Bom dia! Aqui estão os principais assuntos para você começar o dia bem-informado.
A semana começa com a tensão entre Bolsonaro e o Congresso. Ontem o presidente discursou durante um ato em Brasília que defendia intervenção militar, o que não está previsto na Constituição, e pedidos de fechamento do Congresso e do STF. Em meio a esse clima, vence hoje o prazo da medida provisória que criou o contrato Verde e Amarelo, projeto do governo que visa estimular a geração de empregos, principalmente entre os jovens. O texto está em vigor, mas precisa ser aprovado pelo Congresso. O Brasil chegou a 2.462 mortes por coronavírus com uma letalidade de 6,4%. A Caixa paga mais um lote do auxílio emergencial de R$ 600.
Bolsonaro em ato
Bolsonaro discursa em Brasília para manifestantes que pediam intervenção militar
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O presidente Jair Bolsonaro discursou ontem durante um ato em Brasília que defendia uma intervenção militar, o que não está previsto na Constituição, e também o fechamento do Congresso e do STF.
Dezenas de simpatizantes se aglomeraram para ouvir o presidente, contrariando as orientações de isolamento social da Organização Mundial da Saúde (OMS) para evitar a propagação do coronavírus. Durante o discurso, Bolsonaro tossiu algumas vezes, sem usar a parte interna do cotovelo, conforme orientação das autoridades sanitárias.
Do alto de uma caminhonete, Bolsonaro disse que ele e seus apoiadores não querem negociar nada e voltou a criticar o que chamou de "velha política".
Nós não queremos negociar nada. Nós queremos é ação pelo Brasil. O que tinha de velho ficou para trás. Nós temos um novo Brasil pela frente. Todos, sem exceção, têm que ser patriotas e acreditar e fazer a sua parte para que nós possamos colocar o Brasil no lugar de destaque que ele merece. Acabou a época da patifaria. É agora o povo no poder."
Reação
Políticos e entidades criticam discurso de Bolsonaro em ato a favor da intervenção militar
Políticos e entidades se posicionaram sobre a participação do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), em um ato em Brasília que defendia medidas ilegais, como a intervenção militar. Ministros do STF, governadores e entidades repudiaram o discurso.
- Em carta, governadores de 20 estados manisfestam apoio a Maia e Alcolumbre
- CAMAROTTI: Presença de Bolsonaro em ato contra a democracia causa mal-estar na ala militar do governo
- ANDRÉIA SADI: Cúpula militar do governo atua para minimizar ida de Bolsonaro a ato e descarta risco à democracia
- Aras reitera papel da PGR em velar pela ‘ordem jurídica que sustenta o regime democrático’
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), publicou em uma rede social, mensagem na qual repudia "todo e qualquer ato que defenda a ditadura, atentando contra a Constituição".
Maia: 'Temos que lutar contra o corona e contra o vírus do autoritarismo"
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E em meio a esse clima de tensão entre o presidente e o Congresso, perde validade hoje a medida provisória (MP) que criou o contrato Verde e Amarelo, texto editado pelo governo em novembro do ano passado, com o intuito de reduzir encargos trabalhistas de empresas e, dessa forma, estimular a geração de empregos, principalmente entre os jovens.
A medida está em vigor desde a edição pelo Executivo, mas precisa ser aprovada pelo Congresso para se transformar em lei. O prazo para a análise de uma MP pelo Legislativo é de 120 dias. Se o texto não for votado nesta segunda e perder a validade, caberá ao Congresso aprovar um projeto de decreto legislativo para regulamentar o que acontecerá com os contratos firmados durante a vigência da MP.
Neste domingo, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), sugeriu ao presidente Jair Bolsonaro que reedite a MP. "Para ajudar as empresas a manter os empregos dos brasileiros, sugiro ao presidente @jairbolsonaro que reedite amanhã (20) a MP 905, do Contrato Verde e Amarelo. Assim, o Congresso Nacional terá mais tempo para aperfeiçoar as regras desse importante programa", escreveu Alcolumbre em uma rede social.
Seguro obrigatório
A medida provisória (MP) que extinguiria, a partir de 2020, o seguro obrigatório Dpvat e o Dpem perderá a validade nesta segunda-feira (20). Não houve acordo entre os parlamentares para a votação do texto editado pelo governo federal em novembro do ano passado.
O Dpvat é pago todos os anos por proprietários de veículos e indeniza vítimas de acidente de trânsito. O Dpem assiste vítimas de danos causados por embarcações. Do total arrecadado com o Dpvat, 45% deve ser destinado para o Ministério da Saúde, para custear o atendimento hospitalar de vítimas; 5% para programas de prevenção de acidentes; e o restante, para indenizações.
