26 de abril, domingo - A ABRACAM mostra os DESTAQUES DO DIA

DESTAQUE 1

Jorge Oliveira, da Secretaria-Geral da Presidência, deve ser anunciado como novo ministro da Justiça

Para direção da PF, governo decidiu pelo nome de Alexandre Ramagem, diretor da Abin. Oliveira e Ramagem são próximos aos Bolsonaro e já trabalharam para integrantes da família.

jorge_oliveira.JPGO ministro Jorge Oliveira, atualmente na Secretaria-Geral da Presidência, deve ser o novo ministro da Justiça — Foto: Reprodução/GloboNews

O presidente Jair Bolsonaro deve anunciar Jorge Oliveira, atualmente ministro da Secretaria-Geral da Presidência, como o novo ministro da Justiça e Segurança Pública, no lugar de Sergio Moro, que deixou o cargo na última sexta-feira (24).

Fontes do Planalto confirmaram que, depois de muito resistir, Jorge acabou aceitando o cargo na Justiça. Ele era o nome que a família Bolsonaro queria na pasta. Neste sábado (25), ele se reuniu com o presidente na residência oficial do Palácio da Alvorada.

O governo também já se decidiu sobre o novo diretor-geral da Polícia Federal. Vai ser Alexandre Ramagem, atual diretor da Agência Nacional de Inteligência (Abin). A vaga no comando da PF foi aberta depois de que Bolsonaro exonerou o delegado Maurício Valeixo. A saída de Valeixo foi um dos motivos que levaram Moro a deixar o governo, alegando tentativa de interferência política do presidente na PF.

Com essas modificações, Bolsonaro terá duas pessoas próximas a sua família nos dois postos. O pai de Oliveira trabalhou com o presidente quando ele era deputado. O próprio ministro já foi chefe de gabinete na Câmara de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente.

Ramagem, delegado da PF, trabalhou como segurança de Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018.

Ramagem aparece em foto (direita) ao lado do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, em festa de ano novo na virada de 2018 para 2019 — Foto: Reprodução

O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) disse no sábado que vai apresentar uma ação na Justiça para impedir que Ramagem assuma o cargo, caso ele seja nomeado diretor-geral da Polícia Federal. O deputado lembrou que Ramagem, além de ter chefiado a segurança de Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018, também é amigo dos filhos do presidente.

Bolsonaro recebe ministro cotado para assumir vaga de Moro –

ASSISTA O VÍDEO - https://globoplay.globo.com/v/8510526/

Inquéritos

A Polícia Federal investiga atualmente, a mando do Supremo Tribunal Federal (STF), um esquema de fake news contra ministros da corte, e parlamentares suspeitos de apoiar atos antidemocráticos, que pregam intervenção militar.

O relator dos inquéritos, ministro Alexandre de Moraes, determinou que os delegados à frente dessas investigações sejam mantidos na função, depois que Moro denunciou que um dos motivos para Bolsonaro ter mudado o comando da PF é um incômodo do presidente com os inquéritos.

Com informações do G1

DESTAQUE 2

Covid-19: não há evidências de que curados estejam protegidos, diz OMS m homem recebe um teste de auto-coronavírus de um estudante de medicina à sua porta, em meio ao surto de doença de coronavírus (COVID-19), em São Caetano do Sul, São Paulo, Brasil, 14 de abril de 2020. REUTERS / Rahel Patrasso

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse neste sábado (25) que atualmente "não há evidências" de que pessoas que se recuperaram da covid-19 e possuem anticorpos estejam protegidas de uma segunda infecção pelo coronavírus.

Em um briefing científico, a agência das Nações Unidas alertou governos contra a emissão de "passaportes de imunidade" ou "certificados de livre de riscos" às pessoas que foram infectadas, uma vez que sua precisão não pode ser garantida.

A prática poderia, na verdade, aumentar os riscos de propagação contínua da doença, à medida que pessoas que se recuperaram podem ignorar conselhos sobre as precauções que devem ser tomadas contra o vírus, disse a entidade.

