto.
Outra medida adotada foi a de reduzir de 17% para 3% o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do álcool em gel, do álcool 70%, hipoclorito de sódio 5%, luvas e máscaras médicas, que passam a fazer parte da cesta básica. A comercialização do álcool foi limitada a três unidades por consumidor.
De acordo com o governo local, pelo menos 500 estabelecimentos comerciais já foram fechados por descumprir a determinação de fechamento de bares, restaurantes e casas noturnas.
Rondônia
Em Rondônia, o governo estadual decretou estado de calamidade pública no último dia 20. Na última quinta-feira (26), entretanto, o governo anunciou adequações ao decreto para “garantir o desenvolvimento do setor produtivo”.
A nova norma autoriza o funcionamento dos seguintes serviços: clínicas, comércio de produtos agropecuários, pet shops, indústrias, obras de construção e reforma, oficinas mecânicas, peças automotivas, manutenção, hotéis, escritórios de contabilidade, lotéricas, materiais de construção e restaurantes à margem de rodovias.
Os trabalhadores em grupo de risco podem ser colocados em teletrabalho ou ter férias antecipadas. Para os demais, é recomendada alteração de jornada e revezamentos para evitar aglomerações.
Roraima
O governo de Roraima antecipou, no último dia 16, o recesso escolar de julho. Também foram instaladas barreiras sanitárias no Aeroporto de Boa Vista, e nas cidades de Pacaraima e Bonfim, que fazem fronteira com a Venezuela e com a Guiana, respectivamente. Na terça-feira (23), foram interrompidas as linhas de ônibus intermunicipais no estado.
Tocantins
O governo de Tocantins declarou Estado de Calamidade Pública, suspendeu as aulas, determinou a aquisição de testes rápidos para covid-19 e comprou mais equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os hospitais. Além disso, solicitou a aquisição de cerca de 150 mil kits de alimentos para estudantes da rede estadual, reduziu a jornada de trabalho dos servidores públicos e suspendeu visitas a detentos e a entrada nos parques estaduais.
Segundo informações do governo estadual, foi determinada a suspensão dos cortes de água e energia.
“Nossas medidas foram no sentido de fortalecer o sistema de saúde, normatizar os serviços públicos e orientar a população a ficar dentro de casa durante a pandemia. Deixamos a cargo das autoridades municipais a decisão sobre a forma como o comércio de cada cidade deveria funcionar”, disse o governador Mauro Carlesse em site oficial.
O governo do estado solicitou que as empresas evitassem aglomerações e seguissem as normas sanitárias, mas a decisão sobre o fechamento do comércio ficou a cargo das autoridades municipais.
REGIÃO SUL
Paraná
As aulas presenciais em escolas estaduais públicas e privadas, inclusive nas entidades conveniadas com o estado do Paraná, e em universidades públicas estão suspensas desde o dia 20 de março. Estão suspensos também os eventos públicos ou particulares com reunião acima de 50 pessoas, incluindo, por exemplo, cinemas, bibliotecas e museus. Academias e shopping centers devem ficar fechados por tempo indeterminado.
Podem funcionar, no entanto, consultórios médicos, unidades hospitalares, laboratoriais e farmacêuticas, supermercados, bancos, postos de combustíveis, revendedores de gás e estabelecimentos que fornecem alimentação exclusivamente para entrega em domicílio.
O governo recomendou que bares e restaurantes fechem até a meia-noite e que esses estabelecimentos intensifiquem a higienização de áreas comuns, além de alertar para a separação de, no mínimo, um metro de distância entre um cliente e outro. Servidores com mais de 60 anos, com doenças crônicas, problemas respiratórios, gestantes e lactantes, estão em trabalho remoto obrigatório.
Rio Grande do Sul
O Rio Grande do Sul restringiu a circulação e o ingresso de transporte interestadual público e privado no estado e determinou que transportes coletivos cirulem apenas com os passageiros sentados. O governo também proibiu a realização de eventos e reuniões com mais de 30 pessoas.
O governo fechou shoppings e centros comerciais, mas manteve abertas farmácias, clínicas de atendimento na área da saúde, supermercados, agências bancárias, restaurantes e locais de alimentação nesses locais. Bares, restaurantes e lanchonetes devem adotar uma série de medidas de higiene para evitar a contaminação pelo vírus. Devem também diminuir o número de mesas para evitar concentração de pessoas.
As praias foram interditadas. Templos religiosos podem funcionar respeitando o limite máximo de 25% da capacidade de assentos do local, além de tomar outros cuidados. As aulas na rede pública estão suspensas.
Santa Catarina
Na última quinta-feira (26), o governo anunciou o “Plano Estratégico para Retomada das Atividades Econômicas em Santa Catarina” que flexibiliza as regras de isolamento social do decreto publicado em 17 de março. Continua proibida, até 7 de abril, a circulação de transporte coletivo municipal e intermunicipal, a circulação e entrada de veículos de outros estados ou países.
A partir da semana que vem, no entanto, será liberado o funcionamento de agências bancárias, academias, bares, shopping centers, bares, restaurante e comércio em geral, hotéis e pousadas, obras na construção civil, escritórios e depósitos. Os serviços de autônomos e profissionais liberais também ficam permitidos a partir de 1º de abril.
Foram estabelecidas diretrizes, como permitir somente a entrada de metade da capacidade de público e exigir respeito à distância de 1,5 metro de distância. Para os trabalhadores, a recomendação é afastamento sem corte de salário para grupos de risco (idosos e doenças crônicas) e adoção de medidas de prevenção nos locais de trabalho.
No Twitter, o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, informou que quarentena está mantida na capital do estado.
*COM INFORMAÇÕE DA AGÊNCIA BRASIL E FOTOS REUTERS
ABRACAM NOTÍCIAS - ACOMPANHE O CORONAVÍRUS - ATUALIZAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE - 28 DE MARÇO -18h14
Brasil registra 3.904 casos confirmados de coronavírus e 114 mortes
Publicado: Sábado, 28 de Março de 2020, 16h37 Última atualização em Sábado, 28 de Março de 2020, 18h14
Todos os estados registraram casos e dez apresentaram óbitos: AM, CE, PE, PI, RJ, SP, GO, PR, SC e RS
Subiu para 3.904 os casos confirmados de coronavírus no Brasil. O número de óbitos também aumentou para 111. De acordo com informações repassadas pelos estados ao Ministério da Saúde, até as 16h deste sábado (28), as mortes estão localizadas nos estados do Amazonas (1), Ceará (4), Pernambuco (5), Piauí (1), Rio de Janeiro (13), Goiás (1), Paraná (2), Santa Catarina (1) e Rio Grande do Sul (2). São Paulo continua registrando o maior número de casos e de mortes, são 84 óbitos no estado.
Para manter a população informada a respeito dos casos e óbitos, o Ministério da Saúde atualiza diariamente os dados na plataforma de dados do coronavírus. O painel traz as informações e permite uma análise do comportamento do vírus com o passar do tempo, além de um gráfico de dados acumulados apontando a curva epidêmica da doença.
A plataforma está disponível para livre acesso no endereço: covid.saude.gov.br
Assista, na íntegra, à coletiva com a atualização dos casos - 28/03/2020
Tabela com distribuição dos casos por UF
ID
UF/REGIÃO
CONFIRMADOS
ÓBITOS
N
N
%
NORTE
184 (4,7%)
1
0,5%
1
AC
25
-
-
2
AM
111
1
0,9%
3
AP
4
-
-
4
PA
17
-
-
5
RO
6
-
6
RR
12
-
-
7
TO
9
-
-
NORDESTE
624 (16,0%)
7
1,1%
8
AL
14
-
-
9
BA
128
-
-
10
CE
314
4
0,3%
11
MA
14
-
-
12
PB
14
-
-
13
PE
68
5
7,3%
14
PI
11
1
9,1%
15
RN
45
-
-
16
SE
16
-
-
SUDESTE
2.222 (56,9%)
97
4,4%
17
ES
53
-
-
18
MG
205
-
-
19
RJ
558
13
2,3%
20
SP
1.406
84
6,0%
CENTRO-OESTE
360 (9,2%)
1
0,3%
21
DF
260
-
-
22
GO
56
1
0,6%
23
MS
31
-
-
24
MT
13
-
-
SUL
514 (13,2%)
5
1,0%
25
PR
133
2
1,5%
26
SC
184
1
0,5%
27
RS
197
2
1,0%%
BRASIL
3.904
114
2,8%
BOLETIM DIÁRIO, ÓBITOS E ATUALIZAÇÕES
CLICAR ABAIXO
2020_03_28-_COVID_-_ATUALIZAÇÃO_DE_VIGILÂNCIA_EPIDEMIOLÓGICA_-_SEXTA.pdf
Bom dia! Aqui estão os principais assuntos para você começar o dia bem-informado.
Diante da crise do coronavírus, a Câmara aprova ajuda mensal de R$ 600 a trabalhadores informais, e mãe chefe de família poderá receber R$ 1,2 mil. Com 77 mortos pela doença e quase 3 mil casos no Brasil, o Ministério da Saúde prevê 'abril muito difícil'. As mortes em SP crescem 164% em 4 dias, e o número de pacientes na UTI também subiu. Nos EUA, o novo epicentro, Trump pede em carta que os americanos fiquem em casa. E o isolamento político de Bolsonaro com a recusa em aceitar a realidade da pandemia é o tema do podcast O Assunto.
Ajuda mensal
Câmara aprova projeto que prevê ajuda de R$ 600 por mês a trabalhadores informais
A Câmara dos Deputados aprovou projeto que prevê o pagamento de R$ 600 a trabalhadores informais por três meses em razão da pandemia do coronavírus. A mulher que for mãe e chefe de família poderá receber R$ 1,2 mil. O texto seguirá para votação no Senado. Ainda não há data definida para a análise. O pagamento do auxílio emergencial é limitado a duas pessoas da mesma família.
Abril difícil
Primeiro caso de coronavírus no Brasil completa um mês
O primeiro mês da circulação do coronavírus Sars-Cov-2 no Brasil deixou 77 mortes e 2.915 casos confirmados. Os dados são do balanço do Ministério da Saúde, que prevê um abril muito difícil.
"A previsão é que nós vamos ter 30 dias muito difíceis. Provavelmente nós estejamos aí na fase crítica da pandemia. Nós não vamos começar a reduzir os casos em 30 dias", disse João Gabbardo, secretário-executivo.
VÍDEOS: incubação, sintomas e mais perguntas e respostas
BOATOS: o que é #FATO ou #FAKE sobre o coronavírus
GRUPOS VULNERÁVEIS: veja quais grupos têm mais complicações
SINTOMAS: febre, tosse e dificuldade de respirar
Epidemia em SP
São Paulo tem 58 mortes pelo coronavírus e 1.052 casos confirmados
O número de mortos relacionados ao coronavírus no estado de São Paulo cresceu 163,6% entre domingo (22) e quinta-feira (26), segundo balanço da Secretaria de Estado da Saúde. A quantidade de vítimas saltou de 22 para 58. O número de pacientes graves em UTI também está em crescimento. Na quarta (25) eram 59 pacientes e agora são 84. O estado ainda possui 1.052 casos confirmados da doença, um aumento de 22% aos 862 casos anunciados na quarta.
Rio e o comércio
RIO DE JANEIRO - Ruas e Avenidas do centro do Rio de Janeiro totalmente vazias na quinta-feira (26) — Foto: Ellan Lustosa / Código19 / Estadão Conteúdo
A cidade do Rio vai permitir a reabertura de parte do comércio hoje. Estão liberadas para funcionar as lojas de conveniência e as de material de construção. A reabertura foi autorizada em decreto pelo prefeito Marcelo Crivella, que diz que quer permitir que clientes comprem produtos básicos de higiene nas conveniências e fomentar a economia da indústria. As restrições para os outros estabelecimentos continuam. Desde terça-feira (24), o comércio está fechado na cidade. O prefeito, no entanto, repetiu o apelo para que as pessoas fiquem em casa.
Trump quer americanos em casa
Carta assinada por Donald Trump apresenta diretrizes ao povo americano sobe o combate ao novo coronavírus — Foto: G1
Carta assinada por Donald Trump apresenta diretrizes ao povo americano sobe o combate ao novo coronavírus — Foto: G1
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou cartas pedindo à população norte-americana para ficar em casa e também evitar contato com idosos.
Idosos
Maria José com o casal Hugo e Larissa, vizinhos que ajudam no período de quarentena — Foto: Arquivo Pessoal
Mais de 4 milhões de idosos vivem sozinhos no Brasil, segundo dados do IBGE. Além de estarem no grupo de risco do novo coronavírus, essas pessoas enfrentam dificuldades para realizar tarefas cotidianas com as medidas que estão sendo adotadas para conter a propagação, como isolamento social, fechamento de comércio e serviços não essenciais e restrição de circulação. Para superar essas dificuldades, alguns recorrem aos familiares, amigos e vizinhos.
Veja como ajudar idosos durante a pandemia do coronavírus
Como lidar com a resistência de idosos que não querem se isolar
Indústria automotiva
Fábrica da Chevrolet em São Caetano do Sul, SP — Foto: Divulgação
Todas as 65 fábricas de carros, caminhões, ônibus e máquinas agrícolas do Brasil estão ou ficarão paradas como reflexo do avanço do novo coronavírus, segundo a Anfavea, a associação das fabricantes. O levantamento não inclui motos. No entanto, Honda e Yamaha, as duas maiores empresas do setor, que têm mais de 90% do mercado, já anunciaram paradas em suas fábricas, localizadas em Manaus.
Cuidados
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Os cuidados para evitar a contaminação pelo novo coronavírus envolvem muita higienização das mãos e objetos. Mas, ao comer em restaurantes por quilo, quais cuidados são necessários?