O texto também foi questionado no Supremo Tribunal Federal pelo partido Rede Sustentabilidade. Em dezembro do ano passado, a Corte suspendeu a medida provisória. Com a suspensão, a cobrança do DPVAT prosseguiu em 2020.
Coronavírus
O Ministério da Saúde divulgou neste domingo (19) o mais recente balanço dos casos de coronavírus no Brasil. Os principais dados são:
- 2.462 mortes – no sábado, eram 2.347 (aumento de 4,9%)
- 38.654 confirmados – no sábado , eram 36.599 (aumento de 5,6%)
- 6,4% é a taxa de letalidade
- em 7 dias foram 1.239 mortes a mais (aumento de 101%)
- São Paulo tem 1.015 mortes e 14.267 casos
Os estados com mais mortes confirmadas são:
- São Paulo - 1.015
- Rio de Janeiro - 402
- Pernambuco - 216
- Ceará - 186
- Amazonas - 182
No mundo, a Nova Zelândia mantém restrições mesmo com número baixo de casos, a Alemanha se prepara para reabrir parte do comércio e a Índia registra o pico de casos desde o início da doença. Leia as últimas sobre o coronavírus.
Um funcionário da segurança limpa carrinhos de compras na entrada de uma loja de jardinagem em Munique, na Alemanha, nesta segunda-feira (20) — Foto: Matthias Schrader/AP
Pesquisa Datafolha
Pesquisa realizada pelo instituto Datafolha e divulgada pelo jornal "Folha de S. Paulo" neste domingo (19) mostra que 89% dos entrevistados avaliam que os políticos deveriam deixar para os médicos a avaliação sobre o uso da cloroquina.
A pesquisa mostra que 7% consideram melhor os políticos incentivarem o uso da cloroquina e 4% declararam não saber.
O levantamento foi feito na sexta-feira (17). Foram ouvidas 1.606 pessoas por telefone em todas as regiões do país. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Exclusivo Fantástico
"É um vírus ruim, perigoso", alerta Nobel de Medicina sobre coronavírus
ASSISTA O VÍDEO https://globoplay.globo.com/v/8493763/
O novo coronavírus é o atual pesadelo da humanidade, mas a nossa história está marcada por outras pandemias que também foram causadas por vírus.
O repórter Álvaro Pereira Júnior, do Fantástico, conversou com o Prêmio Nobel de Medicina que desvendou como o nosso organismo reage ao ataque de um vírus.
"É um vírus ruim, perigoso", afirmou o Dr. Peter Doherty. Assista acima
Auxílio emergencial
A Caixa Econômica Federal segue com o calendário de pagamentos do auxílio emergencial de R$ 600. Nesta segunda-feira (20), serão creditados os pagamentos para 6.154.392 pessoas, entre beneficiários do Bolsa Família e inscritos via aplicativo e site, que vão receber por meio de poupança digital da CEF. Até as 21h de sexta-feira, já haviam sido pagos R$ 11,36 bilhões para 16,6 milhões de brasileiros.
Violência contra a mulher
Levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança
'Pluft, o Fantasminha' se apresenta no Teatro Isabel nos dias 20 e 21 de julho — Foto: Costa Neto/Divulgação
Com o fechamento dos teatros na quarentena, cerca de 12 mil profissionais do setor tiveram que parar, só no Rio e em São Paulo. A estimativa da Associação dos Produtores de Teatro (APTR) é que, nas duas capitais, as temporadas de quase 350 peças tenham sido interrompidas pela pandemia do coronavírus.
Segundo a entidade, pelo menos 70% desses espetáculos não tinham patrocínio - ou seja, suas rendas dependiam exclusivamente da bilheteria. "Nosso setor vive de aglomeração. A música tem os direitos autorais. O audiovisual ainda pode ser exibido em plataformas de streaming. Já o teatro é feito ao vivo", diz Eduardo Barata, presidente da APTR.
Live do Rei
Roberto Carlos pede uso de máscaras — Foto: Reprodução/GloboPlay
O cantor Roberto Carlos se apresentou ao vivo neste domingo (19), direto de seu estúdio no Rio de Janeiro, para comemorar o aniversário de 79 anos, em show transmitido pelo Globoplay.
Entre sucessos como "Emoções", o rei aproveitou para reforçar um pedido durante a pandemia de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus: "Fique em casa". Ele ainda mostrou a máscara que estava usando antes de começar a cantar e ressaltou a importância do uso.
"Só tirei porque preciso cantar, cantar de máscara é estranho", justificou.
"Quero dizer para vocês que estava usando essa máscara, ela está usada. Vocês têm que usá-la com certeza. Isso é uma defesa muito grande contra tudo isso que está acontecendo neste momento, que eu não gosto nem de falar o nome", disse Roberto.
Roberto Carlos comemora aniversário de 79 anos com live
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Com informações do G1