8 de junho,segunda-feira - A ABRACAM mostra os destaques do dia

A semana começa com a confusão nos dados sobre o coronavírus no Brasil. O Ministério da Saúde divulgou dois boletins com diferença de mais de 850 óbitos sem explicar o motivo. A mudança da maneira de divulgar os números foi criticada autoridades e especialistas. Os protestos pró-democracia e contra o racismo do fim de semana. Os concursos abertos com mais de 10,6 mil vagas. E os pagodeiros comentando a explosão do ritmo nessa quarentena.

Confusão nos dados

O Ministério da Saúde divulgou neste domingo (7) dados diferentes sobre a quantidade de mortos e infectados por Covid-19. Questionado, o governo ainda não explicou a razão da diferença dos dados.

O primeiro balanço do ministério apontava para 1.382 mortes nas últimas 24 horas, elevando o total de óbitos para 37.312. O segundo, no entanto, divulgado no painel oficial do ministério que acompanha a evolução da doença, informava 525 óbitos, somando 36.455 mortes desde o início da pandemia no Brasil.

A diferença na apuração das mortes das últimas 24 horas entre os dois balanços é de 857 pessoas.

O número de casos informados nas últimas 24 horas também é diferente. O primeiro balanço indicava 12.581 casos, levando o total de casos confirmados para 685.427. O painel oficial do ministério, no entanto, apontava para 18.912 casos a mais da doença, somando 691.758 casos.

Desde sexta-feira, o ministério mudou a forma de divulgação dos indicadores do coronavírus, deixando de apresentar alguns dados consolidados. A decisão foi criticada por autoridades e especialistas. O MPF abriu um procedimento extrajudicial pedindo explicações para o ministro interino Eduardo Pazuello do que motivou a nova forma de apresentar os números.

Protestos pelo paísProtesto no largo da Batata, região de Pinheiros, em São Paulo — Foto: Roberto Sungi/Futura Press/Estadão Conteúdo

Protesto no largo da Batata, região de Pinheiros, em São Paulo — Foto: Roberto Sungi/Futura Press/Estadão Conteúdo

Ao menos 20 capitais brasileiras registraram protestos pacíficos durante a manhã e a tarde deste domingo (7).

A maioria dos manifestantes usou máscara durante os atos e carregou cartazes contra o racismo e o fascismo. Os participantes gritaram palavras de ordem em defesa da democracia.

Os protestos por essas pautas no Brasil começaram no último domingo (31), com manifestações em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Em São Paulo, no Rio e em Brasília, também houve manifestações a favor do presidente Jair Bolsonaro. A maioria dos participantes carregava bandeiras do Brasil. Não houve tumulto.

GloboNews DebateFernando Henrique Cardoso, Marina Silva e Ciro Gomes em entrevista à GloboNews — Foto: Reprodução/GloboNews

Fernando Henrique Cardoso, Marina Silva e Ciro Gomes em entrevista à GloboNews — Foto: Reprodução/GloboNews

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e os ex-candidatos à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) defenderam neste domingo (7) uma frente ampla para proteger a democracia. Os três participaram de um debate promovido pela GloboNews e mediado pela jornalista Míriam Leitão.

Sobre os atos pró-democracia, Fernando Henrique afirmou que 'não podemos calar'. Ciro disse que 'Quem não defende a democracia é traidor'. E Marina Silva defendeu a união para enfrentar a crise. Eles também criticaram a mudança feita pelo governo federal na divulgação de informações de infectados e mortes pelo coronavírus.

Isso é Fantástico

A palavra tomou as redes sociais nas últimas semanas: fascismo. Em um levantamento exclusivo feito para o Fantástico, o Google revelou que o termo bateu recentemente todos os recordes de procura no site de buscas. Em debates acalorados, virou uma palavra usada para ofender interlocutores. Mas será que a palavra está sendo usada no contexto correto? Afinal, o que foi o fascismo histórico e que relação ele tem com os eventos que acontecem hoje no Brasil e no mundo? Para ajudar você a entender melhor essa história, Murilo Salviano recebe dois historiadores especialistas no assuntoOuça abaixo:

 Assunto

Na reunião ministerial de 22 de abril, Ricardo Salles recomendou aos colegas aproveitar a “tranquilidade” da pandemia para implementar, longe dos olhos do Congresso, da imprensa e do público em geral, toda a desregulamentação possível na área ambiental. A fala lhe rendeu acusações formais de improbidade administrativa, crime de responsabilidade e, na última sexta-feira, um pedido de impeachment.