Brasileiros na África do Sul
Com voos cancelados por causa do coronavírus, mais de 280 brasileiros não conseguem voltar da África do Sul. Governo local decretou isolamento por período de 21 dias e medidas incluem fechamento do espaço aéreo. Em carta à embaixada, brasileira pede que seja estudado o envio de avião da FAB e alternativas de alojamento; alguns hotéis colocaram hóspedes nas ruas por não terem estrutura para quarentena.
Shows em casa
Marília Mendonça — Foto: Divulgação
Tem live o dia todo de vários estilos: Dua Lipa, Marília Mendonça, Miley Cyrus, Léo Santana, Diplo, Valesca Popozuda, Emicida e festival do TikTok com Alicia Keys, DJ Khaled e outros. Veja lista.
Com arquibancadas vazias por coronavírus, circo tenta sobreviver realizando shows transmitido ao vivo pela internet
Imposto de Renda 2020
— Foto: Arte G1
Veja quais despesas podem ser abatidas do IR. Contribuinte pode reduzir o imposto a pagar ou aumentar o valor da restituição a receber ao informar gastos que sejam legalmente dedutíveis. Os principais são as despesas com saúde, educação e pensão alimentícia.
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Concurso e emprego
— Foto: Divulgação
Sete startups abrem mais de 1,5 mil vagas de emprego em tecnologia e medicina, mas é uma boa hora para procurar emprego? Veja áreas que estão contratando e mudanças nas seleções.
Curtas e Rápidas:
Previsão é começar sessões em 15 dias
Em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19), os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovaram resolução para permitir que, de agora em diante, os julgamentos do plenário e das turmas sejam realizados por videoconferência.
A resolução foi publicada em edição extra do Diário de Justiça Eletrônico (DJe), na noite de ontem (26). Pela norma, as sessões por videoconferência devem começar a ocorrer daqui a 15 dias. As sustentações orais por videoconferência de advogados e Ministério Público já haviam sido autorizadas desde 18 de março.
“A inovação intensifica as medidas para reduzir a circulação interna de pessoas e o deslocamento laboral como forma de prevenção ao novo coronavírus. A novidade permitirá maior agilidade, rapidez e eficiência da Corte, inclusive para a convocação de sessões extraordinárias em qualquer dia da semana”, disse a assessoria do Supremo.
Na mesma resolução publicada ontem (26) foi cancelada a próxima sessão plenária presencial, que estava marcada para ocorrer em 1º de abril e foi transferida para o ambiente virtual, em que os ministros têm uma semana para votar de modo remoto.
Na pauta de 1º de abril, ainda disponível no site do Supremo na manhã desta sexta-feira (27), constam os julgamentos de liminares (decisões provisórias) que pedem a suspensão das medidas provisórias 926/20 e 927/20. As normas editadas pelo governo tratam da restrição à circulação de pessoas e de questões trabalhistas em decorrência da pandemia do novo coronavírus.
A adoção da videoconferência não foi unânime entre os ministros do Supremo. Na sessão administrativa virtual que tratou do assunto, Marco Aurélio Mello votou contra. Os ministros Dias Toffoli, Edson Fachin e Gilmar Mendes, por sua vez, queriam que as sessões por videoconferência começassem já na próxima semana. Eles foram derrotados por Luiz Fux, Cármen Lúcia, Rosa Weber e Ricardo Lewandowski, que votaram pelo início somente daqui a 15 dias.
Entre os ministros do Supremo, ao menos dois adotaram o isolamento voluntário por ter tido contato com pessoas contaminadas pelo vírus, o presidente, Dias Toffoli, e o decano, Celso de Mello, que já se encontrava de licença-médica devido a uma cirurgia.
Com informações da Agência Brasil
Empréstimo cobrirá dois meses de folha e será limitado a dois salários mínimos por funcionário, informou o presidente do BC. Empresas não poderão demitir no período.
Texto vai ao Senado e prevê repasse por 3 meses. Autônomo deverá cumprir requisitos como ter mais de 18 anos e não receber benefício previdenciário ou assistencial.
Deputados no plenário da Câmara durante a sessão desta quinta-feira (26) — Foto: Michel Jesus/ Câmara dos Deputados
Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (26) um projeto que prevê o pagamento de R$ 600 a trabalhadores informais por três meses em razão da pandemia do coronavírus. A mulher que for mãe e chefe de família poderá receber R$ 1,2 mil. A proposta do governo era de R$ 200 para os trabalhadores informais, o Congresso passou para R$ 600.
Com a aprovação, o texto seguirá para votação no Senado. Ainda não há data definida para a análise pelos senadores. O pagamento do auxílio emergencial é limitado a duas pessoas da mesma família.
Segundo estimativa preliminar da Instituição Fiscal Independente (IFI), ligada ao Senado, o impacto fiscal com o auxílio para a União será de R$ 43 bilhões por três meses. O cálculo não considera ainda as mães chefes de família que poderão receber o auxílio em dobro.
Pela proposta, poderá receber o montante o autônomo que não receber benefícios previdenciários, seguro desemprego nem participar de programas de transferência de renda do governo federal, com exceção do Bolsa Família.
Desde a semana passada, a Câmara e o Senado tem aprovado projetos relacionados ao combate do coronavírus e dos efeitos provocados pela crise.
Em razão das medidas de prevenção contra o coronavírus, a sessão desta quinta foi parcialmente virtual, com a presença de apenas alguns deputados no plenário. Os demais acompanhavam por videoconferência.
Entenda o projeto
O projeto altera uma lei de 1993 que trata da organização da assistência social no Brasil. De acordo com o texto, o dinheiro será concedido a título de “auxílio emergencial” por três meses ao trabalhador que cumprir os seguintes requisitos:
for maior de 18 anos;
não tiver emprego formal;
não for titular de benefício previdenciário ou assistencial, beneficiário do seguro-desemprego ou de programa de transferência de renda federal, ressalvado o bolsa-família;
cuja renda mensal per capita for de até meio salário mínimos ou a renda familiar mensal total for de até três salários mínimos;
que não tenha recebido em 2018 rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70.
Outros requisitos para receber o auxílio é:
exercer atividade na condição de Microempreendedor Individual (MEI) ou;
ser contribuinte individual do Regime Geral de Previdência Social ou;
ser trabalhador informal, de qualquer natureza, inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal até 20 de março de 2020.
Apesar de a previsão inicial de pagamento do auxílio ser por três meses, o relator da proposta, Marcelo Aro (PP-MG), disse que a validade do auxílio poderá ser prorrogada de acordo com a necessidade.
O projeto estabelece ainda que só duas pessoas da mesma família poderão acumular o auxílio emergencial.
Para quem recebe o Bolsa Família, o texto ainda permite que o beneficiário substitua temporariamente o programa pelo auxílio emergencial, se o último for mais vantajoso.
Inicialmente, o auxílio previsto no parecer do relator era de R$ 500, mas, após a articulação de um acordo com o governo federal, o valor passou a ser de R$ 600.
Pouco antes, em uma live realizada pelo Facebook, o presidente Bolsonaro havia dito que, após conversar com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o governo defendia inicialmente que o auxílio fosse de R$ 200, "ele resolveu triplicar". "Deu o sinal verde", acrescentou Bolsonaro.
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), elogiou a construção de um acordo entre Legislativo e Executivo, relação geralmente marcada por atritos. Maia ponderou que, mesmo com divergências, é preciso haver um ambiente de diálogo para buscar soluções para "salvar vidas e encontrar o melhor caminho para que a economia sofra menos".
BPC
O projeto de lei pretende ainda resolver um impasse em relação ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), que é pago, no valor de um salário mínimo por mês, a idosos ou pessoas com deficiência de baixa renda.
O Congresso Nacional havia ampliado o limite de renda para ter direito ao pagamento do benefício, que valeria já para este ano. Com isso, mais pessoas passariam a ser beneficiadas, elevando as despesas públicas.
O presidente Jair Bolsonaro vetou o projeto alegando que não havia sido indicada fonte de receita, mas os parlamentares depois derrubaram esse veto.
O governo federal, então, recorreu ao Tribunal de Contas da União (TCU) para que a ampliação do limite valesse apenas a partir do ano que vem.
O ministro do TCU Bruno Dantas atendeu o pedido do governo, mas, no último dia 18, voltou atrás e suspendeu a sua decisão por 15 dias.
O projeto aprovado nesta quinta pela Câmara tenta resolver esse imbróglio. O texto define a partir de quando as novas regras passarão a valer. A proposta, porém, cria exceções diante da crise do novo coronavírus.
Pelo projeto, terão direito ao benefício pessoas com mais de 65 anos ou com deficiência que tenham renda familiar per capita:
igual ou inferior a um quarto do salário-mínimo, até 31 de dezembro de 2020;
igual ou inferior a meio salário-mínimo, a partir de 1° de janeiro de 2021.
No entanto, diante da pandemia do coronavírus, o projeto abre brecha para ampliar o critério da concessão de benefício ainda neste ano.
benefício poderá ser concedido para quem recebe até meio salário mínimo per capita, em escala gradual a ser definida em regulamento, de acordo com uma série de fatores agravados pela pandemia, como comprometimento socioeconômico familiar.
Antecipação
O projeto também prevê a antecipação do pagamento do auxílio para quem ainda está na fila do BPC para pessoa com deficiência e do auxílio-doença. No caso do BPC, o projeto prevê pagamento de R$ 600. Para o auxílio-doença, o valor é de um salário mínimo.
Metas
A Câmara votou ainda um projeto de lei que suspende por 120 dias, a contar do dia 1º deste mês, a obrigatoriedade de manter as metas quantitativas e qualitativas exigidas de entidades de saúde que prestam serviço no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). O texto vai ao Senado.
Autor do projeto, o deputado Pedro Westphalen (PP-RS) argumenta que, devido à pandemia de coronavírus no país, os hospitais tiveram que redirecionar sua atuação.
Ele pondera que cirurgias marcadas, por exemplo, têm sido canceladas para priorizar o atendimento aos pacientes com Covid. E, por essa razão, os prestadores não têm mais condições de cumprir as metas nesse período.
Como o repasse de recursos é condicionado ao cumprimento das metas, o objetivo do projeto é garantir que as entidades continuem recebendo a verba.
Atestado
A Câmara também aprovou projeto de lei apresentado pelo deputado Alexandre Padilha (PT-SP) que dispensa o trabalhador que estiver doente de apresentar atestado pelo prazo de sete dias, em situação de emergência de saúde, pandemia ou epidemia quando houver imposição de quarentena.
A partir do oitavo dia, no entanto, o empregado precisará apresentar documento de uma unidade de saúde ou um atestado eletrônico, regulamentado pelo Ministério da Saúde, que comprove seu estado de saúde.
Câmara aprova auxílio de R$ 600 por mês para trabalhador informal
Benefício vai ser pago por três meses devido à pandemia de coronavírus
Publicado em 26/03/2020 - 22:42 Por Heloisa Cristaldo -Repórter da Agência Brasil - Brasília
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (26) auxílio emergencial por três meses, no valor de R$ 600,00, destinados aos trabalhadores autônomos, informais e sem renda fixa durante a crise provocada pela pandemia de coronavírus. A matéria segue para análise do Senado.
Pelo texto do relator, deputado Marcelo Aro (PP-MG), o auxílio pode chegar a R$ 1.200 por família. O valor final, superior aos R$ 200 anunciados pelo Executivo no início da crise em virtude da pandemia, foi possível após articulação de parlamentares com membros do governo federal. O projeto prevê ainda que a mãe provedora de família “uniparental” receba duas cotas.
Os trabalhadores deverão cumprir alguns critérios, em conjunto, para ter direito ao auxílio:- ser maior de 18 anos de idade;- não ter emprego formal;- não receber benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de outro programa de transferência de renda federal que não seja o Bolsa Família;- renda familiar mensal per capita (por pessoa) de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar mensal total (tudo o que a família recebe) de até três salários mínimos (R$ 3.135,00); e- não ter recebido rendimentos tributáveis, no ano de 2018, acima de R$ 28.559,70.
Pelo texto, o beneficiário deverá ainda cumprir uma dessas condições:
- exercer atividade na condição de microempreendedor individual (MEI);- ser contribuinte individual ou facultativo do Regime Geral de Previdência Social (RGPS);- ser trabalhador informal inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico); ou- ter cumprido o requisito de renda média até 20 de março de 2020.
Pelas regras, o trabalhador não pode ter vínculo formal, ou seja, não poderão receber o benefício trabalhadores formalizados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e servidores públicos.
Pela proposta, também será permitido a duas pessoas de uma mesma família acumularem benefícios: um do auxílio emergencial e um do Bolsa Família. Se o auxílio for maior que a bolsa, a pessoa poderá fazer a opção pelo auxílio. O pagamento será realizado por meio de bancos públicos federais via conta do tipo poupança social digital. Essa conta pode ser a mesma já usada para pagar recursos de programas sociais governamentais, como PIS/Pasep e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), mas não pode permitir a emissão de cartão físico ou cheques.
Com informações da Agência Brasil
Coronavírus: EUA lideram com 81.378 casos e 1.178 mortos
China está em 2º lugar com 81.340 casos e a Itália em 3º, com 80.539
Os Estados Unidos ultrapassaram a China e a Itália como o país com o maior número de casos de coronavírus, de acordo com dados da agência de notícias britânica Reuters.
Nova York, Nova Orleans e outros áreas de forte incidência enfrentam um aumento nas hospitalizações e iminente escassez de suprimentos, pessoal e leitos para os doentes.
As instalações médicas estão com poucos ventiladores e máscaras protetoras e são prejudicadas pela capacidade limitada de testes de diagnóstico.