"Alguns governos sugeriram que a detecção de anticorpos ao SARS-CoV-2, o vírus que causa a covid-19, poderia servir como a base para um 'passaporte de imunidade', ou 'certificado de livre de riscos', que permitiria a indivíduos viajar ou voltar para casa, assumindo que eles estariam protegidos contra a reinfecção", disse a OMS.

"Atualmente não há evidências de que pessoas que se recuperaram da covid-19 e possuem anticorpos estão protegidas de uma segunda infecção", acrescentou.

O Chile anunciou na semana passada que começaria a distribuir "passaportes de saúde" para pessoas consideradas recuperadas da doença. Uma vez rastreado o desenvolvimento de anticorpos para torná-las imunes ao vírus, elas poderiam retornar imediatamente ao trabalho.

A OMS disse que continua avaliando evidências sobre as respostas de anticorpos ao vírus, que surgiu na cidade chinesa de Wuhan no final do ano passado. Cerca de 2,8 milhões de pessoas já foram infectadas pelo novo coronavírus em todo o mundo, sendo que mais de 200 mil morreram, segundo contagem da Reuters.

A maior parte dos estudos mostra que as pessoas que se recuperaram da infecção têm anticorpos para o vírus, segundo a OMS. No entanto, algumas delas possuem níveis muito baixos de anticorpos neutralizadores no sangue, "sugerindo que a imunidade celular também pode ser fundamental para a recuperação", concluiu a organização.

Com informações da Agência Brasil

DESTAQUE 3

Casos de coronavírus e número de mortes no Brasil em 26 de abril

As secretarias estaduais de Saúde confirmam no país 59.324 casos do novo coronavírus (Sars-CoV-2), com 4.057 mortes.

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Veja os dados sobre o coronavírus no Brasil neste domingo (26), segundo levantamento exclusivo do G1 junto às secretarias estaduais de saúde. Foram registradas 4.057 mortes provocadas pela Covid-19 e 59.324 casos confirmados da doença em todo o país.

Taxa de ocupação de leitos de UTI

  • Acre– 80% em Rio Branco em 21/04
  • Alagoas– 29% em todo o estado em 25/04
  • Amazonas– 96% em todo o estado em 23/04
  • Bahia– 54% em todo o estado em 21/04
  • Ceará– 100%em todo o estado em 20/04
  • Espírito Santo- 69,2% em todo o estado em 24/04
  • Maranhão– 51,9% em todo o estado em 22/04
  • Mato Grosso– 4,8% dos leitos de UTI da rede pública em todo o estado em 23/04
  • Mato Grosso do Sul– 64% em todo o estado em 17/04
  • Minas Gerais– 54em todo o estado em 24/04
  • Pará – 84% em todo o estado em 15/04
  • Paraíba – 28% em todo o estado em 25/04
  • Paraná – 30% em todo o estado em 23/04
  • Piauí - 23,8% em todo o estado em 25/04
  • Pernambuco – 95% em todo estado em 19/04; além disso, 99% dos leitos de UTI da rede pública dedicados aos pacientes infectadospelo novo coronavírus também estão ocupados
  • Rio de Janeiro– 74% em todo o estadoem 19/04
  • Rio Grande do Norte– 33% em todo o estado em 22/04
  • Rio Grande do Sul– 54,57% em todo o estado em 22/04
  • Santa Catarina– 16,08% dos leitos na rede pública em todo o estado em 25/04
  • São Paulo– 58,9% em todo o estado em 25/04
  • Sergipe– 6 leitos ocupados em 23/04

Distrito Federal, Goiás, Rondônia, Roraima e Tocantins não divulgaram a taxa de ocupação.

