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País registra 751 novas mortes por coronavírus em 24 hs e bate recorde 

País tem 145.328 casos e 9.897 mortes por covid-19

País registra 751 novas mortes por coronavírus em 24 hs e bate recorde

Dados do Ministério da Saúde desta sexta-feira (8) apontam que o Brasil registrou 751 novas mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas e bateu um novo recorde. É o quarto dia seguido com mais de 600 óbitos novos por dia – foram  610 na quinta (7), 615 na quarta (6), o maior número até então, e 600 na terça (5).

 Com isso, chega a 9.897 o número de mortes pelo novo coronavírus confirmadas. O país também tem, ao todo, 145.328 casos confirmados de Covid-19.

Na quarta-feira (6) o Brasil superou a Bélgica e se tornou o sexto país com mais óbitos no mundo, segundo a Universidade Johns Hopkins (EUA), que monitora dados da pandemia. Os cinco primeiros países com mais óbitos são EUA, Reino Unido, Itália, Espanha e França.

Segundo especialistas, os números reais no Brasil devem ser maiores, já que há baixa oferta de testes no país e subnotificação.

COM INFORMAÇÕES DA FOLHAPRESS E FOTO REUTERS

Generais vão depor dia 12 no inquérito de Moro contra Bolsonaro no STF

 Os três militares palacianos foram listados por Moro como testemunhas de ameaças proferidas pelo presidente contra o ex-ministro.

Os ministros Augusto Heleno (GSI), Walter Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) vão depor na próxima terça, 12, no inquérito que investiga as acusações do ex-ministro Sérgio Moro de 'interferência política' do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal.

 Os três militares palacianos foram listados por Moro como testemunhas de ameaças proferidas pelo presidente contra o ex-ministro, caso ele não concordasse com a troca da direção-geral da PF.

Segundo Moro relatou à PF, os ministros participaram de duas reuniões em que o presidente Jair Bolsonaro pressionou o ex-ministro da Justiça a trocar o comando da Polícia Federal. Uma delas, no dia 22 de abril, foi gravada pelo Planalto - que já apresentou três pedidos ao decano para que reconsidere ordem para entregar as gravações.

Nesta reunião, Bolsonaro teria dito que iria 'interferir em todos os ministérios'. "O presidente afirmou que iria interferir em todos os Ministérios e quanto ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, se não pudesse trocar o Superintendente da Polícia Federal do Rio de Janeiro, trocaria o Diretor Geral e o próprio Ministro da Justiça", relatou Moro.

No dia seguinte, 23 de abril, ao ser informado pelo presidente que Maurício Valeixo seria exonerado do cargo, Moro se encontrou com Braga Netto e Augusto Heleno para informar os motivos pelos quais não aceitaria a substituição e declarou que deixaria o governo falando a verdade sobre a troca.

Os ministros se comprometeram a demover o presidente da ideia e que retornou ao Ministério da Justiça 'na esperança da questão ser solucionada'. À tarde, após a imprensa noticiar o atrito entre Moro e Bolsonaro e seu ultimato ao governo, o ministro Luiz Eduardo Ramos ligou para saber 'se seria possível uma solução intermediária', citando os nomes de Fabiano Bordignon ou Disney Rosseti.

Antes de dar uma resposta definitiva, Moro disse que procuraria Valeixo, que concordou com o nome de seu número dois, Disney Rosseti, para assumir o cargo. Moro então retornou a Ramos, afirmando que essa seria a única mudança e que não concordava com trocas no comando da PF do Rio. O ministro palaciano 'ficou de levar a questão para o presidente' e dar um retorno, que não veio.

Quando a notícia da exoneração de Valeixo foi publicada na noite do dia 23 de abril, Moro questionou Ramos sobre o caso, que alegou não ter informações oficiais. A saída de Valeixo foi confirmada durante a madrugada e Moro disse que sua demissão, então, se tornou 'irreversível'.

Com informações de Estadão Conteúdo e foto Reuters

Bolsonaro desiste de churrasco após ironia e recorde de mortes

 Para minimizar o desgaste com a convocação de uma confraternização em meio à pandemia que, até sexta-feira, havia matado 9.897 pessoas no Brasil
Bolsonaro desiste de churrasco após ironia e recorde de mortes
 
Diante de quase 10 mil mortes provocadas pelo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não vai mais levar adiante seu plano de fazer um churrasco no Palácio da Alvorada neste sábado (9).
 
 
 
De acordo com aliados do presidente ouvidos reservadamente, ele decidiu cancelar na sexta-feira (8) o convite que havia sido feito a ministros e outros integrantes do governo. Não foi apresentada uma justificativa oficial, mas eles dizem acreditar que a grande repercussão negativa pesou para a decisão.

Para minimizar o desgaste com a convocação de uma confraternização em meio à pandemia que, até sexta-feira, havia matado 9.897 pessoas no Brasil, algumas pessoas próximas ao presidente chegaram a dizer que o convite era "fake", que não havia passado de uma provocação.