O número de casos de coronavírus nos Estados Unidos chegou a 81.378. A China ficou em segundo lugar com 81.340 casos, segundo os últimos dados, e a Itália em terceiro: 80.539.
Pelo menos 1.178 pessoas morreram nos Estados Unidos pelo coronavírus.
Com informações da Agência Brasil
Caixa reduz juros e anuncia R$ 33 bi em estímulos para economia
Medidas fazem parte de ações para enfrentar coronavírus
A Caixa Econômica Federal reforçou, em R$ 33 bilhões, as linhas de crédito para enfrentar a crise provocada pelo coronavírus. O dinheiro se somará aos R$ 78 bilhões anunciados na semana passada, o que totalizará R$ 111 bilhões em recursos injetados.
Os R$ 33 bilhões adicionais serão destinados a linhas de capital de giro para empresas, que ganharam reforço de R$ 20 bilhões; para a compra de carteiras (R$ 10 bilhões); para o crédito a Santas Casas (R$ 2 bilhões) e para o crédito agrícola (R$ 1 bilhão).
A Caixa também cortou as taxas de juros do cheque especial para pessoa física, do parcelamento da fatura do cartão de crédito, de capital de giro, de empréstimos para hospitais, para o Crédito Direto ao Consumidor (CDC) e para o penhor. Os juros reduzidos entrarão em vigor em 1º de abril para o cheque especial e o cartão de crédito. Para os demais produtos, as taxas já estão em vigor.
Os juros do cheque especial passaram de 4,95% para 2,90% ao mês. As taxas do parcelamento da fatura do cartão caíram de 7,7% ao mês (em média) para juros a partir de 2,90% ao mês. Para o capital de giro, as taxas máximas passaram de 2,76% para 1,51% ao mês. As taxas do CDC caíram de 2,29% para 2,17% ao mês. Os juros do penhor foram cortados de 2,1% para 1,99% ao mês. Nas linhas de crédito para hospitais, as taxas passaram de 0,96% para 0,8% ao mês.
O período em que o cliente pode ficar sem pagar as parcelas passou de 60 para 90 dias. A medida abrange o crédito a pessoas físicas, a pessoas jurídicas, a hospitais e o crédito habitacional para pessoas físicas e empresas.
Estados e municípios
O banco reforçou o volume de empréstimos para estados e municípios. A medida abrange os financiamentos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o Financiamento à Infraestrutura e Saneamento Ambiental (Finisa). De 2 a 17 de março, a Caixa empestou R$ 3,35 bilhões a governos locais, em 246 operações com 195 tomadores. Ainda estão em estudo outras 324 operações, no total de R$ 1,81 bilhão.
Conforme a Medida Provisória 927, o banco suspendeu o recolhimento do FGTS pelos empregadores em março, abril e maio. Quem não recolher pode parcelar o valor em até seis vezes, tendo o certificado de regularidade do FGTS prorrogado por 90 dias. O empregador que precisar suspender o pagamento precisará declarar as informações dos trabalhadores no aplicativo Sefip.
Micro e pequenas empresas
A Caixa anunciou uma linha de capital de giro para manutenção da folha de pagamento das micro e pequenas empresas. O valor não foi divulgado. O banco firmou parcerias para ampliação de linhas de crédito e para o suporte a pequenos negócios por meio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A antecipação de recebíveis, quando o comerciante recebe adiantado o valor de compras com cartão de crédito, terá taxas reduzidas.
Com informações da Agência Brasil
Imagem técnica de Mandetta não condiz com seu passado político
Muitos se decepcionaram com o desempenho obviamente político de Mandetta após, na quarta-feira (25), ele ignorar recomendações médicas sobre isolamento social para agradar o governo
Por não ter a boçalidade de Abraham Weintraub (Educação) nem a truculência de Jair Bolsonaro, o ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde) foi rapidamente elevado à categoria de técnico na crise do coronavírus.
Em razão disso, muitos se decepcionaram com seu desempenho obviamente político na quarta-feira (25), quando procurou se equilibrar entre as recomendações da comunidade médica de isolamento populacional e a pressão de seu chefe para relaxá-las.
Mandetta conseguiu safar-se da enrascada com habilidade, criticando governadores que promovem quarentenas "exageradas", o que certamente agradou a Bolsonaro. Mas no que mais importa, as diretrizes gerais do isolamento, tudo basicamente permaneceu igual.
Só quem não examinou a carreira pregressa do ministro cai na esparrela de que ele nada tem de político.
Não há dúvida que sua formação na área médica é sólida, com pós-graduação em ortopedia pediátrica no Brasil e nos EUA. Mas há tempos que Mandetta enveredou pelas áreas sindical e política.
Primeiro como presidente da cooperativa Unimed de Mato Grosso do Sul, depois como secretário de Saúde de Campo Grande e finalmente por dois mandatos como deputado federal pelo DEM-MS (2011-19).
Na Câmara, sua atuação foi primordialmente na área da Saúde, mas com um indisfarçável componente corporativista. Eram comuns discursos em defesa de aumentos salariais para servidores da área e apoio a greves.
Quando deputado, o hoje ministro esteve na linha de frente da oposição à criação pelo PT do programa Mais Médicos, cujo carro-chefe era a vinda de profissionais cubanos ao Brasil. A medida teve forte oposição da classe médica, mas foi implementada e durou até o começo de 2019, quando Bolsonaro desmantelou o programa.
Nas raras ocasiões em que não se dedicou a defender mais dinheiro para a Saúde, Mandetta fez lobby para outro setor politicamente muito forte, especialmente em seu estado, o dos ruralistas.
Criticou diversas vezes medidas da então presidente Dilma Rousseff de demarcação de terras indígenas em seu estado, dizendo que ela perseguia o agronegócio. "A presidente está dirigindo a sua raiva contra os produtores rurais, colocando todo o seu querer mal ao Brasil no agronegócio", discursou no plenário, em 2016.
Um dos pontos que mais geraram frustração entre os admiradores do Mandetta "técnico" em sua fala de quarta-feira foi a ênfase nos prejuízos econômicos causados pelo isolamento social, seguindo o receituário do presidente.
Mas essa preocupação não é estranha para ele. Um exemplo ilustrativo ocorreu em março de 2017, quando a Polícia Federal lançou a Operação Carne Fraca, cujo alvo eram supostas irregularidades em frigoríficos.
Os prejuízos no setor foram imediatos, o que exasperou o hoje ministro. "[A PF] poderia ter batizado [a operação] de mal fiscal, fiscal que corrompe, mas ela foi ao produto e batizou de Carne Fraca. E produz hoje uma grande crise de arrecadação e política na pecuária brasileira", declarou.
Antipetista ferrenho e homem de valores conservadores, Mandetta se coloca em oposição a flexibilizar o direito ao aborto e foi um militante contra a possibilidade de a interrupção da gravidez ser aprovada pelo Supremo Tribunal Federal para fetos com zika, entre 2015 e 2016. Chamou a prática de "eugenia".
Já apontou da tribuna da Câmara a fragmentação da família causada pela Lei do Divórcio, mas está longe de ser obtuso como alguns de seus pares no governo. Defendeu, por exemplo, facilidade para importação de medicamentos à base de maconha.
É inevitável que centristas e progressistas se decepcionem um pouco com seu novo herói Mandetta ao conhecerem quem ele realmente é. O fato de a base de comparação na Esplanada ser tão baixa pode turvar a realidade.
Ao que tudo indica, o ministro é um servidor sério, que vem tentando fazer seu trabalho em meio ao caos ao seu redor e à sabotagem que vem de cima.
Por enquanto, ele vem conseguindo desviar das muitas armadilhas que surgem. Paradoxalmente, para dar condução técnica à sua pasta, terá de ser cada vez mais político.
Com informações da FOLHAPRESS e foto Reuters
Covid-19: ajuda a trabalhador informal será de R$ 600, diz Bolsonaro
"Aquela ajuda inicial para os informais, de R$ 200, que é muito pouco, conversei com Paulo Guedes, e ele resolveu triplicar esse valor", afirmou.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje (26) que o auxílio emergencial para os trabalhadores informais durante a pandemia do novo coronavírus será de R$ 600 por mês. O valor corresponde ao triplo informado inicialmente e será pago durante três meses.
"Aquela ajuda inicial para os informais, de R$ 200, que é muito pouco, conversei com Paulo Guedes, e ele resolveu triplicar esse valor", afirmou o presidente durante sua live semanal transmitida no Facebook. O auxílio é voltado aos trabalhadores informais (sem carteira assinada), às pessoas sem assistência social e à população que desistiu de procurar emprego.
A medida é uma forma de amparar as camadas mais vulneráveis à crise econômica causada pela disseminação da doença no Brasil, e o auxílio será distribuído por meio de vouchers (cupons). De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de informalidade (trabalhadores sem carteira assinada ou empreendedores sem registro, por exemplo) atinge 41,1% da força de trabalho ocupada no país.
O Ministério da Economia ainda não informou quanto esse novo valor do auxílio emergencial custará aos cofres públicos. Na época em que foi anunciado o voucher no valor de R$ 200, o ministro Paulo Guedes afirmou que o auxílio custaria, no total, R$ 15 bilhões. Os vouchers poderão ser retirados por pessoas inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, instrumento administrado pelo Ministério da Cidadania que identifica e caracteriza as famílias de baixa renda, desde que o interessado não receba nenhum benefício social, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Durante a live, o presidente voltou a criticar as medidas que restringem o comércio e determinam o isolamento social generalizado. Para Bolsonaro, o país deveria adotar o chamado "isolamento vertical", em que ficam recolhidas somente as pessoas que fazem parte de grupo de risco, como idosos e população com doenças crônicas. "Essa neurose de fechar tudo não está dando certo. Para combater o vírus, estão matando o paciente", afirmou.
O isolamento social e o cancelamento de eventos, shows, fechamento de museus, cinemas e restrição de serviços não essenciais estão entre as principais recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para conter o avanço do novo coronavírus.
Além de defender a flexibilização das medidas de isolamento, Bolsonaro alertou que cabe às famílias cuidar da proteção das pessoas que estão no grupo de risco para a covid-19. Segundo ele, a letalidade da doença é baixa e não pode paralisar a economia.
"Para 90% da população, essa gripe é quase nada. [Para] quem tem menos de 40 anos, uma vez infectado, a chance de óbito é próxima a zero, de uma para cada 500 pessoas", disse. "A primeira pessoa a se preocupar com o grupo de risco é você. Não é esperar que o governo faça, o governo está fazendo muita coisa, mas não pode fazer tudo que acham que o Estado pode fazer", completou.
De acordo com a última atualização do Ministério da Saúde, divulgada nesta quinta-feira (26), o país registra 2.915 casos confirmados de covid-19 e 77 mortes causadas pela doença. A taxa de letalidade é de 2,7%. Considerando um mês após o primeiro infectado, o Brasil fica atrás da China (213 mortes e 9.802 casos), mas à frente da Itália (29 mortes e 1.694 casos).
Com informação: Agência Brasil
Diante de pandemia, políticos propõem corte de verbas
No Senado, líderes de vários partidos farão uma reunião virtual hoje para tratar do impacto da covid-19
Pressionados pelas redes sociais, deputados e senadores já enxergam no combate ao novo coronavírus a chance de mudar a imagem desgastada do Congresso. Um grupo de parlamentares começou a propor o remanejamento de gastos previstos no Orçamento para enfrentar a pandemia. A lista das despesas passíveis de corte inclui o cartão corporativo do presidente, os fundos eleitoral e partidário e até o salário dos congressistas.
No Senado, líderes de vários partidos farão uma reunião virtual hoje para tratar do impacto da covid-19. Um dos temas será a possibilidade de redução das remunerações no Legislativo. A possibilidade de adiamento das eleições municipais, como sugeriu o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, é outro assunto já tratado nos bastidores do Congresso, embora ainda não haja consenso.
A proposta de corte de salários também enfrenta resistência. Líderes do Centrão não têm gostado da forma como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), vem conduzindo a crise, falando sobre medidas drásticas sem consultá-los. Um deles disse ao Estado que não há problema em perder o Fundo Eleitoral, desde que as disputas municipais sejam adiadas.
Maia disse anteontem que todos os Poderes terão de dar sua contribuição na luta contra o coronavírus, inclusive com corte de salários. Segundo ele, partidos vão apresentar, nos próximos dias, uma proposta coletiva. "Se precisar tirar da política, do Judiciário, de quem precisar tirar, vai tirar porque sabemos que o gasto para o enfrentamento dessa crise, tanto do ponto de vista social, econômico e, principalmente, da estrutura de saúde pública para garantir as vidas vai ser na ordem de uns 400 bilhões", afirmou, em entrevista à CNN Brasil.
Atualmente, o salário bruto de deputados e senadores é de R$ 33,7 mil. Se for considerada a soma dos vencimentos de 594 parlamentares, o valor chega a pouco mais de R$ 20 milhões. Para Maia, a redução salarial seria "um gesto importante, mas sem impacto fiscal". Uma das ideias em discussão é ressuscitar projeto de lei do deputado Rubens Bueno (Cidadania-SP), que regulamenta o que é ou não "penduricalho" e dá ao governo instrumentos para barrar supersalários no Executivo, Legislativo e Judiciário. Pelos cálculos do Congresso, a proposta provocaria uma economia anual de pelo menos R$ 1,16 bilhão.
A líder do PSL na Câmara, deputada Joice Hasselmann (SP), vai protocolar um pacote de medidas que têm o objetivo de remanejar recursos da União para o combate à crise da covid-19. As ações miram o corte de salários em 50% para todos os Poderes, fim do pagamento de penduricalhos, jetons e cartão corporativo. Jetons são gratificações pagas por participações de servidores em reuniões de conselhos e repartições públicas.
