Quinta-feira, 30 de julho – RESUMO DO DIA

Boa noite! Aqui estão as notícias para você terminar o dia bem-informado, selecionadas pelo jornalista Milton Atanazio, direto de Brasília

O governo teria monitorado quase 600 servidores públicos ligados a movimentos antifascistas. O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin vira réu por caixa 2, corrupção e lavagem de dinheiro. O PIB da maior potência econômica mundial tem queda histórica. E a Nasa envia um robô a Marte para desvendar se já houve vida no planeta.

Dossiê sobre opositores

O Ministério Público Federal pediu esclarecimentos ao Ministério da Justiça sobre um relatório sigiloso com informações de quase 600 servidores públicos da área de segurança identificados como integrantes do movimento antifascismo e opositores do governo Jair Bolsonaro.

Segundo reportagem do UOL, a pasta ‘produziu um dossiê com nomes e, em alguns casos, fotografias e endereços de redes sociais das pessoas monitoradas’. Em nota, o governo argumentou que a atividade não configura investigação e se concentra exclusivamente na ‘prevenção da prática de ilícitos e à preservação da segurança das pessoas e do patrimônio público’. Entidades e políticos reagiram.

  • MIRIAM LEITÃO: ‘Quando um governo usa a máquina pública contra adversários, acabou a democracia’
  • NATUZA NERY: ministros do STF consideram suspeita de monitoramento ‘muito grave’
  • GABEIRA: ‘Um pouco de incompetência e muito autoritarismo’

Inquérito das fake news

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou o bloqueio de contas de 16 apoiadores do presidente Jair Bolsonaro em redes sociais também no exterior. Na prática, a determinação ampliou o alcance de uma outra decisão, da semana passada.

No último dia 24, as contas foram retiradas do ar por decisão de Moraes, mas alguns dos investigados tentaram driblar a ordem do STF e mudaram, por exemplo, as configurações de localização para outros países para continuarem publicando mensagens. Também usaram perfis alternativos.

  • Twitter considera decisão ‘desproporcional’ e diz que vai recorrer

Alckmin vira réu

A Justiça Eleitoral de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público contra o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) por caixa 2, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Alckmin agora é réu no processo. O Ministério Público o acusa de receber R$ 11,3 milhões da Odebrecht, durante as campanhas eleitorais de 2010 e 2014 ao governo do estado de São Paulo. Segundo o MP, Alckmin recebeu os recursos sob o uso de codinomes como ‘pastel’ e ‘pudim’.

Lava Jato em SP

O juiz federal Diego Paes Moreira suspendeu nesta quinta a ação penal contra o senador e ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) e a filha dele, Verônica Allende Serra, por lavagem de dinheiro. A decisão acontece um dia após a ordem do ministro do STF Dias Toffoli para paralisar as investigações da Lava Jato sobre Serra. A defesa do senador alegou que ele tem direito a foro privilegiado e que, por isso, só poderia ser processado no âmbito do Supremo. O Ministério Público Federal classificou como ‘indevida’ a suspensão do processo.