Testes feitos pelos estados

Número de testes de coronavírus feitos pelos estados

Estado

Nº de testes

Data de divulgação

Acre

1.879

23/04

Alagoas

1.862

22/04

Amazonas

6.000

24/04

Bahia

14.354

24/04

Ceará

19.753

24/04

Distrito Federal

24.825

25/04

Espírito Santo

8.783

24/04

Goiás

9.680

23/04

Maranhão

5.963

25/04

Mato Grosso

1.855

24/04

Mato Grosso do Sul

1.872

23/04

Paraná

13.694

24/04

Pernambuco

8.036

23/04

Piauí

1.792

22/04

Rio Grande do Norte

6.806

22/04

Rondônia

1.558

22/04

Roraima

718

23/04

Santa Catarina

7.452

22/04

São Paulo

35.600

22/04

Sergipe

1.241

23/04

Total

154.920

 

Fonte: secretarias estaduais de Saúde

Amapá, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Tocantins não divulgaram o número de testes.

Pacientes recuperados

Pacientes recuperados de Covid-19 nos estados

Estados

Nº de pacientes recuperados

Data de divulgação

Acre

88

24/04

Alagoas

78

24/04

Amapá

272

24/04

Amazonas

1.037

24/04

Bahia

454

25/04

Distrito Federal

592

25/04

Espírito Santo

409

24/04

Maranhão

250

25/04

Mato Grosso

125

24/04

Mato Grosso do Sul

105

25/04

Pará

736

25/04

Paraíba

117

24/04

Paraná

620

24/04

Pernambuco

202

24/04

Piauí

104

25/04

Rio de Janeiro

2.702

24/04

Rio Grande do Norte

289

22/04

Rio Grande do Sul

704

24/04

Rondônia

55

23/04

Roraima

39

22/04

Sergipe

39

24/04

Tocantins

15

22/04

Total

8.510

 

Fonte: secretarias estaduais de Saúde

Ceará, Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo não divulgaram o número de pacientes recuperados.

Com informações do G1

DESTAQUE 4

Guedes vira alvo e pode ser a 'bola da vez'

 

Antes da saída de Moro, Guedes já tinha alertado o chefe de que o seu governo poderia cometer os mesmos erros de governos petistas na economia com o plano de obras públicas para alavancar o crescimento

Guedes vira alvo e pode ser a 'bola da vez'
Antes da saída de Moro, Guedes já tinha alertado o chefe de que o seu governo poderia cometer os mesmos erros de governos petistas na economia com o plano de obras públicas para alavancar o crescimento. Com a resistência do ministro aos planos "desenvolvimentistas" do presidente, bolsonaristas querem impor ao "Posto Ipiranga" a pecha de "inimigo dos pobres".

 

epois do ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta e de Moro, Guedes entrou no processo de "fritura" deflagrado por uma ala do governo por insistir no discurso de manutenção da sua política de ajuste fiscal na fase pós-pandemia. O presidente, como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, está disposto a fazer um "cavalo de pau" no seu governo.

Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, integrantes da Casa Civil e auxiliares diretos de Bolsonaro têm reclamado da "visão fiscalista" do Ministério da Economia e da falta de um contraponto econômico dentro do governo, como havia antes da criação do superministério sob a alçada de Guedes.

A unificação dos ministérios da Fazenda e do Planejamento, entre outras áreas da economia do governo, foi uma das condições para que Guedes aceitasse o convite de Bolsonaro para compor o governo. Hoje, porém, o diagnóstico no Planalto é que o desenho concentrou poder muito grande nas mãos de um único ministro, sem que haja contraponto às suas visões. Quando um parlamentar quer emplacar um projeto, é a Economia que detém os números.

No passado, Fazenda e Planejamento já protagonizaram embates históricos por suas visões distintas sobre a direção da política econômica. Segundo uma fonte ouvida pela reportagem, Guedes não aceitaria uma mudança nessa linha.

A avaliação, porém, é de que, caso o presidente atenda às pressões e faça de fato o movimento de fatiar a Economia, não seria agora porque o impacto seria muito ruim num momento em que a atividade e a confiança dos investidores penam sob os efeitos da pandemia.

As negociações de Bolsonaro com o bloco de partidos do Centrão, no entanto, têm fortalecido essa pressão, com o PTB querendo recriar o Ministério do Trabalho, pasta historicamente comandada pela legenda.