Cartão
Em 2019, segundo dados do Portal da Transparência, do governo federal, foram gastos R$ 52,3 milhões por meio dos cartões, usados para despesas pessoas de Bolsonaro, de sua família e pagamentos corriqueiros da Presidência, como material de escritório. O deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) propôs um teto para os cartões, equivalente a 30% da média dos gastos dos últimos dois anos em casos de pandemia ou decretação de estado de calamidade pública. "Não faz sentido gastar com viagens e hospedagens em momento de pandemia. São alguns milhões que farão a diferença para o Ministério da Saúde, ainda mais num momento em que a equipe econômica conta centavos", disse Kataguiri.
Kataguiri também pretende apresentar uma proposta suspendendo os repasses dos chamados jetons, pagos a ministros e servidores federais por participação em conselhos de estatais do governo.
Parlamentares sugeriram, ainda, utilizar na Saúde os R$ 2 bilhões reservados neste ano no fundo eleitoral, que é destinado a pagar gastos de candidatos, como viagens, santinhos e cabos eleitorais. Partidos como PT, PP, MDB e PSL já discutem a possibilidade, mas com algumas condições, como o adiamento das eleições municipais.
Outro fundo público que pode ter os recursos transferidos para o combate ao coronavírus é o partidário. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apenas nos dois primeiros meses do ano, as siglas já receberam R$ 140,3 milhões dos R$ 841 milhões previstos em 2020. O dinheiro é usado para bancar gastos das legendas, como aluguel, salário de funcionários, mas também pode ser destinado para campanhas.
Além dessas propostas, o Congresso terá cerca de R$ 8 bilhões de verba de emendas parlamentares impositivas para aplicar na Saúde até o fim de março, segundo o governo. Com a medida, deputados e senadores poderão redirecionar emendas individuais e de bancadas que eram destinadas a outras finalidades nos municípios à área da Saúde.
Ontem, deputados e senadores de São Paulo decidiram redirecionar R$ 219 milhões em emendas para ações de combate ao coronavírus. O dinheiro é o total que a bancada tinha direito neste momento, e os valores serão pagos ao governo do Estado até 30 de março. De acordo com o deputado Vinicius Poit (Novo), coordenador da bancada paulista, a ação foi definida em reunião virtual da qual participaram parte do parlamentares que representam São Paulo. "A crise é grave, por isso devemos nos unir e evitar consequências ainda maiores", disse Poit. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Casos de coronavírus no Brasil em 27 de março
Publicado: Sexta, 27 de Março de 2020, 17h30 Última atualização em Quinta, 26 de Março de 2020, 17h30
Brasil tem 77 mortes e 2.915 casos confirmados de novo coronavírus, diz Ministério da Saúde
Ministério da Saúde diz que, até as 17h30, país tinha 194 pacientes internados em UTIs e outros 205 em enfermarias.
Primeiro caso de coronavírus no Brasil completa um mês
Assista o vídeo
https://globoplay.globo.com/v/8435254/
O primeiro mês da circulação do coronavírus Sars-Cov-2 no Brasil deixou 77 mortes e 2.915 casos confirmados. Os dados são do balanço do Ministério da Saúde, que compilam os dados repassados pelas secretarias estaduais até as 17h30 desta quinta-feira (26).
VÍDEOS: incubação, sintomas e mais perguntas e respostas
BOATOS: O que é #FATO ou #FAKE sobre o coronavírus
GRUPOS VULNERÁVEIS: veja quais grupos têm mais complicações
SINTOMAS: febre, tosse e dificuldade de respirar, entenda em detalhes
Cardíacos, homens e pessoas acima de 60 anos estão entre os grupos que tiveram mais casos graves e mortes neste mês. O balanço aponta ainda que, nesta tarde, o país tinha 194 pacientes internados em UTIs e outros 205 em enfermarias.
Panorama dos pacientes internados com Covid-19 no Brasil — Foto: Cido Gonçalves/G1
Em relação ao dia anterior, quando o balanço apontava 57 mortes, houve um aumento de 35%. Em relação aos casos, que somavam 2.433 casos na quarta, a alta foi de 19%. Dos casos, 1.665 estão no Sudeste. No Brasil, a taxa de letalidade é de 2,7%.
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, afirmou que a pasta não vai dar projeção de qual a estimativa de casos para o próximo mês, mas afirmou que não trabalha com a perspectivas de redução dos casos em abril.
"A previsão é que nós vamos ter 30 dias muito difíceis. Provavelmente nós estejamos aí na fase crítica da pandemia. Nós não vamos começar a reduzir os casos em 30 dias, nós temos uma estimativa maior pra ter a redução dos casos" - João Gabbardo, secretário-executivo.
Mapa dos casos de coronavírus no Brasil — Foto: Arte G1
O Ministério da Saúde chegou a divulgar que o total de mortes era de 78, mas o número foi corrigido pelo governo porque a tabela considerava uma morte a mais no Distrito Federal.
Perfil das vítimas
De acordo com o governo, pessoas com problemas no coração, do sexo masculino e com mais de 60 anos são maioria entre os casos graves e mortes causadas pelo coronavírus Sars-CoV-2 no Brasil.
Maior parte dos casos graves e óbitos ocorreu com em brasileiros com mais de 60 anos
58% dos casos graves e 68% das mortes são de pacientes homens
Doenças do coração são as principais associadas aos casos graves e mortes
Diabéticos e pacientes com outras doenças respiratórias, como asma, também estão casos mais graves
"Vocês podem observar que as curvas estão mais elevadas para os óbitos a partir de 60 anos, mas elas ficam muito mais intensas entre 70 anos ou mais. Por isso, a gente está recomendando que as pessoas acima de 60 anos fiquem em isolamento, cumprindo as orientações", disse Wanderson Oliveira, secretário de Vigilância em Saúde.
Mortes por coronavírus em pacientes com outras doenças — Foto: Carolina Dantas/G1
100 mil casos em 2 dias no mundo
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta quinta-feira (26) que, nos últimos dois dias, o mundo registrou mais 100 mil novos casos de coronavírus. Ao todo, já são mais de meio milhão de pessoas infectadas.
Na segunda-feira (23), a OMS apresentou um balanço dos casos a cada marca de 100 mil para alertar como a pandemia está se acelerando nesta semana: os primeiros 100 mil casos de Covid-19 foram registrados em 67 dias - mas foram necessários apenas mais 11 dias para dobrar e atingir 200 mil casos e outros quatro dias para chegar a 300 mil casos. Agora, a pandemia levou dois dias para somar mais 100 mil novos casos ao balanço.
Japão tem recorde de infectados pelo novo coronavírus em 24 horas
Assista o vídeo
https://globoplay.globo.com/v/8434266/
""A pandemia da Covid-19 está se acelerando a uma taxa exponencial", publicou nas redes sociais o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus. "Sem ação agressiva em todos os países, milhões poderão morrer", completou.
Itália registra mais 662 mortes nas últimas 24 horas por causa da COVID-19
Assista o vídeo
https://globoplay.globo.com/v/8434217/
A Associação Brasileira da Câmaras Municipais, foi fundada em 1999 e há vários anos faz inúmeras ações que buscam dar capacidade e qualificação aos vereadores para que exerçam suas funções da melhor maneira possível.
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A ABRACAM – Associação Brasileira de Câmaras Municipais, em face à crise sanitária que passa o País, com a pandemia de Coronavírus – Convid 19 e preocupada com o funcionamento dos Legislativos Municipais, recomenda às Câmaras Municipais a adoção de medidas de redução dos encontros presenciais, face ao estado de isolamento social imposto pelas autoridades de saúde.
Todavia, diante da necessidade de deliberação acerca de inúmeros projetos de caráter urgente, orienta pela adoção do denominado “plenário virtual”, a exemplo do que acontece na Câmara dos Deputados, no Senado Federal e na maioria das assembleias legislativas que já adotaram medidas semelhantes, de modo que o processo legislativo não seja prejudicado.
A implantação do “plenário virtual” visa respeitar as medidas de isolamento social – o que envolve os vereadores e os servidores das Câmaras Municipais – sem que impliquem prejuízos na execução de políticas públicas locais que dependem de autorização legislativa.
Propõe, que a Mesa Diretora das Câmaras Municipais, edite a seguinte norma – face ao estado de isolamento social imposto pelas autoridades de saúde – disciplinando e estabelecendo às regras de implantação e operacionalização do “PLENÁRIO VIRTUAL”, de forma que o Poder Legislativo Municipal possa fazer a sua parte, contribuindo no combate à pandemia, em apoio a todas as demais autoridades.
Para tanto, segue abaixo o modelo padrão de Projeto de Resolução e Justificativa, para que seja aprovado o mais rápido possível pelas Câmaras Municipais:
Projeto de Resolução n.º ______/2020
EMENTA: DISPÕE SOBRE A ADOÇÃO DO PLENÁRIO VIRTUAL, ENQUANTO DURAR O PERÍODO DE ISOLAMENTO SOCIAL IMPOSTO PELAS AUTORIDADES DE SAÚDE, DEVIDO AO COVID-19, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
A CÂMARA MUNICIPAL DE _____________________ APROVOU E A MESA DIRETORA PROMULGA A SEGUINTE RESOLUÇÃO:
Art. 1º. As reuniões das comissões e do plenário poderão ser feitas em Ambiente Virtual, a partir da publicação da presente medida, nos dias e horários previstos para as sessões ordinárias e nos dias e horários de eventuais convocações de sessões extraordinárias, nos termos da Lei Orgânica Municipal e do Regimento Interno desta Câmara.
Art. 2º. A implantação e a operacionalização do ambiente virtual será efetuada pelos órgãos técnicos do Poder Legislativo, com o auxílio de empresas especializadas, a serem contratadas, em regime de urgência, pela Câmara Municipal.
Art. 3º. As convocações prévias, as pautas das sessões, as deliberações, as atas e eventuais debates ocorridos no ambiente instituído nesta Resolução deverão ser tornados públicos pelos mecanismos oficiais de informação virtual do Poder Legislativo (site).
Art. 4º. Em cada reunião – seja das comissões temáticas, seja do plenário – só poderão constar da ordem do dia os projetos arrolados na pauta, salvo temas de caráter de urgência, sobretudo os da área de saúde pública.
Art. 5º. O período de pauta será substituído pela respectiva publicação no portal do legislativo.
Art. 6º. Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação, tendo sua vigência limitada ao período das medidas restritivas decorrentes da pandemia do Coronavírus (Covid-19).
CÂMARA MUNICIPAL DE ______________/__, ___ DE ____________, DE 20__.
PRESIDENTE DA CÂMARA OU MESA DIRETORA
MENSAGEM/JUSTIFICATIVA n.º ____/20__, de __ de _________ de 20__.
À CÂMARA MUNICIPAL DE ____________________/___.
SENHORES VEREADORES,
O presente projeto de Resolução visa autorizar a Câmara Municipal de __________________/___, a realizar as reuniões das comissões e do plenário em Ambiente Virtual, nos dias e horários previstos para as sessões ordinárias e nos dias e horários de eventuais convocações de sessões extraordinárias, nos termos da Lei Orgânica Municipal e do Regimento Interno desta Câmara, enquanto perdurarem os efeitos do isolamento social imposto pelas autoridades federais, em decorrência da pandemia do Novo Coronavírus – COVID-19.
A medida se mostra de extrema necessidade em virtude do grau de relevância e do protagonismo que o poder legislativo exerce enquanto um dos dois poderes constituídos do Município, tanto exercendo o papel legislativo, quanto o papel fiscalizatório.
É nesse momento que o Município, e os munícipes, estão precisando cada vez mais da atuação dos representantes da população, ou seja, dos Vereadores. Não se mostra justo e muito menos plausível, que nós fiquemos parados enquanto a população sofre em decorrência da pandemia mundial COVID-19.
A ABRACAM – Associação Brasileira da Câmaras Municipais, orienta, que as Câmaras Municipais adotem ambiente virtual para viabilizar o trabalho dos Vereadores, assim como fez a Câmara dos Deputados, o Senado Federal e diversas assembleias e Câmaras Municipais de maior porte Brasil a fora.
Certo da anuência de todos os Vereadores desta Casa Leis, rogo a aprovação do presente Projeto de Resolução, que visa beneficiar a todos indistintamente.
PRESIDENTE DA CÂMARA OU MESA DIRETORA
Os principais assuntos para você começar o dia bem-informado.
Hoje faz 1 mês do primeiro caso de coronavírus no Brasil, e a comparação com os outros países indica que o pior ainda está por vir. Criticados por Bolsonaro, governadores vão manter o isolamento social, medida fundamental para reduzir o ritmo de infecções. O podcast O Assunto discute o impacto do vírus para quem mora nas favelas. E na vida em quarentena, aprenda como limpar verduras e legumes para evitar a contaminação e veja dicas do que fazer com as crianças dentro de casa.
Coronavírus: 1 mês
— Foto: Rodrigo Cunha / G1
A confirmação do primeiro caso do novo coronavírus no Brasil completa um mês. Agora, são mais de 2,5 mil infectados e 60 mortes. O primeiro óbito foi contabilizado em 17 de março. No dia anterior, Estados como Rio de Janeiro e São Paulo haviam adotado restrição de serviços e de circulação de pessoas para tentar conter a pandemia da Covid-19. Tais medidas já haviam sido adotadas, em maior ou menor grau, em outros quatro países largamente afetados pela doença nos primeiros 30 dias de epidemia. Compare a situação do país com China, Itália, EUA e Coreia do Sul no mesmo período da epidemia.
Há um mês, Itália resistiu a tomar medidas mais restritivas contra coronavírus; hoje soma 7,5 mil mortes
Coronavírus avança pelo país; MAPA mostra casos por cidades
Governadores
João Doria lê propostas de governadores para combater o coronavírus
Ao menos 25 dos 27 governadores informaram que manterão as regras de isolamento para reduzir o ritmo de infecções, apesar das declarações do presidente Jair Bolsonaro, que pediu a "volta à normalidade", o fim do "confinamento em massa" e disse que os meios de comunicação espalharam "pavor".