Em conversa com Renata Lo Prete, a pesquisadora Natalie Unterstell explica que a “desregulamentação” é, na verdade, um desregramento generalizado da proteção ambiental, feito por meio de decretos, portarias e desmoralização de funcionários públicos de carreira. Integrante de um grupo que monitora cada decisão da área publicada no Diário Oficial da União, ela mostra também o que essa política já está custando ao Brasil em reputação e recursos externos perdidos.

Auxílio emergencialAuxílio emergencial libera mais uma etapa de pagamentos nesta segunda-feira — Foto: Nayra Halm/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Auxílio emergencial libera mais uma etapa de pagamentos nesta segunda-feira — Foto: Nayra Halm/Fotoarena/Estadão Conteúdo

A Caixa libera nesta segunda-feira (8) as transferências e os saques em dinheiro da segunda parcela do Auxílio Emergencial depositada em poupanças sociais digitais do banco para os 2,6 milhões de beneficiários nascidos em agosto.

As liberações começaram no em 30 de maio e seguem um cronograma ligado ao mês de nascimento do trabalhador. Até a data de liberação, os recursos já depositados nas poupanças podem ser usados apenas para pagamento de contas, de boletos e compras por meio do cartão de débito virtual.

Para os trabalhadores que receberam a primeira parcela do benefício em outra conta, os recursos depositados na poupança digital serão transferidos automaticamente também na data de liberação dos saques e transferências. Com isso, esses beneficiários terão que procurar os bancos em que têm conta caso queiram sacar o dinheiro.

Imposto de Renda

O trabalhador demitido que recebeu verbas na rescisão do contrato de trabalho no ano passado deve incluir os valores na declaração deste ano. O envio da declaração do Imposto de Renda vai até 30 de junho.

De acordo com Sandro Rodrigues, contabilista, economista e fundador da Attend Assessoria Consultoria e Auditoria S/S, os valores só devem ser declarados se forem efetivamente recebidos, ou seja, quando depositados na conta corrente.

“Portanto, só deve constar da declaração de 2020 o que foi efetivamente recebido até 31 de dezembro de 2019”, salienta.

ConcursosPaís tem mais de 10,6 mil vagas em concurso — Foto: Divulgação

País tem mais de 10,6 mil vagas em concurso — Foto: Divulgação

Pelo menos 94 concursos públicos estão com inscrições abertas nesta segunda-feira (8) no país para preencher mais de 10,6 mil vagas em cargos de todos os níveis de escolaridade.

Além de vagas para preenchimento imediato, há concursos para formação de cadastro de reserva – ou seja, os candidatos aprovados são chamados conforme a abertura de vagas durante a validade do concurso.

Somente na Prefeitura de Barra dos Coqueiros, em Sergipe, são oferecidas 586 vagas, com salários de até R$ 3.232,49.

Lives de pagodeLives em junho incluem transmissões agendadas de Xande de Pilares, Martinho da Vila e Thiaguinho — Foto: Divulgação

Lives em junho incluem transmissões agendadas de Xande de Pilares, Martinho da Vila e Thiaguinho — Foto: Divulgação

As lives de pagode foram a maior surpresa da atual temporada de transmissões musicais ao vivo. E o sucesso deve seguir, com alguns grandes nomes do estilo já com lives engatilhadas para junho (veja lista abaixo).

Mesmo que o pagode tenha menos hits atuais do que estilos como funk, pop e forró, e esteja muito atrás dos líderes sertanejos, quando começaram as lives, o ritmo mostrou sua força.

O podcast G1 Ouviu mostrou como lives de grupos como Raça Negra, Sorriso Maroto e Pixote fizeram a audiência dos artistas disparar, com base na nostalgia. Ouça abaixo:

Com informações do G1