Dia 19 de abril – Domingo – A ABRACAM apresenta os destaques da mídia

Destaque 1

Bolsonaro tenta isolar Maia e oferece cargos a partidosdia_19_-_foto_1.jpg

Desde o mês passado, quando a crise do coronavírus se agravou e a demissão do então ministro da Saúde

Sem apoio no Congresso e com a popularidade em queda, o presidente Jair Bolsonaro tenta agora montar uma base de sustentação parlamentar com o antigo Centrão, oferecendo cargos em troca de votos. A estratégia busca rachar o bloco ao isolar o DEM do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), a quem Bolsonaro se refere como um político que age para promover o seu impeachment.

Desde o mês passado, quando a crise do coronavírus se agravou e a demissão do então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), entrou no radar, Bolsonaro começou a se reunir com presidentes e líderes de partidos do grupo batizado como "Centrão raiz", entre os quais PP, PL, PSD e Republicanos. Mas não convidou o DEM, que também integra o bloco.

Das fileiras do DEM, ele chamou apenas o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP), de quem procura se reaproximar. Até agora não conseguiu, tanto que, ainda ontem, Alcolumbre suspendeu a análise da medida provisória (MP) que institui o contrato verde e amarelo, atendendo a pedido da oposição. Com a manobra, a medida enviada pelo governo para flexibilizar direitos trabalhistas vai caducar, uma vez que perde a validade na segunda-feira.

Convencido de que Maia quer "enfiar a faca" em seu pescoço para derrubá-lo, Bolsonaro decidiu mudar o modelo de articulação no Congresso e fechar alianças diretamente com deputados e senadores que antes carimbava como representantes da "velha política".

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o DEM perderá o comando da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e da Parnaíba (Codevasf), que deve ser entregue ao PP do senador Ciro Nogueira. Além disso, a direção e as superintendências do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), hoje com militares, podem ficar com o PL de Valdemar Costa Neto. Em governos passados, o partido de Valdemar tinha o domínio da área de transportes.

Bomba-relógio

Na dança das cadeiras, o Banco do Nordeste também terá novos ocupantes. De acordo com líderes de partidos ouvidos sob a condição de anonimato, as negociações envolvem, ainda, prioridade na liberação de emendas parlamentares para o combate à pandemia do coronavírus. Como mostrou o Estado, dos R$ 8 bilhões anunciados por Bolsonaro em março, apenas R$ 119 milhões (1,5%) saíram dos cofres públicos até agora.

Na avaliação de Bolsonaro há uma "bomba-relógio" fiscal em curso, armada por Maia, com o objetivo de ferir de morte sua gestão. Diante do que vê como "conspiração", o presidente faz agora de tudo para esvaziar o poder de Maia.

O novo capítulo da queda de braço é o programa de socorro a Estados e municípios, aprovado pela Câmara, no valor de R$ 89,6 bilhões. O ministro da Economia, Paulo Guedes - que não fala mais com Maia - chegou a dizer que não se pode dar um "cheque em branco" a governadores de Estados mais ricos. Era uma referência a João Doria (São Paulo) e a Wilson Witzel (Rio), adversários de Bolsonaro e pré-candidatos ao Planalto, em 2022.

"Parece que a intenção é me tirar do governo. Quero crer que eu esteja equivocado", disse Bolsonaro, na noite desta quinta-feira, em entrevista à emissora CNN Brasil. "Qual o objetivo do senhor Rodrigo Maia? Ele quer atacar o governo federal, enfiar a faca. (...) Está conduzindo o País para o caos", atacou.

Dois dias antes, Maia já havia reclamado dos "coices" dados pelo Planalto. Desta vez, porém, reagiu às declarações de Bolsonaro em outro tom. "Ele joga pedras e o Parlamento vai jogar flores".