Governadores também aprovaram uma carta com uma série de reivindicações ao governo federal para fazer frente à crise do coronavírus. Entre essas reivindicações, está a aplicação da lei que institui uma renda básica de cidadania para todos os brasileiros.
GLOBONEWS AO VIVO: acompanhe as últimas notícias
Vida em quarentena: verduras e legumes
Alimentos não higienizados podem permanecer com coronavírus na geladeira
Assim como qualquer outro alimento, verduras e legumes não representam uma fonte de transmissão do novo coronavírus. Elas só apresentam risco se forem manuseadas por alguém contaminado. Veja como higienizar esses alimentos.
A indicação de especialistas é fazer a limpeza convencional com água corrente. “Em folhas, como agrião, mais escuras, pode usar vinagre ou cloro - são as medidas normais”, afirma Renato Grinbaum, da Sociedade Brasileira de Infectologia.
VÍDEOS: incubação, sintomas e mais perguntas e respostas
BOATOS: o que é #FATO ou #FAKE sobre o coronavírus
GRUPOS VULNERÁVEIS: veja quais grupos têm mais complicações
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Vida em quarentena: crianças
Bruna Bandeira ensina a desenhar nas suas redes sociais — Foto: Bruna Bandeira
Saiba como entreter seus filhos com pinturas e desenhos. São 10 dicas de atividades para fazer em casa na quarentena. E veja também como montar um plano de estudos para as crianças, que seja adequado à rotina de isolamento. Período pode trazer mais proximidade entre pais e filhos. Flexibilidade, organização e paciência são elementos importantes no planejamento.
Estudante acessa site criado para estudo online na rede municipal de Nova Odessa, durante a pandemia de coronavírus — Foto: Divulgação/ Prefeitura de Nova Odessa
Vida em quarentena: idosos
Senhora observa a sala de recreação em asilo, em Grevenbroich, na Alemanha, que assim como Brasil, restringiu a visitação de familiares durante pandemia — Foto: Thilo Schmuelgen / Reuters
Como ajudar os idosos durante a pandemia? Conversas virtuais e doações estão entre as principais formas de dar apoio durante o isolamento. Especialistas citam as melhores formas de ser voluntário.
Yoga
Yoga na quarentena: relaxe e mentalize coisas boas com a ajuda do G1 Paraná (aula 3)
oga na quarentena: relaxe e se exercite. G1 apresenta uma série de exercícios que podem ajudar a relaxar neste momento de pandemia do coronavírus.
US$ 2 trilhões dos EUA
Trump e Senado fecham acordo sobre pacote de US$ 2 tri, e mercado reage; entenda
O Senado dos Estados Unidos aprovou pacote "histórico" de estímulos de US$ 2 trilhões para aliviar as consequências da pandemia do coronavírus sobre a economia do país. O plano deverá auxiliar trabalhadores, empresas e o sistema de saúde. Amanhã, o plano será votado pela Câmara dos Representantes, antes de ser promulgado por Donald Trump.
EUA registra mais de mil mortos e quase 70 mil casos por coronavírus, diz universidade
Rússia adia referendo
Vladimir Putin visita hospital nos arredores de Moscou onde são tratados pacientes com Covid-19 — Foto: Alexey Druzhinin / Kremlin / Sputnik/ via Reuters
Até sábado passado, o número de casos do novo coronavírus na Rússia intrigava especialistas e levantava suspeitas de que o governo estaria escondendo a doença: apenas 306 infectados e nenhum morto no país com 146 milhões de habitantes, que faz fronteira com a China e alguns países da Europa. Quatro dias depois, com 658 casos notificados, o presidente Vladimir Putin se rendeu à pandemia e adiou o referendo de 22 de abril sobre a mudança na Constituição -- seu projeto político, que, se aprovado, lhe permitirá ficar no cargo até 2036. Até então, o governo dizia ter a situação sob controle, sem necessidade de impor distanciamento social aos russos.
China
A China não registrou hoje nenhum novo caso de contágio por coronavírus de origem local, mas as autoridades de saúde relataram outros 67 importados. Também foram registradas mais seis mortes, cinco delas na cidade de Wuhan, foco da epidemia na China.
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Com informações do G1
Casos de coronavírus no Brasil em 25 de março
Coronavírus: 2.433 casos e 57 mortes
Publicado: Quarta, 25 de Março de 2020, 18h29 Última atualização em Quarta, 25 de Março de 2020, 18h35
Regiões Norte, Nordeste e Sul registraram os primeiros óbitos, sendo um no Amazonas, um em Pernambuco e um no Rio Grande do Sul
Subiu para 2.433 o número de casos confirmados de coronavírus (Covid-19) no Brasil, de acordo com as informações repassadas pelos estados ao Ministério da Saúde nesta quarta-feira (25). Até o momento, 57 mortes estão confirmadas, sendo 48 no estado de São Paulo e 6 no Rio de Janeiro.
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As regiões Norte, Nordeste e Sul registraram os primeiros óbitos, sendo um no Amazonas, um em Pernambuco e um no Rio Grande do Sul.
Atualmente, todos os estados do país registram casos da doença, mas nem todas as regiões apresentam o mesmo nível de transmissão. A região norte, por exemplo, tem 4,3% do total de casos do Brasil. Na outra ponta, a região Sudeste representa o maior percentual, na ordem de 57,9%.
Assista, na íntegra, à coletiva com a atualização dos casos - 25/03/2020
Tabela com detalhamento dos casos por UF
ID
UF
CONFIRMADOS
ÓBITOS
N
N
%
NORTE - Total: 105 (4,3%)
1
AC
23
0
0 %
2
AM
54
1
2 %
3
AP
1
0
0 %
4
PA
7
0
0 %
5
RO
5
0
0 %
6
RR
8
0
0 %
7
TO
7
0
0%
NORDESTE - Total: 390 (15,8%)
8
AL
11
0
0%
9
BA
84
0
0%
10
CE
200
0
0%
11
MA
8
0
0%
12
PB
3
0
0%
13
PE
46
1
2.2%
14
PI
8
0
0%
15
RN
14
0
0%
16
SE
16
0
0%
SUDESTE - Total: 1.404 (57,9%)
17
ES
39
0
0%
18
MG
133
0
0%
19
RJ
370
6
1,6%
20
SP
862
48
5,6%
CENTRO-OESTE - Total: 221 (9,1%)
21
DF
160
0
0%
22
GO
29
0
0%
23
MS
24
0
0%
24
MT
8
0
0%
SUL - Total: 313 (12,9%)
25
PR
81
0
0%
26
SC
109
0
0%
27
RS
123
1
0,8%
BRASIL
2.433
57
2,4%
Saiba mais sobre coronavírus acessando nossa página especial
Da Agência SaúdeAtendimento à imprensa:(61) 3315.3580
Por Milton Atanazio
O cenário é incerto com relação às eleições municipais de outubro de 2020, onde teremos a escolha de prefeitos e vereadores nos municípios brasileiros. Existe um movimento no Congresso Nacional que se mobiliza com propostas de mudança, adiando para 2022 este atual mandato de vereadores e prefeitos.
A ideia é estender os mandatos de prefeitos e vereadores para seis anos, até 1º de janeiro de 2023. A Câmara e o Senado estão recebendo três diferentes proposições de emenda à Constituição (PEC). Pelas propostas, o pleito municipal seria realizado junto com os demais (Deputados estaduais, federais, governadores, senadores e presidente) a partir daí, haveria só uma eleição geral a cada quatro anos. O deputado e ex-candidato à Presidência em 2014, Aécio Neves (PSDB-MG) é autor de uma das propostas, mas ainda não está pronta. As outras são dos senadores Elmano Férrer (Podemos-PI) e Major Olímpio (Podemos-SP) e foram encaminhadas nesta segunda-feira (23).
O fato é que as eleições municipais no Brasil em 2020 estão marcadas para 04 de outubro.
A ABRACAM, neste cenário, fez uma enquete com os vereadores e naturalmente a maioria quer esticar seus mandatos e são favoráveis a um mandato tampão até 2022.
Com a disseminação do Coronavírus (Convid-19) pelo Brasil e pelo mundo, a corrida para as Eleições Municipais deste ano será seriamente afetada. Por causa da pandemia global, os candidatos terão que procurar novos meios de divulgar sua campanha e evitar aglomerações.
As campanhas eleitorais nos últimos anos já vinham ganhando contornos diferenciados pela presença das mídias sociais e pelas restrições jurídicas que impossibilitam trazer atrações especiais para comícios, por exemplo. Agora com este grave problema de saúde global, as grandes reuniões estão totalmente fora de questão. É óbvio que toda a parte virtual ficará potencializada”.
O Marketing Digital entra em cena e o foco são as redes sociais (Instagram, Twitter, Facebook e WhatsApp). Quem conhece não tem dúvidas e os que não conhecem estão ansiosos para conhecerem.
Os candidatos poderão se adaptar à nova realidade das campanhas e conquistar eleitores de uma maneira alternativa. Na visão de especialistas, a partir de agora serão privilegiadas as reuniões pequenas, ou à distância, além do desenvolvimento do relacionamento ‘um a um’, o corpo-a-corpo.
A empresa que fez a enquete, desenvolveu um aplicativo em parceria com a ABRACAM – Associação Brasileira de Câmaras Municipais e apresentou a ferramenta no dia 11 de março, quando da realização do Curso Controladoria Interna e Condutas Vedadas aos Agentes Públicos no Período Eleitoral, promovido pela ABRACAM nos dias 09, 10, 11 e 12 de março, no Hotel Carlton em Brasília.
A plataforma está despertando grande interesse por parte dos vereadores e vereadores que compareceram ao evento, e puderam testar sua funcionalidade, onde constataram um dispositivo importante, simples e barato para a campanha eleitoral e relacionamento com o eleitor.
A novidade tem nome: SOU POLÍTICO. O aplicativo foi desenvolvido por Marcio Pio e lançado extraoficialmente no evento da ABRACAM, com a presença de seu sócio César Ungarelli, destacado publicitário de longa e exitosa vivência na publicidade, Marketing de Relacionamento e profissional de sucesso em eleições, de vereador, senador, governador e presidência da República.
O aplicativo não é uma ferramenta apenas para campanha eleitoral. Ensina de uma forma simples e objetiva, como se relacionar com o eleitor. “Não é um acessório que se descarta no fim da eleição. É um instrumento que deve ser utilizado em todo o mandato. Antes e depois das eleições”, afirma Marcio Pio, que desenvolveu o aplicativo. A Enquete da ABRACAM foi feita com o uso do Aplicativo. O usuário poderá elaborar outras enquetes. Participe.
A ABRACAM deseja ouvir você vereador(a) sobre as propostas de prorrogação dos atuais mandatos e mudança no calendário das eleições de outubro de 2020 em virtude do Coronavírus.⠀Link para votação:
http://soupolitico.com.br/abracam-e-as-eleicoes/
SERVIÇO:
SOUPOLÍTICO – Plataforma de Marketing de Relacionamento
www.soupolitico.com.br
Casos de coronavírus no Brasil em 25 de março
Secretarias estaduais de Saúde contabilizam 2.271 infectados em todos os estados do Brasil. Foram registrados 47 mortos no país, 40 deles no Estado de São Paulo.
Sociedade Brasileira de Infectologia divulga nota após pronunciamento de Bolsonaro, que pediu fim do confinamento
Assista o vídeo
https://globoplay.globo.com/v/8429150/
As secretarias estaduais de Saúde divulgaram, até 22h30 de terça-feira (24), 2.271 casos confirmados do novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil com 47 mortos. O Rio de Janeiro registra seis mortos e São Paulo, 40. O Amazonas registrou a primeira morte causada pela Covid-19.
O Ministério da Saúde atualizou seus números na tarde de terça, informando que o Brasil registra 2.201 casos confirmados do novo coronavírus e que já foram registradas 46 mortes -- a do Amazonas, divulgada no final da noite, ainda não foi computada.
Na manhã desta quarta-feira (25), a prefeitura de Porto Alegre confirmou a primeira morte pela Covid-19 no Rio Grande do Sul. Paciente era uma mulher de 91 anos que estava na UTI. Caso ainda não foi inserido no balanço da secretaria de Saúde do estado.
Príncipe Charles está infectado com coronavírus
MAPA DO CORONAVÍRUS: cidades com infectados e o avanço dos casos
CORONAVÍRUS NO MUNDO: confirmado 1° caso próximo a campo de refugiados em Banglasdesh
Confira o balanço das secretarias de Saúde:
Casos confirmados do novo coronavírus no Brasil
Estado
Secretarias da Saúde
Ministério da Saúde
AC
21
17
AL
10
9
AP
1
1
AM
47
47
BA
79
76
CE
185
182
DF
177
160
ES
40
33
GO
29
27
MA
8
8
MT
7
7
MS
24
23
MG
130
130
PA
5
5
PB
3
3
PR
70
65
PE
42
42
PI
8
6
RJ
305
305
RN
14
13
RS
112
98
RO
5
3
RR
8
2
SC
109
107
SP
810
810
SE
15
15
TO
7
7
Total
2271
2201
Fonte: Secretarias estaduais da Saúde e Ministério da Saúde
Casos confirmados: 98
Fonte: Ministério da Saúde até 15 de março; secretarias estaduais da Saúde a partir de 16 de março.
Bolsonaro contraria especialistas e pede fim do "confinamento em massa"
Contrariando tudo o que especialistas e autoridades sanitárias do país e do mundo inteiro vêm pregando como forma de evitar que o novo coronavírus se espalhe, o presidente Jair Bolsonaro criticou o pedido para que todas aqueles que possam fiquem em casa em pronunciamento na noite desta terça-feira (24), em rede nacional de televisão.