Embate

O embate entre as visões econômicas dentro do governo foi escancarado publicamente com o Plano Pró-Brasil, que em um de seus eixos prevê dinheiro público para bancar obras em infraestrutura. Guedes alertou Bolsonaro que ele pode cometer o erro do governo petista, o que piorou o clima.

A interlocutores, o ministro da Economia chama o programa de "PAC do Marinho", numa crítica ao ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, um dos entusiastas do plano.

O ministro reagiu nos bastidores com artilharia contra Marinho, um ex-subordinado considerado por ele "desleal" ao incentivar Bolsonaro a ir à frente com o plano. A equipe econômica ficou de fora do debate interno, até mesmo por discordar de sua direção.

Guedes considera Marinho desleal, mas não os militares. "Inimigos são pautas-bomba. Desarmei a do Maia-governadores (presidente da Câmara, Rodrigo Maia) acionando o Alcolumbre (Davi Alcolumbre, presidente do Senado)", disse Guedes a um interlocutor, em referência ao projeto de socorro a Estados e municípios.

O sinal de alerta mais contundente da fritura sentido pela equipe de Guedes foi visto em reportagem da TV Record, empresa com fortes vínculos ao bolsonarismo, que acusa o ministro de cinco erros sem explicitar os problemas.

Outro sinal comum em Brasília, quando um presidente quer esvaziar um ministro, é não incluí-lo na agenda. Na sexta, Guedes ficou fora de agenda que tinha os ministros Marinho e de Infraestrutura, dois dos articuladores do Pró-Brasil. Nomes para substituir o ministro já estão na praça, entre eles o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, e o próprio Marinho.

Apesar do "fogo amigo" dos últimos dias, em reunião hoje com a equipe, Guedes transmitiu tranquilidade e foco nas ações da crise. O tema da reunião foi a ação do governo para destravar crédito, segundo diversos relatos de participantes da reunião, que ocorreu antes da entrevista de Moro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

DESTAQUE 5

Coronavírus já matou mais de 200 mil pessoas no mundo

Infecções estão próximas dos 2,9 milhões; EUA ainda lideram nº de casos e mortes e Reino Unido tem 20.000 diagnósticos

O coronavírus já infectou mais de 2,8 milhões de pessoas no mundoCDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças)

O número de pessoas mortas por causa da infecção pela covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, chegou a 200 mil na tarde deste sábado (25.abr.2020). Já são 2,8 milhões de infectados no planeta.

Os Estados Unidos continuam liderando o número de casos e mortes. Já morreram mais de 53.000 pessoas na nação norte-americana –o que representa mais de 1/4 de todas as mortes do mundo, segundo a Universidade Johns Hopkins. Há pelo menos 945 mil casos registrados.

Do outro lado do mundo, a Itália registrou 415 mortes nas últimas 24 horas –o que mostra tendência de queda nos óbitos do país europeu.

 

Na Espanha, morreram 378 pessoas de 6ª feira (24.abr.2020) para este sábado (25.abr.2020). É o 3º dia consecutivo que o número fica abaixo de 400, afirmou o Ministério da Saúde espanhol. O premiê Pedro Sánchez avalia permitir que adultos possam se exercitar ao ar livre em 2 de maio. O bloqueio rigoroso na nação europeia foi prorrogado até 9 de maio.

Porém, no Reino Unido, já são mais de 20.000 mortes por causa da covid-19. Na França, o número aumentou em 369 nas últimas 24 horas –para 22.614.

Na Itália, foi registrado o menor crescimento diário desde 17 de março. Aumentou em 415 neste sábado (25.abr.2020). O número total de pessoas que já morreram pela doença é de 26.384, enquanto 63.120 já se recuperaram.

A OMS alertou neste sábado (25.abr.2020) que ainda não há provas científicas de que pessoas com a doença estejam imunes à uma 2ª infecção. A organização rechaça a ideia do “passaporte de imunidade” promovido por alguns países –inclusive o Brasil.

“Neste ponto da epidemia, não há evidências suficientes sobre a eficácia da imunidade mediada por anticorpos para garantir a precisão de 1 passaporte de imunidade”, declarou a OMS.

Com informações do Poder 360