O líder do governo na Câmara, Vitor Hugo (PSL-GO), admitiu que a estratégia do governo vai mudar diante do excesso de críticas de Maia ao Executivo. "Estou sentindo do presidente e ministros uma disposição maior para interagir de maneira direta, sem que, necessariamente, (a negociação) tenha de passar pelos presidentes das duas Casas", afirmou ele, em entrevista publicada pelo Estado, numa referência a Maia e a Alcolumbre.

Para ACM Neto, presidente do DEM, a demissão de Mandetta e as críticas a Maia "degradaram" o apoio que ele ainda poderia ter no partido. "Nós enxergamos esses ataques como estratégia para desviar o foco, em razão da gravidade da crise", disse ACM Neto ao Estado (mais informações nesta página).

Mesmo com a saída de Mandetta, o DEM ainda controla dois ministérios (Cidadania, com Onyx Lorenzoni, e Agricultura, com Tereza Cristina). Prefeito de Salvador, ACM Neto não quis tecer comentários sobre o loteamento do governo para obter apoio no Congresso. "Seria o caminho da desmoralização se o governo cedesse a qualquer tipo de 'toma lá, dá cá'", constatou. "Mas não me cabe fazer qualquer juízo de valor sobre a articulação de um governo que nunca teve articulação."

Com informações de Estadão Conteúdo

Destaque 2

Após ataques, Alcolumbre dá a PT relatoria de projeto do governoalcolumbre.jpgO projeto é fortemente criticado por petistas e sindicalistas e após ataques, Alcolumbre dá a PT relatoria de projeto do governo

Depois de retirar Luiz Henrique Mandetta do cargo e partir para cima de Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente Jair Bolsonaro já sofre os primeiros revezes no Congresso Nacional.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), entregou ao líder do PT na Casa, Rogério Carvalho (SE), a relatoria da medida provisória 905, do contrato de trabalho verde e amarelo, cujo conteúdo é fortemente criticado por petistas e sindicalistas. O argumento é que se trata uma precarização nas relações de trabalho.

Na Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) colocou na pauta do próximo dia 22 a votação da urgência do projeto de lei patrocinado pelo centrão que obriga as empresas com patrimônio acima de R$ 1 bilhão a emprestar parte do seu lucro ao governo, para o combate ao coronavírus.

O texto enfrenta forte resistência do setor privado, principalmente dos bancos, principal alvo da medida, que pressionam o governo para frear a iniciativa.

As duas decisões ocorreram na noite desta quinta (16). A retirada de Mandetta desagradou o meio político e principalmente o DEM, partido do agora ex-ministro. Contribuiu para o caldo de insatisfação a entrevista de Bolsonaro à CNN, com ataques a Maia.

Com informações da Folhapress e Foto: Marcos Brandão/Senado Federal

Destaque 3

Em despedida privada, Mandetta falou em ingratidão e risco de colapsodia_19_-_foto_2.jpg

A fala se deu em uma cerimônia informal para colocar a foto dele na galeria, no hall do prédio da pasta

"Eu agora sou mais um nessa galeria de ex-ministros", afirmou Luiz Henrique Mandetta a servidores, momentos antes de deixar o prédio do Ministério da Saúde.

A fala se deu em uma cerimônia informal para colocar a foto dele na galeria, no hall do prédio da pasta, depois de ele ter sido exonerado na tarde de quinta-feira (16) pelo presidente Jair Bolsonaro.

O ex-ministro discursou por dez minutos após ouvir aplausos, cantoria e falas emocionadas de aliados que estiveram com ele durante 1 ano, 3 meses e 16 dias na pasta. A reportagem acompanhou o encontro.

Foi com uma menção à santa Irmã Dulce dos Pobres, canonizada em 2019, que Mandetta começou a se despedir.

Antes, ele pediu que colocassem a imagem da santa baiana atrás da moldura da sua foto que ficará na galeria. Emocionado, quase derrubou o quadro para checar se a imagem estava no lugar.