Bolsonaro pede na TV 'volta à normalidade' e fim do 'confinamento em massa'
Bolsonaro culpou os meios de comunicação por espalharem, segundo ele, uma sensação de "pavor". E disse que, se contrair o vírus, não pegará mais do que uma "gripezinha".
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), divulgou uma nota na qual classificou a fala de Bolsonaro como "grave" e disse que o país precisa de uma "liderança séria".
Já o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o pronunciamento "foi equivocado ao atacar a imprensa, os governadores e especialistas em saúde pública".
Consultado, o Ministério da Saúde informou que não vai se posicionar sobre o pronunciamento do presidente.
Veja dicas para manter a saúde mental na quarentena do coronavírus
Assista o vídeo
https://globoplay.globo.com/v/8425413/
Coronavírus pelo mundo
Os Estados Unidos anunciaram na madrugada desta quarta-feira (25) um acordo federal de US$ 2 trilhões para aliviar as consequências da pandemia do coronavírus Sars-Cov-2 sobre a economia do país. O pacote de estímulo deverá auxiliar trabalhadores, empresas e o sistema de saúde.
o Reino Unido, autoridades palacianas divulgam que o teste do príncipe Charles para o Covid-19 deu positivo. Ele tem sintomas leves, segundo comunicado.
Com informações do G1
Um dia após pronunciamento, Bolsonaro repete ataques a governadores e críticas ao isolamento
Presidente chamou de 'crime ações de 'alguns poucos' prefeitos e governadores. Ele disse que vai conversar com ministro da Saúde sobre 'isolamento vertical', menos rigoroso.
O presidente Jair Bolsonaro repetiu nesta quarta-feira (25) o posicionamento do discurso em rede nacional que fez na terça, em que criticou medidas de isolamento e quarentena tomadas por governos estaduais no combate ao coronavírus. Ele defendeu o chamado isolamento "vertical", em que ficariam em casa as pessoas consideradas de risco, como idosos e portadores de doenças crônicas.
As ações de isolamento são recomendações de autoridades sanitárias, como a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em vários estados do Brasil, os governos locais determinaram fechamento temporário do comércio, escolas e serviços não-essenciais para evitar o avanço do vírus.
Bolsonaro se justificou dizendo que o isolamento vai criar uma crise econômica e gerar desemprego, o que, segundo ele, pode levar a conflitos sociais e abalo na democracia. O presidente disse que espera que o vírus não mate ninguém, mas afirmou que outros vírus mataram e, nas palavras dele, não houve "essa comoção toda".
"O que estão fazendo no Brasil, alguns poucos governadores e alguns poucos prefeitos, é um crime. Eles estão arrebentando com o Brasil, estão destruindo empregos. E aqueles caras que falam “ah a economia é menos importante do que a vida”. Cara pálida, não dissocie uma coisa de outra. Sem dinheiro, sem produção – porque o homem do campo também vai deixar de produzir – nós vamos viver do quê?", afirmou o presidente a jornalistas na saída da residência oficial do Palácio da Alvorada.
Bolsonaro disse que está conversando com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para que o ministério passe a adotar a orientação de isolamento vertical.
"Conversei por alto com Mandetta ontem [terça], hoje [quarta] vamos definir essa situação. Tem que ser, não tem outra alternativa. A orientação vai ser o vertical daqui para frente. Vou conversar com ele e tomar a decisão. Não escreva que já decidi, não. Vou conversar com Mandetta", disse.
Videoconferência com governadores do Sudeste
O presidente voltou a criticar especificamente os governadores de São Paulo, João Dória (PSDB), e do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSL), que se tornaram rivais políticos do presidente.
“Alguns poucos governadores, não são todos, em especial Rio e São Paulo, estão fazendo uma demagogia barata em cima disso. Para esconder outros problemas, se colocam junto à mídia como salvadores da pátria, como o messias que vai salvar seus estados e o Brasil do caos. Fazem política o tempo todo.
A declaração foi feita antes de uma videoconferência prevista entre Bolsonaro e governadores dos estados do Sudeste – Rio, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. O presidente disse que tratará de temas como a suspensão do pagamento da dívida dos estados com a União, adotado para dar fôlego financeiros aos governadores neste momento de crise.
Organizações afirmaram que discurso do presidente é um risco no combate à doença, que tem mais de 2 mil casos no Brasil e é causada pelo novo coronavírus.
Na fala, veiculada em rede nacional, o presidente chamou a doença de "resfriadinho", contrariou especialistas e pediu o fim do "confinamento em massa". Ele também fez um apelo pela "volta à normalidade" e culpou a imprensa por "espalhar pavor".
Veja repercussão do pronunciamento de Bolsonaro sobre o coronavírus
A Associação Brasileira de Saúde Coletiva considerou "intolerável e irresponsável" o que chamou de "discurso da morte” do presidente Jair Bolsonaro. A entidade afirmou que, em sua fala, que classificou como "incoerente e criminosa", o presidente "nega o conjunto de evidências científicas que vem pautando o combate à pandemia da COVID-19 em todo o mundo, desvalorizando o trabalho sério e dedicado de toda uma rede nacional e mundial de cientistas e desenvolvedores de tecnologias em saúde."
A Sociedade Brasileira de Infectologia se disse preocupada com a fala de Bolsonaro, e considerou que as declarações podem dar a falsa impressão de que as medidas de contenção social são inadequadas. Os infectologistas classificaram a pandemia como "grave", e disseram que é temerário associar que as cerca de 800 mortes por dia causadas pela doença na Itália, a maioria entre idosos, esteja relacionada apenas ao clima frio do inverno europeu.
A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia disse que qualquer medida que abrande o isolamento da população será "extremante prejudicial" para o combate à Covid-19.
A Associação Paulista de Medicina afirmou que, "se a intenção foi acalmar, a reação da sociedade mostra que ele [Bolsonaro] não alcançou seus objetivos. Você não traz esperança minimizando o problema, mas reforçando as soluções. Existe um perigo próximo, evidente, real e gravíssimo. Enfrentá-lo é prioritário."
Veja, abaixo, as íntegras das notas divulgadas pelas organizações:
Sociedade Brasileira de Infectologia
"Neste difícil momento da pandemia de COVID-19 em todo o mundo e no Brasil, trouxe-nos preocupação o pronunciamento oficial do Presidente da República Jair Bolsonaro, ao ser contra o fechamento de escolas e ao se referir a essa nova doença infecciosa como “um resfriadinho”.
Tais mensagens podem dar a falsa impressão à população que as medidas de contenção social são inadequadas e que a COVID-19 é semelhante ao resfriado comum, esta sim uma doença com baixa letalidade. É também temerário dizer que as cerca de 800 mortes diárias que estão ocorrendo na Itália, realmente a maioria entre idosos, seja relacionada apenas ao clima frio do inverno europeu. A pandemia é grave, pois até hoje já foram registrados mais de 420 mil casos confirmados no mundo e quase 19 mil óbitos, sendo 46 no Brasil.
O Brasil está numa curva crescente de casos, com transmissão comunitária do vírus e o número de infectados está dobrando a cada três dias.
Concordamos com o Presidente quando elogia o trabalho do Ministro da Saúde, Dr. Luiz Henrique Mandetta, e sua equipe, cujas ações têm sido de grande gestor na mais grave epidemia que o Brasil já enfrentou em sua história recente. Desde o início da epidemia, o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estão trabalhando em conjunto com várias sociedades médicas científicas, em especial com a Sociedade Brasileira de Infectologia, com várias reuniões presenciais, teleconferências e trocas de informações quase que diariamente.
Também concordamos que devemos ter enorme preocupação com o impacto socioeconômico desta pandemia e a preocupação com os empregos e sustento das famílias. Entretanto, do ponto de vista científico-epidemiológico, o distanciamento social é fundamental para conter a disseminação do novo coronavírus, quando ele atinge a fase de transmissão comunitária. Essa medida deve ser associada ao isolamento respiratório dos pacientes que apresentam a doença, ao uso de equipamentos de proteção individual (EPI) pelos profissionais de saúde e à higienização frequente das mãos por toda a população. As medidas de maior ou menor restrição social vão depender da evolução da epidemia no Brasil e, nas próximas semanas, poderemos ter diferentes medidas para regiões que apresentem fases distantes da sua disseminação.
Quando a COVID-19 chega à fase de franca disseminação comunitária, a maior restrição social, com fechamento do comércio e da indústria não essencial, além de não permitir aglomerações humanas, se impõe. Por isso, ela está sendo tomada em países europeus desenvolvidos e nos Estados Unidos da América.
Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e todos os demais profissionais de saúde estão trabalhando arduamente nos hospitais e unidades de saúde em todo o país. A epidemia é dinâmica, assim como devem ser as medidas para minimizar sua disseminação. “Ficar em casa” é a resposta mais adequada para a maioria das cidades brasileiras neste momento, principalmente as mais populosas."
Associação Brasileira de Saúde Coletiva
"As entidades de saúde coletiva e da bioética consideram intolerável e irresponsável o “discurso da morte” feito pelo Presidente da República, na noite de 24 de março, em cadeia nacional de rádio e TV.
Nessa manifestação, incoerente e criminosa, o Sr. Jair Bolsonaro, no momento ocupante do principal cargo do Executivo Federal, nega o conjunto de evidências científicas que vem pautando o combate à pandemia da COVID-19 em todo o mundo, desvalorizando o trabalho sério e dedicado de toda uma rede nacional e mundial de cientistas e desenvolvedores de tecnologias em saúde. Nesse ato, desrespeita o excelente trabalho da imprensa e de numerosas redes de difusão de conhecimento, essenciais para o esclarecimento geral sobre a COVID-19, e desmobiliza a população a dar seguimento às medidas fundamentais de contenção para evitar mortes. Medidas estas cruciais encaminhadas com muito esforço pelas autoridades municipais e estaduais, implementadas por técnicos e profissionais do SUS, os quais vêm expondo suas vidas para salvar pessoas. Além disso, comete o crime de “infração de medida sanitária preventiva”, a ser enquadrado no Art. 268 do Código Penal Brasileiro, ao desrespeitar “determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa”.
Nossas entidades representativas da comunidade brasileira de sanitaristas, epidemiologistas, planejadores e gestores de saúde, cientistas sociais e outros profissionais da área de saúde pública vêm a público denunciar os efeitos nocivos das posições do presidente da República sobre a grave situação epidemiológica que estamos vivendo. Seu pronunciamento perverso pode resultar em mais sofrimento e mortes na já tão sofrida população brasileira, particularmente entre os segmentos vulneráveis da sociedade.
As instituições da República precisam reagir e parar a irresponsabilidade do ocupante da cadeira de presidente antes que o caos se torne irreversível.
Assinam esta nota as seguintes entidades:
Associação Brasileira de Saúde Coletiva – ABRASCO
Centro Brasileiro de Estudos da Saúde – Cebes
Associação Brasileira de Economia da Saúde – ABrES
Associação Brasileira da Rede Unida
Associação Brasileira de Enfermagem – ABEn
Associação Paulista de Medicina – APM
Sociedade Brasileira de Bioética – SBB
Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia
Em nota, a entidade afirmou que "a SBGG tem um comprometimento sério e humano com a população e endossa a manutenção de todas as medidas tomadas até este momento. Para a SBGG qualquer medida que abrande o isolamento da população será extremante prejudicial para o combate ao Coronavírus, acarretando em maior número de infectados e morte. Salientamos que a maioria dos países adotam a mesma medida de contenção, apresentando sucesso.Seremos militantes do nosso posicionamento para o bem dos idosos e da população brasileira."
Associação Paulista de Medicina
“Se a intenção foi acalmar, a reação da sociedade mostra que ele não alcançou seus objetivos. Você não traz esperança minimizando o problema, mas reforçando as soluções. Existe um perigo próximo, evidente, real e gravíssimo. Enfrentá-lo é prioritário. Todos nos preocupamos com o impacto do isolamento social na economia, particularmente o impacto da recessão sobre a saúde. Também isso não deve ser minimizado. Mas que não se deixe a preocupação com o futuro inviabilizar o presente.”
Bom dia! Aqui estão os principais assuntos para você começar o dia bem-informado.
Bolsonaro contraria todas as orientações de especialistas e pede fim do isolamento social contra o coronavírus. A repercussão foi imediata e péssima. Enquanto isso, a Covid-19 avança e Amazonas confirma a 47ª morte no Brasil, a primeira fora do Sudeste. E o Ministério da Saúde diz que o Brasil precisa ter até 7 vezes mais exames para enfrentar o pico da epidemia.
Bolsonaro em rede nacional
Bolsonaro contraria especialistas e autoridades e pede fim do ‘confinamento em massa’
Assista o vídeo
https://globoplay.globo.com/v/8428773/
Na contramão de especialistas e autoridades sanitárias do país e do mundo inteiro, Jair Bolsonaro criticou o pedido de isolamento e distanciamento social, em pronunciamento em rede nacional de televisão. O presidente culpou os meios de comunicação por espalharem, segundo ele, uma sensação de "pavor". E disse que, se contrair o vírus, não pegará mais do que uma "gripezinha".
Repercussão ruim
Sociedade civil e autoridades criticam pronunciamento de Bolsonaro
Assista o vídeo
https://globoplay.globo.com/v/8428778/
Ministério da Saúde informou que não vai se posicionar sobre o pronunciamento. Mas a fala de Bolsonaro repercutiu negativemente. O presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou que a fala na TV foi "grave" e que o país precisa de uma "liderança séria". O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o pronunciamento foi "equivocado" e que os brasileiros precisam seguir as normas da Organização Mundial de Saúde (OMS). Parlamentares e governadores disseram que Bolsonaro é 'irresponsável' e confunde população. Leia mais.