Apesar do cancelamento, auxiliares do presidente disseram que o núcleo duro do governo, formado pelos ministros que despacham de dentro do Palácio do Planalto, pode aparecer no Alvorada. O ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, chegou de moto por volta das 10h30.

Na sexta-feira, o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, fez piada quando questionado se haveria o churrasco neste sábado e reclamou, ainda em tom de brincadeira, do valor da vaquinha para a compra das carnes.

"O presidente ainda não falou comigo sobre churrasco, e está caro. R$ 70 tá muito caro", disse Mourão no fim da tarde de sexta-feira, após deixar uma reunião com Bolsonaro e outros ministros no Ministério da Defesa.

Logo depois desta fala, Bolsonaro também falou sobre o churrasco ao parar para falar com apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada.No mesmo dia em que o país registrou recorde de mortes em 24 horas pelo coronavírus, Bolsonaro fez ironias sobre a realização de um churrasco na residência oficial e chegou a falar em 3.000 convidados.

Na quinta-feira (7), o presidente havia dito que faria um churrasco apenas com a presença de sua equipe ministerial, cerca de 30 pessoas, o que foi criticado por deputados e senadores por desobedecer as recomendações das autoridades de saúde.

Na entrada da residência oficial, na sexta, Bolsonaro foi questionado se promover um evento com aglomeração de pessoas não seria um mau exemplo para o país.Em tom irônico, o presidente convidou apoiadores que estavam no local para participar da festa e disse que serão convidadas pessoas de diferentes cidades do Centro-Oeste, como Águas Lindas (GO) e Taguatinga (DF).

"Está todo mundo convidado aqui, 800 pessoas no churrasco. Tem mais um pessoal de Águas Lindas. Tem umas 900 pessoas para o churrasco amanhã", disse. "Tem 1.300 convidados. Quem estiver amanhã aqui a gente coloca para dentro. Vai dar mais ou menos 3.000 pessoas no churrasco amanhã", acrescentou.

O presidente foi questionado pelo menos seis vezes pelos veículos de imprensa na sexta-feira se o gesto não é um exemplo negativo para a população. Ele, no entanto, não respondeu e continuou a fazer ironias.

Os dados do Ministério da Saúde apontaram nesta sexta-feira (8) que o Brasil registrou 751 novas mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas. É o quarto dia seguido com mais de 600 óbitos por dia.

Na quarta-feira (6) o Brasil superou a Bélgica e se tornou o sexto país com mais mortes no mundo. Os cinco primeiros são Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Espanha e França.Segundo especialistas, os números reais no Brasil devem ser maiores, já que há baixa oferta de testes no país e subnotificação.

Com informações da FOLHAPRESS e foto Reuters

STF tratou ministros generais como 'bandidos', dizem militares

 A equipe de generais que auxilia Bolsonaro avalia que, embora os termos usados pelo ministro da Corte sejam jurídicos, a redação do texto foi "desrespeitosa"
STF tratou ministros generais como 'bandidos', dizem militares

Os ministros militares do governo se dizem ofendidos com a decisão de Celso de Mello, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), de ordenar que os depoimentos dos generais Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, Walter Braga Netto, da Casa Civil, e Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, sejam tomados até por "condução coercitiva" ou "debaixo de vara". Eles são testemunhas no inquérito na Corte que apura as acusações de Sérgio Moro, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, de possível interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal.

A equipe de generais que auxilia Bolsonaro avalia que, embora os termos usados pelo ministro da Corte sejam jurídicos, a redação do texto foi "desrespeitosa" e "desnecessária" na referência a eles. Interlocutores do Planalto ouvidos pelo Estadão reiteraram que Celso não levou em conta a trajetória de três militares do mais alto posto do Exército, considerados pessoas "acima de quaisquer suspeitas".

Veja também: Palavrões e ameaças de demissão generalizada em reunião ministerial

A decisão atinge também, no entanto, testemunhas civis e integrantes da PF, como a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) e os delegados Ricardo Saadi, Carlos Henrique de Oliveira Sousa, Alexandre Saraiva, Rodrigo Teixeira, Alexandre Ramagem Rodrigues e Maurício Leite Valeixo - este último, ex-diretor da instituição e um dos pivôs da crise entre Moro e Bolsonaro.

O clima é de desconforto no Palácio e nas Forças Armadas. Oficiais da ativa e da reserva de fora do governo fizeram coro e disseram que se sentiram atingidos e tratados como "bandidos". Na Presidência, a decisão do ministro Celso de Mello foi discutida anteontem, em reunião no Palácio.

Chegou-se a pensar em uma reação às expressões usadas pelo decano, mas a turma do "deixa disso" amenizou a situação. O entendimento no Planalto foi de que não se tratava de um caso do Ministério da Defesa e dos comandos militares, mas de "ministros da Presidência". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com informações de Estadão Conteúdo e foto Reuters