"Quando fui a Salvador ver o hospital da obra de Irmã Dulce, estava com o prefeito ACM Neto e ele se ajoelhou. Eu decidi ajoelhar também e rezar para que ela iluminasse o país. E disse: 'Irmã Dulce, se a senhora for santa, vou no Vaticano'. Achei que ia demorar 30 anos e pagar a promessa lá na frente, mas fui. Chegando lá, o que pedi foi: protege o SUS, porque, ao proteger o SUS, a senhora protege muita gente."

Mandetta usou do exemplo da santa para se referir ao coronavírus e o desafio em implementar medidas de isolamento social –alvo de críticas de Bolsonaro.

"A obra dela era para gente pobre, gente da rua. Tudo o que fizemos aqui foi pensando nos mais humildes. No dia que gente desse ministério me falou como era o ônibus que vinha para cá, o grau de proximidade das pessoas, vamos falar em isolamento social como? O SUS vai pagar a conta de séculos de negligência com o povo mais humilde que é a grande massa trabalhadora desse país", disse.

"O que é falar para eles: 'vão trabalhar, porque temos que passar por isso rápido'? Se passar por isso rápido significa estressar muito além do razoável o sistema de saúde."

Em seguida, Mandetta disse que, caso sejam afrouxadas as recomendações atuais da pasta, o sistema de saúde brasileiro poderá ter reflexos como o da Europa, em que há funcionários que já atendem "com saco de lixo na cabeça".

"Porque não tem equipamento de proteção individual em quantidade e qualidade que todo mundo quer."Em recado indireto a Bolsonaro, que já chegou a comparar a Covid-19 a uma "gripezinha", Mandetta disse que idosos "não são e nunca serão descartáveis, sob o argumento da economia que for".

"Não existe ninguém que a gente esteja autorizado a largar para trás. A gente tem que pensar na cracolândia, na favela", afirmou o ex-ministro.Ele expressou preocupação com o relaxamento de medidas de isolamento social e pediu a técnicos da pasta que "não tenham medo de andar ao lado da verdade".

Horas após a demissão, Bolsonaro anunciou que Mandetta seria substituído pelo médico oncologista Nelson Teich, que se declarou alinhado às demandas do presidente.Embora com aparência firme, o ex-ministro deixou transparecer que sai da pasta com um pouco de ingratidão. "O Padre Antônio Vieira falava: 'se tudo que fizeres pela pátria, e ela ainda assim lhe for ingrata, não tereis feito mais do que sua obrigação'."

Em nome dos servidores, o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos, Denizar Vianna, afimou que foi um privilégio trabalhar com Mandetta e que o corpo técnico da pasta poucas vezes teve um ministro tão humanista e que pautava "suas decisões na ciência".Vianna, que é próximo de Teich, fez questão de ressaltar os panelaços ocorridos durante o anúncio da demissão de Mandetta feito por Bolsonaro.

"O panelaço comeu solto na sua demissão. Mostrando que a população te apoia".O secretário afirmou que, sem as ações de Mandetta, o quadro de mortalidade no país poderia ser maior e que suas entrevistas viraram "a novela do brasileiro". "Todo mundo queria ouvir o ministro."Em outro momento, uma servidora começou a puxar o coro da canção "Timoneiro", de Paulinho da Viola.

Depois de se despedir, Mandetta saiu pela garagem, nos fundos do prédio. Na portaria, ao menos quatro servidores se despediam de colegas com caixas com objetos pessoais nas mãos. Alguns choravam.

Na despedida, houve uma pequena aglomeração de servidores. Parte deles usava máscara e evitou abraçar o ex-ministro.

Com informações e foto da Folhapress

Destaque 4

Bolsonaro volta defender abertura de fronteiras e comérciodia_19_-_foto_3.jpg

Em posse de Teich, Bolsonaro voltou a criticar governadores e defender abertura de fronteiras e comércio

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu, nesta sexta-feira (17), a reabertura de fronteiras e comércios no Brasil e voltou a criticar medidas tomadas por governadores no combate à pandemia do novo coronavírus.