Cidades brasileiras registram panelaços contra Bolsonaro pelo oitavo dia seguido
Amazonas
Secretaria de Saúde do Amazonas confirma 1ª morte no estado por coronavírus
Assista o vídeo
https://globoplay.globo.com/v/8428777/
O Amazonas teve o primeiro registro de morte por coronavírus confirmado ontem, pela Secretaria de Estado de Saúde (Susam). A vítima - a primeira fora do Sudeste - é um dos pacientes do município de Parintins, distante 369 km de Manaus e tinha 49 anos. O número de casos confirmados no Estado era de 47 , após o último balanço divulgado pelo Governo.
Pico da epidemia
Número de mortos pelo coronavírus no Brasil sobe para 46
Assista o vídeo
https://globoplay.globo.com/v/8428477/
secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, disse que o Brasil precisa aumentar a capacidade de testagem diária dos atuais 6,7 mil testes para até 50 mil para "enfrentar o pico da epidemia". Para alcançar os números, a capacidade precisa ser ampliada em pouco mais de 7 vezes.
VÍDEOS: incubação, sintomas e mais perguntas e respostas
BOATOS: o que é #FATO ou #FAKE sobre o coronavírus
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SINTOMAS: febre, tosse e dificuldade de respirar, entenda em detalhes
MAPA mostra as cidades com infectados e o avanço dos casos
Favelas no Rio
Bairros com maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e com os mais caros metros quadrados do Rio acumulam mais da metade dos registros de coronavírus. Mas é a chegada do vírus nas favelas que mais preocupa autoridades e espe
Avenida Paulista, em São Paulo — Foto: Marcelo Brandt / G1
QUIZ: Qual é o seu estilo nos tempos de quarentena? Responda perguntas e descubra quem é você durante o isolamento por causa do coronavírus. Astronautas dão dicas para enfrentar isolamento social e a era das lives: shows à distância indicam a cara da música pop durante a quarentena.
Isolamento social pode trazer medo e frustrações, mas é possível criar ferramentas para superação
Yoga na quarentena: relaxe e mentalize coisas boas com a ajuda do G1
Estados Unidos
Mensagem aos Cidadãos Americanos — Foto: Reprodução / Embaixada dos EUA no Brasil
A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil postou um aviso para que todos os norte-americanos que estão ou vivem no território brasileiro voltem ao EUA o mais rápido possível. Os EUA já haviam solicitado aos seus cidadãos no exterior que voltassem ao país por causa da pandemia por coronavírus. Ontem, a embaixada mostrou as opções de voos disponível do Brasil para os EUA.
Os EUA também anunciaram que concluíram um acordo federal de US$ 2 trilhões para aliviar as consequências da pandemia do coronavírus sobre a economia do país. O pacote de estímulo deverá auxiliar trabalhadores, empresas e o sistema de saúde.
Senado e Casa dos Representantes precisam aprovar a legislação antes de enviá-la à sanção do presidente Donald Trump.
China
A China suspendeu as drásticas restrições impostas por vários meses na província de Hubei, foco da pandemia do novo coronavírus que causou mais de 18 mil mortes em todo o mundo desde dezembro.
Nenhum caso de contágio local foi detectado nas últimas 24 horas no país, mas 47 "importados" do exterior foram registrados, informaram as autoridades nacionais de saúde.
Curtas e Rápidas:
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Políticos e autoridades reagiram com críticas à declarações do presidente na noite desta terça-feira (24). Presidente do Senado, Alcolumbre afirmou que a fala é 'grave' e que país precisa de 'liderança séria'; Bolsonaro foi defendido pelos filhos Flávio e Eduardo.
Políticos e autoridades reagiram ao pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro sobre a pandemia do coronavírus na noite desta terça-feira (24). O presidente pediu a "volta à normalidade", o fim do "confinamento em massa" e disse que os meios de comunicação espalharam "pavor".
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), divulgou uma nota na qual classificou a fala de Bolsonaro como "grave" e disse que o país precisa de uma "liderança séria". O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o pronunciamento "foi equivocado ao atacar a imprensa, os governadores e especialistas em saúde pública".
Veja, abaixo, a repercussão ao pronunciamento:
Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Senado
"Neste momento grave, o País precisa de uma liderança séria, responsável e comprometida com a vida e a saúde da sua população. Consideramos grave a posição externada pelo presidente da República hoje, em cadeia nacional, de ataque às medidas de contenção ao Covid-19. Posição que está na contramão das ações adotadas em outros países e sugeridas pela própria Organização Mundial da Saúde (OMS). Reafirmamos e insistimos: não é momento de ataque à imprensa e a outros gestores públicos. É momento de união, de serenidade e equilíbrio, de ouvir os técnicos e profissionais da área para que sejam adotadas as precauções e cautelas necessárias para o controle da situação, antes que seja tarde demais. A Nação espera do líder do Executivo, mais do que nunca, transparência, seriedade e responsabilidade. O Congresso continuará atuante e atento para colaborar no que for necessário para a superação desta crise."
Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara
"Desde o início desta crise venho pedindo sensatez, equilíbrio e união. O pronunciamento do presidente foi equivocado ao atacar a imprensa, os governadores e especialistas em saúde pública. Cabe aos brasileiros seguir as normas determinadas pela OMS e pelo Ministério da Saúde em respeito aos idosos e a todos que estão em grupo de risco. O Congresso está atento e votará medidas importantes para conter a pandemia e ajudar os empresários e trabalhadores. Precisamos de paz para vencer este desafio."
Felipe Santa Cruz, presidente da OAB
"Entre a ignorância e a ciência, não hesite. Não quebre a quarentena por conta deste que será reconhecido como um dos pronunciamentos políticos mais desonestos da história."
Wilson Witzel (PSC), governador do Rio de Janeiro
"Na manifestação em cadeia de rádio e TV, o presidente da República contraria as determinações da Organização Mundial de Saúde. Nós continuaremos firmes, seguindo as orientações médicas e preservando vidas. Eu peço a vocês: por favor, fique em casa."
Alexandre Frota (PSDB-SP), deputado federal
"Nosso pedido de impeachment está nas mãos do @RodrigoMaia . Feito por grandes advogados . Rodrigo espero que Leia com atenção."
Joice Hasselmann (PSL-SP), deputada federal
"Em relação ao pronunciamento do PR sobre o CORONAVÍRUS concluo: @jairbolsonaro foi IRRESPONSÁVEL, INCONSEQUENTE E INSENSÍVEL! O Brasil precisa de um LÍDER com sanidade mental. Todas as chances que o PR teve de acertar ele mesmo jogou fora. ERRA E SE ORGULHA DO ERRO ESTÚPIDO."
Janaina Paschoal (PSL-SP), deputada estadual
"Os brasileiros deveriam anotar os nomes dos empresários, dos apresentadores de TV e dos políticos que, em meio a contaminações, mortes, velórios sem abraços, cremações isoladas... tiveram a ousadia de dizer que estão acima dos demais... que não são passíveis de contaminação... Eles acreditam que seus cargos, seus dinheiros, sua fama fazem deles intocáveis. Anotemos os nomes deles... eles não são Deus! Abomináveis todos! Nojo é o que eu sinto olhando para a cara de cada um deles!"
Rodrigo Pacheco (DEM-MG), senador
"A fala do presidente não esclarece. Ao contrário, gera dúvida sobre o comportamento a ser seguido pela população, cuja boa parte é formada não por atletas, mas por idosos, diabéticos, hipertensos, estressados e deprimidos. O governo precisa ter unidade no discurso, seja qual for."
Kim Kataguiri (DEM-SP), deputado federal
"URGENTE: pronunciamento de Bolsonaro IRRESPONSÁVEL E OPORTUNISTA."
José Serra (PSDB), ex-ministro da Saúde
"O pronunciamento do presidente foi na contramão do mundo e da realidade apresentada pelo seu @minsaude: já são mais de 2.200 casos confirmados de coronavírus no Brasil e 46 mortes, sendo 40 no estado de São Paulo. Estamos em meio a uma pandemia que não deve ser minimizada. É preciso reconhecer que a economia não vai se recuperar de forma imediata e que é preciso fortalecer o SUS, mediante a operacionalização de um fundo que disponha dos recursos e da agilidade necessários ao combate às consequências do #coronavírus."
José Ricardo Roriz, vice-presidente da Fiesp
"O Ministério da Saúde tem feito um excelente trabalho de como lidar com essa crise, seguindo o exemplo do mundo inteiro. Não há dúvidas de quem está com a razão."
Leila do Vôlei (PSB-DF), senadora
"O lamentável discurso do presidente da República vai na contramão das orientações da Organização Mundial da Saúde, de líderes mundiais, especialistas e até do Ministério da Saúde, que tem feito um bom trabalho. Minimizar a pandemia a uma gripezinha é ignorar o cenário mundial e desprezar a dor das famílias que perderam entes queridos. É preciso união e sobriedade das lideranças para vencer esta crise. O papel de um líder é orientar e não gerar dúvidas. A incerteza coloca a vida dos brasileiros em risco."
Renato Casagrande (PSB), governador do Espírito Santo
"Pronunciamento do Pres.Jair Bolsonaro foi desconectado das orientações dos cientistas, da realidade do mundo e das ações do Ministério da saúde. Confunde a sociedade, atrapalha o trabalho nos Estados e Municípios, menospreza os efeitos da Pandemia. Mostra que estamos sem direção."
Antonio Anastasia (PSD-MG), senador
"Consideramos grave a posição externada pelo Presidente da República hoje, em cadeia nacional, de ataque às medidas de contenção ao Covid-19. Posição que está na contramão de ações adotadas em outros Países e sugeridas pela própria Organização Mundial da Saúde (OMS)."
João Amoêdo, ex-presidente do Partido Novo
"O pronunciamento do presidente é inaceitável. Temos um quadro muito grave e incerto pela frente. Ele deveria vir a publico amanhã, apresentar um plano, mostrar a gravidade da situação, demostrar equilíbrio e bom senso. Ou renunciar ao cargo."
Enio Verri (PT-PR), deputado federal
"Bolsonaro é um irresponsável. O discurso que fez hoje à noite e é extremamente grave, pois contraria cientistas de todo o mundo e até as orientações dadas pelo Ministério da Saúde. Ao defender a flexibilização do confinamento social, expõe ao risco de morte milhares de brasileiros, inclusive nossas crianças. Não está a altura do cargo que ocupa."
Eduardo Braga (MDB-AM), senador
"Assino embaixo da manifestação do presidente do Senado, Sen. @davialcolumbre em respeito às declarações do PR Jair Bolsonaro. Parabenizo pela firmeza é necessária serenidade, é disto que o 🇧🇷 precisa."
Humberto Costa (PT-PE), senador
"Bolsonaro chamou o #Covid19 de 'gripezinha, resfriadozinho, histeria', num gesto de desrespeito às vítimas fatais, suas famílias e todo o país. Atacou a imprensa uma vez mais. Em vez de tentar se restaurar no cargo de presidente, usou sua fala para ridicularizar o grave momento."
Randolfe Rodrigues (Rede-AP), senador
"IRRESPONSÁVEL! Enquanto todos os chefes de Estado DO MUNDO se pronunciam de forma LÚCIDA, Bolsonaro entrega nosso povo ao caos! Vai p/ rede nacional questionar o isolamento social e volta a chamar de 'gripezinha' um vírus que tem matado milhares de pessoas! O @jairbolsonaro tem que perguntar p/ as 46 famílias, que até o dia de hoje já perderam seus entes queridos em decorrência do coronavírus, se elas acham que o Coronavírus é uma 'gripezinha'. Irresponsável!"
Alessandro Molon (PSB-RJ), deputado federal
"Quando a população esperava um plano de ação robusto, Bolsonaro mostrou que se desconectou de vez da realidade. Em pronunciamento que atingiu o ápice da irresponsabilidade, negou a gravidade do novo coronavírus, insistiu que se trata de uma 'gripezinha' e convocou as pessoas a voltarem às ruas. Segue na contramão de líderes mundiais que prezam pela sua população. É um crime contra a vida do povo brasileiro."
Flávio Dino (PCdoB), governador do Maranhão
"Pronunciamento de hoje mostra que há poucas esperanças de que Bolsonaro possa exercer com responsabilidade e eficiência a Presidência da República. Os danos são imprevisíveis e gravíssimos."
José Guimarães (PT-CE), deputado federal
"Bolsonaro coloca a população brasileira em risco! Em pronunciamento, desdenha do avanço da Covid-19, ataca a imprensa e debocha da ciência. Empatia zero com as mortes causadas pela pandemia e completa falta de noção da grave situação que estamos vivendo. #BolsonaroGenocida. Discurso do Bolsonaro é um show de ignorância. Muito fácil e cômodo para ele minimizar a pandemia do coronavírus, se ele ficar doente terá um quarto de hospital, vários respiradores disponíveis e muitos profissionais. Infelizmente essa pode não ser a mesma realidade da população. Só um irresponsável fala isso. Enquanto o mundo e as autoridades sanitárias reconhece a gravidade da crises, Bolsonaro continua falando em gripezinha. O povo tá perdendo a paciência, #ForaBolsomaro @PTnaCamara @opovoonline @minorianacamara."
Rogério Carvalho (PT-SE), senador
"Em mais um pronunciamento irresponsável, Bolsonaro volta negar a gravidade da Pandemia do #coronavírus. Nega a ciência, nega recomendações da OMS. GRAVÍSSIMA fala que deixa uma Nação em ALERTA!"
