Terça-feira, 11 de agosto - RESUMO DO DIA - NOTÍCIAS ABRACAM

Boa noite! Aqui estão as notícias para você terminar o dia bem-informado, indicados pelo jornalista Milton Atanazio, direto de Brasília.


A Rússia anuncia aprovação da primeira vacina contra a Covid, mas a Sputnik é cercada de incertezas. O Brasil tem 103 mil mortes por coronavírus. Guedes vê debandada na própria equipe e também critica os gastos públicos. Para o ministro, 'furar'o teto é caminho para impeachment. Biden escolhe a senadora negra Kamala Harris como candidata a vice. E o FGTS vai distribuir R$ 7,5 bilhões de lucros.

Vacina de Putin

Em meio à corrida pela vacina contra a Covid-19, o que poderia ser uma boa notícia se transformou em desconfiança. Nesta terça, o governo da Rússia aprovou a primeira vacina contra a doença, batizada de Sputnik V. No entanto, sabe-se pouco sobre sua eficácia, e ela vem sendo questionada por especialistas internacionais. Já Vladimir Putin disse que a vacina passou em todas as verificações exigidas e que inclusive sua filha a tomou. As autoridades russas têm planos de iniciar uma vacinação em massa em outubro. De acordo com a OMS, ela não está na lista de seis vacinas que alcançaram a fase três dos testes clínicos.

No Brasil, o governo do Paraná anunciou que vai fechar um acordo para a fabricação da vacina russa, mas a Anvisa informou que o laboratório ainda não pediu registro de testes no país.

Covid-19 no Brasil

Com 1.242 mortes pela Covid-19 confirmadas nas últimas 24 horas, o Brasil ultrapassou a marca dos 103 mil óbitos. A média é de mil vítimas por dia na última semana. Sobre o número de casos, o país teve 56.081 novos de segunda para terça, e contabiliza 3.112.393 infectados. Sete estados têm alta de mortes pela doença; veja dados.

'Apagão no MEC'

O governo não adotou medidas para promover educação inclusiva na pandemia, aponta um relatório produzido por deputados que integram a Comissão Externa da Câmara que acompanha trabalhos do Ministério da Educação. O documento descreve a situação como ‘preocupante’ e critica as trocas de ministros no MEC. ‘Até julho de 2020, nenhuma medida havia sido tomada pelo governo federal no sentido de promover a educação do campo, de povos indígenas, quilombolas ou a educação inclusiva durante a vigência das políticas de isolamento social’, diz trecho do relatório. Leia mais.

A escolha de Biden

Kamala Harris em foto de arquivo, em 2019. — Foto: AP Photo/Sait Serkan Gurbuz

Kamala Harris em foto de arquivo, em 2019. — Foto: AP Photo/Sait Serkan Gurbuz

A senadora negra Kamala Harris foi escolhida candidata a vice-presidente na chapa de Joe Biden (Partido Democrata). Caso vençam Donald Trump nas eleições de novembro, ela será a primeira mulher eleita a ocupar o cargo de vice-presidente dos Estados Unidos. A senadora, filha de pais imigrantes, chegou a se apresentar como pré-candidata à Casa Branca. Conheça sua trajetória.

Manifestações no Líbano

Uma semana após a megaexplosão em Beirute, os manifestantes voltaram às ruas da capital. A tragédia, que deixou mais de 200 mortos e culminou na renúncia do primeiro-ministro, reativou os protestos contra a classe política e a crise econômica vivida pelo país. Houve confronto entre manifestantes e policiais.

Encruzilhada em Belarus

No comando de Belarus há 26 anos, o último ditador da Europa, Alexander Lukashenko, enfrenta a ira de opositores e vê ainda a chance da Rússia expandir sua influência no país. A colunista Sandra Cohen analisa a situação do país de 9,5 milhões de habitantes e a relação estreita e conturbada com os russos.

Dossiê contra opositores

O Ministério da Justiça informou, em nota, que entregou ‘informações e documentos necessários para a realização da atividade de controle e fiscalização externos da atividade de inteligência’ à Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso Nacional. Na sexta, o ministro André Mendonça se reuniu com parlamentares e prometeu entregar o relatório sigiloso sobre 579 servidores públicos identificados como integrantes do movimento antifascismo e opositores do governo.

Alerta de Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse hoje que 'furar' o teto de gastos é caminho para impeachment de Bolsonaro. Sem citar nomes, ele afirmou que há auxiliares que aconselham o presidente a aumentar despesas para viabilizar reeleição.

Debandada

Os secretários especiais de Desestatização, Salim Mattar, e de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel, pediram demissão hoje. Paulo Guedes afirmou que os dois estavam insatisfeitos com a morosidade das privatizações e da reforma administrativa. ‘Se me perguntarem se houve uma debandada hoje, houve’, disse o ministro da Economia, que informou que o governo vai ‘avançar com as reformas’.