"Essa história de começar a abrir para o comércio é um risco que eu corro. Se agravar, vem para o meu colo", declarou Bolsonaro, durante cerimônia de posse de Nelson Teich como novo ministro da Saúde no lugar de Luiz Henrique Mendetta (DEM). "O que eu acredito? Muita gente já está tendo consciência que tem que abrir", complementou.

Na mesma declaração, Bolsonaro afirmou que defendeu junto ao ministro Sergio Moro (Justiça) a reabertura de fronteiras terrestres no Brasil, que estão fechadas em razão da emergência sanitária.

"Na minha opinião, começar a abrir as fronteiras. Por que está fechada com o Paraguai? É seca e não temos como fiscalizar. O mesmo com Uruguai".

Bolsonaro investiu novamente contra governadores e disse que jamais mandaria forças de segurança prenderem pessoas que estejam violando regras de quarentena.

"Essas prisões mais que ilegais, atingem a alma de cada cidadão brasileiro. Não podemos admitir isso. Não vou pregar desobediência civil, mas medidas como essas têm que ser rechaçadas".

Embora não o tenha citado, a referência de Bolsonaro é uma crítica ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), considerado pelo Planalto um possível adversário em 2022.

Doria chegou a afirmar que cidadãos que desrespeitassem regras de quarentena no estado seriam advertidas e orientadas a voltar para caso, mas quem em casos de reincidência poderia haver prisão.

Apesar das críticas, Bolsonaro reconheceu que não pode decidir sobre ações de isolamento social na resposta à crise da Covid-19, uma vez que o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que estados têm competência para tomar essas medidas.

Bolsonaro disse ainda que, em seu governo, qualquer portaria ministerial envolvendo medidas restritivas passarão antes pelo crivo da Casa Civil.

O presidente afirmou ainda que havia opiniões diferentes entre ele e Mandetta, o que motivou a demissão do agora ex-ministro.

"A visão do Mandetta, muito boa, é a da saúde e da vida. A minha também é a da saúde e da vida, mas entra também o Paulo Guedes, a economia e o emprego. Desde o começo eu tinha uma visão que nós devemos abrir o Brasil. O efeito colateral do combate ao vírus não pode ser, do meu ponto de vista, mais danoso do que o próprio remédio.

Teich e Mandetta também falaram na cerimônia. Sem mencionar propostas efetivas, o novo ministro da Saúde fez um discurso afirmando que fará uma gestão com foco nas pessoas e defendeu uma maior integração com outras áreas no combate ao novo coronavírus.

"Uma coisa importante que temos que entender é que a Covid abrange todas as atenções, mas tem outras doenças. Se você tem menos acesso, menos diagnóstico, será que não vai prejudicar o diagnóstico de pessoas com câncer? O que vai acontecer quando a pessoa fica em casa com medo de ir ao pronto-socorro e não chega ao hospital?", questionou. "Tem que acompanhar também os indicadores sociais. Se tivermos mais desemprego e pessoas que perderem os planos de saúde, isso vai impactar no SUS."

Teich iniciou sua fala apresentando sua formação como médico de família e oncologista para dizer que tem contato próximo com pacientes e que sua formação terá foco "nas pessoas".

"O foco de tudo o que vamos fazer é nas pessoas. Por mais que fale em saúde, em economia, o final é sempre gente. Trazer uma vida melhor para a sociedade e as pessoas do Brasil", disse. "Não podemos esquecer que as pessoas mais frágeis, mais pobres são aquelas que mais vão sofrer. A atenção para as pessoas tem que ser total."

Teich disse que vai defender a visibilidade de mais informações sobre a doença na tentativa de "administrar o comportamento de uma sociedade que hoje está com muito medo".

Em seguida, disse que trabalhará com planejamento para a construção de uma solução para a pandemia do novo coronavírus, mas admitiu que poderá trabalhar em um cenário de incertezas.

"A gente vai ter que trabalhar esse cenário de muita incerteza, mas hoje vemos medicamentos que estão surgindo com muita possibilidade", disse.

Citando seu histórico empresarial, ele defendeu a necessidade de "formar times" para que haja condições de trabalho. "É pegar não só a área do ministério mas as outras áreas, uma lista de problemas de cada área."

Com informações da Folhapress e foto Reuters

Destaque 5

Bolsonaro nega ter recebido dossiê com plano para retirá-lo do governodia_19_-_foto_4.jpg

À noite de sexta(17), na mesma rápida declaração em frente ao Alvorada, o presidente disse que seu irmão Renato pretende processar a Folha de S.Paulo por causa de uma reportagem publicada semana passada.

O presidente Jair Bolsonaro negou na noite desta sexta-feira(17) que tenha tido acesso a um dossiê com um plano para retirá-lo do governo.

Nesta quinta-feira, o jornal Folha de S.Paulo revelou que o presidente afirmou a parlamentares que tem informações de inteligência de que Rodrigo Maia (DEM-RJ), o governador João Doria (PSDB-SP) e um setor do STF estão tramando um plano para tirá-lo do governo.

"A Folha de S.Paulo falou que tem um dossiê que eu fiz dizendo que havia um complô da Câmara, Supremo para me derrubar. Eles inventam coisa. Segundo uma fonte do Planalto... Sempre é assim. Se é tão grave assim, podiam dar o nome da fonte, né?" disse o presidente, em rápida declaração em frente ao Palácio da Alvorada, a residência oficial da Presidência.

Mais cedo, a Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto afirmou que não há dossiê nem análise nem conclusão de que exista conspirações em andamento contra Jair Bolsonaro.

"Não é verdadeira a informação veiculada hoje na coluna Painel da Folha de S.Paulo de que o presidente da República, Jair Bolsonaro, disporia de um dossiê da inteligência do governo sobre uma suposta conspiração contra sua gestão. Trata-se mais de uma desinformação, de uma fakenews que tem o objetivo de criar clima hostil e de desconfiança no relacionamento do Executivo com os demais Poderes da República e seus representantes", escreveu a Secom.

À noite, na mesma rápida declaração em frente ao Alvorada, o presidente disse que seu irmão Renato pretende processar a Folha de S.Paulo por causa de uma reportagem publicada nesta semana.

Nesta quinta-feira, reportagem do jornal mostrou que o irmão de Bolsonaro se recusou a cumprir medidas estipuladas pela Prefeitura de Registro para prevenir o contágio do coronavírus e acabou barrado na porta de um açougue da cidade, no Vale do Ribeira.

"A Folha de S.Paulo, uma notícia para a Folha aí. Falaram que meu irmão foi expulso de um açougue em Registro. Declaração do dono do açougue. Ele não esteve lá, comprovou que estava em São Paulo neste horário e vai processar aí a Folha de S.Paulo."

Um dia após a publicação da reportagem pelo jornal, a dona do açougue voltou atrás no relato que fez à Folha de S.Paulo dizendo que Renato Bolsonaro havia se negado a cumprir regra de proteção para fazer compras no local.

Antes, em conversa gravada pela reportagem da Folha de S.Paulo, ela havia afirmado que o irmão do presidente não quis colocar máscara de proteção para entrar no açougue, o que é obrigatório por causa de uma norma da prefeitura para evitar o contágio da população. O jornal já havia obtido o relato com outras testemunhas e telefonou para o estabelecimento para obter a versão deles para o caso.

A versão inicial da dona do açougue coincide com o relato de duas outras pessoas contatadas pela Folha de S.Paulo no mesmo dia. Elas mantêm a versão, mas dizem ter medo de represália por isso não querem ser identificadas.

Com informações da Folhapress e foto Reuters