Fernanda Melchionna (PSOL-RS), deputada federal
"Gente @jairbolsonaro é surreal.Critica quem fez isolamento social e diz que é para manter a normalidade quando é urgente fazer a suspensão de atividades com garantias de direitos. Está na contramão da história.O problema é as vidas que estão cada vez mais em risco. #ForaBolsonaro. Temos um lunático governando o país. Só se preocupa com a "saúde" dos mercados. O pronunciamento dele é a negação da ciência, da experiência em países e da necessidade história de proteger nosso povo. A cada irresponsabilidade dele mais vidas perderemos #ImpeachmentDeBolsonaro. 'O vírus chegou!' Mas oq é isso? Pronunciamento de Bolsonaro é desrespeitoso e tenta convencer o povo de que a situação não é grave, tratando o coronavírus como uma 'gripezinha'. É um desserviço a todos que estão lutando para salvar vidas que estão em risco! #ImpeachmentJá.
Com todo o respeito que tenho aos cavalos, Bolsonaro relinchando na televisão foi uma das mais trágicos pronunciamentos de presidentes. Esse pronunciamento tem que ser o último. #ImpeachmentDeBolsonaro. Gente esse pronunciamento de Bolsonaro tem que ser o último. Nós ajude na luta pela impedimento desse criminoso."
Weverton (PDT-MA), senador
"O pronunciamento do presidente Bolsonaro vai na contramão da estratégia de combate ao coronavírus em todo o mundo. Irresponsável e inaceitável que ele insista em colocar vidas em risco, em nome dos resultado econômicos. Ainda bem que o STF devolveu autonomia aos governadores."
Marcelo Freixo (PSOL-RJ), deputado federal
"Vimos em rede nacional um presidente desqualificado mentir, debochar e provocar um país que, apesar dele, luta bravamente e se une para enfrentar umas das maiores crises da história. A resposta dos brasileiros foi dada."
Paulo Pimenta (PT-RS), deputado federal
"Pronunciamento em rede nacional comprova que os suíços estavam certos: Bolsonaro é o idiota mais perigoso do mundo!"
Jean Paul Prates (PT-RN), senador
"Ao invés de unir os brasileiros, o presidente da República, mais uma vez, volta a criticar a mídia, menospreza a pandemia e provoca o caos no país. É UM TOTAL DESGOVERNO! #coronavirus #pronunciamento."
Eliziane Gama (Cidadania-MA), senadora
"A cada dia vemos que o presidente se supera. A Índia e o resto do mundo decretando quarentena e aqui a ordem do presidente é a aglomeração. Definidamente sem palavras pra definir tamanha irresponsabilidade."
Flávio Bolsonaro (sem partido), senador
"@jairbolsonaro fala a verdade ao povo brasileiro: proteger os mais vulneráveis (idosos e com doenças pre-existentes) e retomar a normalidade no país! Outros líderes mundiais já esboçam iniciar o mesmo movimento. Com coragem, Presidente @jairbolsonaro faz pronunciamento para que onda do coronavírus seja menos mortal que a onda da recessão, logo a seguir."
Eduardo Bolsonaro (sem partido), deputado federal
"Líderes mundiais se preparam para o fim do confinamento. Resguardar os grupos de riscos e permitir que a epidemia tenha sua natural curva de declínio – igual foi com o H1N1, que é mais letal do que o coronavírus – sem que com isso a recessão destrua todos os países."
Vitor Hugo (PSL-GO), deputado federal
"Excelente pronunciamento do nosso Pres @jairbolsonaro ! A sua visão de estadista e a sua coragem em ir na contramão da histeria coletiva, construída sem critérios racionais, vão salvar as vidas de milhões de brasileiros. SALVAR VIDAS e PROTEGER EMPREGOS! Bandeira do Brasil#VamosVencerJuntos"
Marcelo Ramos (PL-AM), deputado federal
"Quando mais precisamos de um líder que una o país, mais ouvimos um presidente que luta contra inimigos imaginários. O povo preocupado em salvar as pessoas e o presidente preocupado em acirrar disputas políticas.
Além disso, é angustiante o presidente contraditando o ministro Mandetta o que confunde a população num momento que precisamos de segurança."
Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), deputado federal
"Ao chamar a doença de uma gripezinha e dizer que está havendo uma histeria promovida pela imprensa, o chefe de Executivo ignora e desrespeita todas as vítimas e seus familiares. No Brasil, foram mais de 40 mortos pela doença. A Pandemia é encarada seriamente por chefes de estado do mundo inteiro. Devemos nesse instante seguir com as orientações das autoridades estatuais e municipais que, acertadamente, propuseram restrições nas cidades e estados que administram. Terra arrasada, senhor presidente, seria mandar o povo brasileiro para as ruas num momento crítico."
PSDB
"Entre o discurso do presidente @jairbolsonaro e do Ministro @lhmandetta, fiquemos com o do Médico. Protejam-se... do vírus."
Associação Brasileira de Imprensa (ABI)
"Na noite desta terça-feira, o País assistiu, estarrecido, a um pronunciamento em que o presidente Jair Bolsonaro minimiza os riscos da pandemia do Covid-19 e vai na contramão de todas as medidas recomendadas pelas autoridades de saúde, tanto do Brasil, como do mundo. Tenta, também, responsabilizar a imprensa pela justificada apreensão que toma conta de todos.
Num momento em que milhares de vidas são ceifadas em outros países e que o coronavírus chega a nosso país de forma ameaçadora, fazendo as suas primeiras vítimas fatais, Bolsonaro refere-se à pandemia como uma “gripezinha” ou um “resfriadinho” e, ainda mais grave, recomenda que as medidas preventivas não sejam adotadas pelos brasileiros. Dessa forma, contribui para que o país não se prepare para enfrentar a grave situação que estamos vivendo.
Decididamente, num momento em que se exige serenidade e liderança firme e responsável, com seu comportamento irresponsável e criminoso o presidente mostra não estar à altura do importante cargo que ocupa."
Carta dos secretários de Saúde do Nordeste
"Assistimos estarrecidos ao pronunciamento em cadeia nacional do Presidente Jair Bolsonaro, onde desfaz todo o esforço e nega todas as recomendações para combate à pandemia do coronavírus.
Não é nosso desejo politizar esse problema. Já temos dificuldades demais pra enfrentar. Não podemos cometer esse erro. Vamos continuar fazendo nosso trabalho. Não nos parece que a posição exposta pelo Presidente seja a do Ministério da Saúde, que tem se conduzido tecnicamente.
Percebemos, com espanto, os graves desencontros entre o pronunciamento do Presidente e as diretrizes cotidianas do Ministério da Saúde. Esta fala atrapalha não só o ministro, mas todos nós!
Sabemos que iremos enfrentar uma grave recessão econômica, mas o que nos cabe lidar diretamente é a grave crise sanitária.
Vamos seguir tocando nossas vidas com decisões baseadas em evidências científicas, seguindo exemplos bem sucedidos ao redor do mundo.
A grande maioria dos países do mundo, ocidentais e orientais, já firmaram seu curso no combate ao vírus e é este curso que o Nordeste Brasileiro seguirá.
Que Deus abençoe cada um de nós que pouco temos dormido. Que Deus nos abençoe!"
Com informações do G1
Bolsonaro pede na TV 'volta à normalidade' e fim do 'confinamento em massa' e diz que meios de comunicação espalharam 'pavor'
Bolsonaro contraria especialistas e autoridades e pede fim do ‘confinamento em massa’
Assista o vídeo
https://globoplay.globo.com/v/8428514/
Contrariando tudo o que especialistas e autoridades sanitárias do país e do mundo inteiro vêm pregando como forma de evitar que o novo coronavírus se espalhe, o presidente Jair Bolsonaro criticou, em pronunciamento na noite desta terça-feira (24) em rede nacional de televisão, o pedido para que todas aqueles que possam fiquem em casa.
Bolsonaro culpou os meios de comunicação por espalharem, segundo ele, uma sensação de "pavor". E disse que, se contrair o vírus, não pegará mais do que uma "gripezinha".
Consultado, o Ministério da Saúde informou que não vai se posicionar sobre o pronunciamento do presidente.
"O vírus chegou, está sendo enfrentado por nós e brevemente passará. Nossa vida tem que continuar. Os empregos devem ser mantidos. O sustento das famílias deve ser preservado. Devemos sim voltar à normalidade. Algumas poucas autoridades estaduais e municipais devem abandonar o conceito de terra arrasada, a proibição de transportes, o fechamento de comércios e o confinamento em massa. O que se passa no mundo tem mostrado que o grupo de risco é o das pessoas acima dos 60 anos. Por que fechar escolas?", declarou.
Segundo o presidente, "raros são os casos fatais de pessoas sãs com menos de 40 anos de idade. 90% de nós não teremos qualquer manifestação caso se contamine. Devemos sim é ter extrema preocupação em não transmitir o vírus para os outros, em especial aos nosso queridos pais e avós, respeitando as orientações do Ministério da Saúde".
"No meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado com o vírus, não precisaria me preocupar. Nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho, como disse aquele famoso médico daquela famosa televisão. Enquanto estou falando, o mundo busca um tratamento para a doença."
No pronunciamento, Bolsonaro disse que os meios de comunicação espalharam "pavor" e provocaram "histeria" no país.
"Grande parte dos meios de comunicação foram na contramão. Espalharam exatamente a sensação de pavor, tendo como carro chefe o anúncio do grande número de vítimas na Itália. Um país com grande numero de idosos e com o clima totalmente diferente do nosso. O cenário perfeito, potencializado pela mídia, para que uma verdadeira histeria se espalhasse pelo nosso país", afirmou.
De acordo com o presidente, "percebe-se que, de ontem para hoje, parte da imprensa mudou seu editorial, pedem calma e tranquilidade. Isso é muito bom. Parabéns, imprensa brasileira. É essencial que o bom senso e o equilíbrio prevaleçam entre nós".
Jair Bolsonaro faz pronunciamento sobre o novo coronavírus
Assista o vídeo
https://g1.globo.com/politica/video/jair-bolsonaro-faz-pronunciamento-sobre-o-novo-coronavirus-8428398.ghtml
Íntegra
Leia abaixo e veja no vídeo acima a íntegra do pronunciamento:
Boa noite.
Desde quando resgatamos nosso irmãos em Wuhan na China numa operação coordenada pelos ministérios da Defesa e Relações Exteriores surgiu para nós o sinal amarelo. Começamos a nos preparar para enfrentar o coronavírus, pois sabíamos que mais cedo ou mais tarde ele chegaria ao Brasil.
Nosso ministro da Saúde reuniu-se com quase todos os secretários de Saúde dos estados para que o planejamento estratégico de enfrentamento ao vírus fosse construído.
E, desde então, o doutor Henrique Mandetta vem desempenhando um excelente trabalho de esclarecimento e preparação do SUS para o atendimento de possíveis vítimas.
Mas o que tínhamos que conter naquele momento era o pânico, a histeria e, ao mesmo tempo, traçar a estratégia para salvar vidas e evitar o desemprego em massa. Assim fizemos, contra tudo e contra todos.
Grande parte dos meios de comunicação foram na contramão. Espalharam exatamente a sensação de pavor, tendo como carro-chefe o anúncio do grande número de vítimas na Itália, um país com grande número de idosos e com o clima totalmente diferente do nosso. O cenário perfeito, potencializado pela mídia, para que uma verdadeira histeria se espalhasse pelo nosso país.
Percebe-se que, de ontem para hoje, parte da imprensa mudou seu editorial, pedem calma e tranquilidade. Isso é muito bom. Parabéns, imprensa brasileira. É essencial que o bom senso e o equilíbrio prevaleçam entre nós.
O vírus chegou, está sendo enfrentado por nós e brevemente passará. Nossa vida tem que continuar. Os empregos devem ser mantidos. O sustento das famílias deve ser preservado. Devemos, sim, voltar à normalidade.
Algumas poucas autoridades estaduais e municipais devem abandonar o conceito de terra arrasada, a proibição de transportes, o fechamento de comércios e o confinamento em massa.
O que se passa no mundo tem mostrado que o grupo de risco é o das pessoas acima dos 60 anos. Por que fechar escolas? Raros são os casos fatais de pessoas sãs com menos de 40 anos de idade. Noventa por cento de nós não teremos qualquer manifestação caso se contamine.
Devemos sim é ter extrema preocupação em não transmitir o vírus para os outros, em especial aos nosso queridos pais e avós, respeitando as orientações do Ministério da Saúde.
No meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado com o vírus, não precisaria me preocupar. Nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho, como disse aquele famoso médico daquela famosa televisão.
Enquanto estou falando, o mundo busca um tratamento para a doença. O FDA americano e o hospital Albert Einstein, em São Paulo, buscam a comprovação da eficácia da cloroquina no tratamento do Covid-19. Nosso governo tem recebido notícias positivas sobre esse remédio fabricado no Brasil e largamente utilizado no combate à malária, ao lúpus e à artrite.
Acredito em Deus, que capacitará cientistas e pesquisadores do Brasil e do mundo na cura dessa doença. Aproveito para render minha homenagem a todos os profissionais de saúde: médicos, enfermeiros técnicos e colaboradores que na linha de frente nos recebem nos hospitais, nos tratam e nos confortam.
Sem pânico ou histeria, como venho falando desde o princípio, venceremos o vírus e nos orgulharemos de viver nesse novo Brasil que tem, sim, tudo para ser uma grande nação. Estamos juntos, cada vez mais unidos.
Deus abençoe nossa pátria querida.
Repercussão
Saiba quais foram as principais reações imediatamente após o pronunciamento de Jair Bolsonaro:
Presidente do Senado e outros parlamentares repercutem pronunciamento de Bolsonaro
Assista o Vídeo
https://globoplay.globo.com/v/8428659/
Panelaço
Durante o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro, várias cidades e capitais do país registraram panelaços. Veja abaixo: