10 de abril, sexta-feira – A ABRACAM exibe os destaques da mídia

Bolsonaro espera retomada de atividades no país em até quatro meses

Para o presidente, quem tem menos de 40 anos poderia voltar a trabalharpost1.jpg

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (9) que espera a normalização da atividades do país em menos de "três ou quatro" meses, para não haver, segundo ele, uma complicação no cenário econômico. Ao citar os gastos de cerca de R$ 600 bilhões para programas de combate à pandemia do novo coronavírus e manutenção de empregos e renda das empresas, o presidente comparou a situação às margens de um rio após a destruição de uma ponte.

"Estamos com esses R$ 600 bilhões mantendo a comunicação com as duas margens do rio, só que temos um limite, acredito que três meses ou quatro meses fica complicado, então a gente espera que as atividades voltem antes disso", afirmou durante sua live semanal transmitida pelo Facebook.

Bolsonaro voltou a defender o fim do isolamento social amplo para pessoas fora dos grupos de risco da covid-19, como idosos e pessoas com doenças crônicas. "Por mim, quem tem menos de 40 anos já estaria trabalhando, porque nós deveríamos, no meu entender, partir para o isolamento vertical", disse.

O presidente lembrou decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que assegurou a autonomia de governos estaduais e prefeituras para determinar medidas de fechamento de comércio e isolamento social, e disse que quem se sente prejudicado por essas decisões deve cobrar os governadores e prefeitos. Ainda de acordo com presidente, no entanto, alguns estados e cidades já estão retomando as atividades, como ele defende.

"Eu tenho certeza que brevemente isso tudo estará resolvido. Tenho notícias que alguns governadores, alguns prefeitos também, [em] cidades que não tem ninguém detectado com o vírus, está sendo liberado [o comércio] pelo respectivo governador", afirmou.

O número de mortes decorrentes do novo coronavírus totalizou 941, segundo atualização divulgada pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira. Ao todo, o Brasil registrou 141 mortes e 1.930 novos casos confirmados nas últimas 24 horas.

Com informações da Agência Brasil

Bolsonaro voltou a defender o fim do isolamento social amplo para pessoas fora dos grupos de risco da covid-19, como idosos e pessoas com doenças crônicas. "Por mim, quem tem menos de 40 anos já estaria trabalhando, porque nós deveríamos, no meu entender, partir para o isolamento vertical", disse.

O presidente lembrou decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que assegurou a autonomia de governos estaduais e prefeituras para determinar medidas de fechamento de comércio e isolamento social, e disse que quem se sente prejudicado por essas decisões deve cobrar os governadores e prefeitos. Ainda de acordo com presidente, no entanto, alguns estados e cidades já estão retomando as atividades, como ele defende.

Com informações da Agência Brasil

Covid-19: governo reforça recomendações para feiras livres e sacolões

Produtores e agricultores devem redobrar cuidados de higieneSão Paulo - 1º Festival Cultural de Economia Solidária de São Paulo e 4ª Feira da Agricultura Familiar integram a primeira edição do Ecosol Fest, no Vale do Anhangabaú, região central.(Rovena Rosa/Agência Brasil)

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento enfatizou a importância de produtores e agricultores familiares cujas mercadorias são vendidas em feiras livres, sacolões e lojas varejistas redobrarem os cuidados de higiene a fim de evitar a contaminação pelo novo coronavírus (covid-19).

Em parceria com o Ministério da Saúde e com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a pasta elencou 19 recomendações para a manipulação dos alimentos. São medidas que contemplam desde os cuidados com a higiene pessoal por parte dos trabalhadores à limpeza dos ambientes, superfícies e veículos de transporte, passando pela estrutura das feiras e orientações que os vendedores podem repassar aos seus clientes.

Previstas em leis e normas, as recomendações contribuem para a segurança e a manutenção dos serviços de abastecimento à população.

Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, os produtores e agricultores familiares devem:

- limpar e higienizar regularmente todos os veículos de transportes, bem como as superfícies dos locais de acondicionamento de produtos, equipamentos e utensílios;

- manter pelo menos um metro de distância entre as bancas; entre os funcionários e entre os empregados e clientes. Para isso, poderão ser usadas faixas ou fitas para demarcar os limites e ampliar a divisão dos turnos de trabalho a fim de evitar aglomeração de pessoas;

- disponibilizar pias com água corrente e sabonete, além de álcool 70% para uso de feirantes e consumidores;

- as bancas e barracas devem ser instaladas em locais amplos, preferencialmente ao ar livre. O lixo deve ser frequentemente coletado e estocado em local isolado da área de preparação e armazenamento dos alimentos;

- caso opte por usar máscaras, o comerciante deve substituí-las e higienizá-las sempre que elas estiverem úmidas ou sujas. No caso das luvas, estas devem ser utilizadas apenas para a manipulação do alimento;

- separar o local de pagamento de maneira a manter o distanciamento entre quem estiver cobrando e quem estiver pagando dos demais clientes e feirantes e encarregar uma ou mais pessoas de receber o dinheiro dos consumidores;

- proibir qualquer tipo de degustação ou consumo de produtos no local;

- manter as unhas curtas, bem aparadas, sem esmaltes, e não usar adornos que possam acumular sujeiras e micro-organismos, como anéis, aliança e relógio;

- não conversar, espirrar, tossir, cantar ou assoviar em cima dos alimentos, superfícies ou utensílios. A recomendação vale tanto para o momento do preparo dos alimentos/mercadorias quanto para o de servir;

- quem prepara os alimentos deve lavar as mãos com frequência e, principalmente, depois de: tossir, espirrar, coçar ou assoar o nariz; coçar os olhos ou tocar na boca; preparar alimentos crus, como carne, vegetais e frutas; manusear celular, dinheiro, lixo, chaves, maçanetas, entre outros objetos; ir ao sanitário; retornar dos intervalos;

- pessoas com mais de 60 anos ou que possuam doenças crônicas como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, insuficiência renal crônica ou doença respiratória crônica devem se afastar das atividades, bem como os comerciantes que, mesmo não fazendo parte do grupo de risco, têm contato direto com pessoas do chamado grupo do risco;

- trabalhadores com sintomas como tosse, febre, coriza, dor de garganta e falta de ar, independentemente de pertencerem a algum grupo de risco, devem se afastar da atividade e permanecer em casa, isolados, por 14 dias, e procurar o serviço de saúde caso o quadro se agrave.

Além dessas medidas, o ministério também recomenda aos feirantes que procurem organizar o fluxo de pessoas, evitando aglomerações. E lembra que não há, segundo as principais autoridades de saúde, até o momento, evidências de que o novo coronavírus possa ser transmitido por meio de alimentos, embora pesquisas apontem que o vírus pode persistir por horas ou até dias em algumas superfícies, dependendo da temperatura e da umidade do ambiente.

Com informações da Agência Brasil

Onyx defende volta gradual da atividade econômica após a Páscoa

O ministro da Cidadania fez uma live promovida pelo Grupo VotoO presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, e os ministros da economia, Paulo Guedes e da Cidadania, Onyx Lorenzoni falam à imprensa no Palácio do Planalto

O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, defendeu uma volta gradual da atividade econômica no Brasil após o próximo domingo (12). Para ele, um retorno “responsável” das pessoas ao trabalho a partir dos próximos dias dará condições de o Brasil retomar o crescimento.

“Eu acredito que se nós retornarmos após o feriado da Páscoa de maneira gradual, responsável, à atividade econômica, vamos sofrer um baque este ano, sem dúvida, mas vamos ter, sim, a condição de poder retomar a atividade econômica e fazer o Brasil continuar crescendo”, disse o ministro, durante uma live promovida pelo Grupo Voto, uma empresa de comunicação política e institucional, na tarde de hoje (9).

Atualmente, cada governador tem determinado uma forma de isolamento social em seu estado para diminuir a circulação de pessoas e, com isso, as chances de propagação do novo coronavírus. O comércio de produtos não essenciais, além de bares e restaurantes estão fechados em várias cidades.

Onyx acredita que o Brasil se recuperará rápido da crise econômica gerada pela pandemia do covid-19. Ele entende que as demandas dos outros países aos produtos que o Brasil exporta são peça chave nesse processo. “A nossa base é minerais e commodities agrícolas e vai ter uma super demanda. O Brasil deve, no segundo semestre, recuperar um perfil de crescimento muito positivo”.

Ele ponderou, no entanto, que o Brasil também dependerá da recuperação econômica dos seus compradores que, assim como grande parte do mundo, está mergulhado na mesma crise. “Nossos compradores de commodities agrícolas precisam também retomar o seu desenvolvimento e isso está ligado à demanda que eles vão ter para fornecer para outros países. Esse processo não tem como prever. A gente tem que ir trabalhando para dar condição para o Brasil responder”.

O ministro ainda estimou que a duração da epidemia seja de 12 a 14 semanas, com base, segundo ele, na duração da maior parte das epidemias ocorridas no mundo no século 20.

Durante a live, ele ainda destacou o pagamento do auxílio emergencial, que teve início hoje. Ele citou o pagamento feito hoje a pouco mais de 2 milhões de pessoas. Segundo o ministro, a expectativa é que o auxílio atenda de 30 a 35 milhões de pessoas.

Com informações da Agência Brasil

Coronavírus: como higienizar as compras do mercado ou da feira

Jean Gorinchteyn, infectologista do Hospital Emílio Ribas, em São Paulo, indica descartar embalagens plásticas e deixar frutas e verduras em solução de hipoclorito de sódio antes de guardar.post_44444444444444.JPG

Além dos cuidados que devem ser tomados ao sair de casa para ir a supermercados e feiras, as pessoas também devem dar uma atenção especial à higienização das compras ao chegar em casa, apontam especialistas. Embalagens e sacos plásticos podem servir como meio de contaminação para o novo coronavírus, já que podem ser manuseados por várias pessoas.

Segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), o novo vírus necessita de um hospedeiro para se multiplicar. A transmissão ocorre somente de pessoa para pessoa, de forma direta ao ter contato com um indivíduo contaminado, ou indireta, tendo contato com uma superfície contaminada e não higienizando as mãos posteriormente.

Por isso, o G1 consultou um infectologista para saber a melhor forma de higienizar as compras do mercado ao chegar em casa.

Como higienizar caixas de leite e embalagens de plástico?

Segundo Jean Gorinchteyn, infectologista do Hospital Emílio Ribas, de São Paulo, água e sabão são suficientes para limpar itens que vêm em embalagens de plástico, como os produtos de limpeza.

"Para higienizar produtos que sejam à base de papelão, aí pano umedecido com um pouquinho de álcool a 70%. Passa o pano e pode colocar no armário de forma tranquila", diz.

"Pode também lavar com água e sabão, usando uma esponjinha para retirar resíduos de sujeiras que podem ter ficado, não obrigatoriamente relacionada a vírus, mas bactérias, sujidades."

Frutas e verduras devem ser deixadas em solução com hipoclorito de sódio antes de guardar, aponta infectologista. — Foto: Celso Tavares/G1

E as frutas e verduras?

"As frutas e legumes devem ser colocados num recipiente com água e 4 gotinhas de hipoclorito de sódio. Mantém por 5 ou 10 minutos, depois despreza essa água e lava com água corrente normalmente", diz Gorinchteyn.

O que fazer com as embalagens de carnes e peixes?

Nos casos de proteínas como carnes e peixes, o infectologista afirma que a preocupação tem que ser com a embalagem, que pode ter sido manipulada por outros pessoas, e não com o conteúdo em si.

"Então, chego em casa, abro essas embalagens de forma cuidadosa e já jogo no lixo. Lavo a mão com água e sabão, porque vou estar do lado da pia, e coloco [a carne] em outro recipiente no qual eu possa guardar na geladeira", diz.

O que fazer com as sacolas plásticas e outras embalagens?

Gorinchteyn diz que as pessoas devem ter cuidado também com as sacolas plásticas, pois o vírus pode aderir nas superfícies. Por isso, o melhor é descartá-las.

"Os sacos plásticos devem ser desprezados. Mesmo as embalagens de papel devem ser desprezadas, uma vez que a gente não sabe quem e quantos manipularam essas caixas ou essas embalagens de uma forma recente."

Sobrevida do coronavírus em superfícies — Foto: Arte/G1

Com informações do G1

Confinamento diminui poluição em SP, Rio e outros centros urbanos; veja imagens feitas com dados de satélite

 

Confinamento para combater a Covid-19 fez o trânsito diminuir, e um composto químico que surge com a queima de combustível é menos presente na atmosfera das maiores cidades brasileiras.

Imagem feita a partir de informações de concentração de poluente na atmosfera — Foto: Diego Hemkemeier Silva/Divulgação/Via G1

Satélites que monitoram os poluentes na atmosfera registraram uma melhora do ar em grandes centros urbanos brasileiros, afirmam pesquisadores.

Com as regras de confinamento impostas pelos governadores estaduais para combater a Covid-19, diminuiu o trânsito de veículos.

Um dos poluentes que são emitidos quando há queima de combustíveis fósseis é o dióxido de nitrogênio. O satélite Sentinel 5P, da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) registrou manchas desse composto químico menores nas regiões metropolitanas do Brasil.

Mapa mostra poluentes em Curitiba em 2019 e 2020, quando houve redução do trânsito por causa da Covid-19 — Foto: Diego Hemkemeier Silva/Divulgação/ Via G1

Os dados foram transformados em mapas por Diego Hemkemeier Silva, gerente de informações ambientais e geoprocessamento e Fábio Castagna da Silva, do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA/SC).

Visualmente, os maiores impactos são nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba.

"A principal variável que influencia é a redução do fluxo de veículos", diz Hemkemeier. Os carros não são os únicos emissores de dióxido de nitrogênio: usinas termelétricas que usam carvão mineral ou óleo pesado para gerar energia também dispersam o composto na atmosfera. Esse tipo de geração é pouco presente no Brasil --na Europa e na China, elas são mais comuns, e, por isso, as manchas nesses outros lugares retrocederam mais, diz ele.

Ainda não há tempo suficiente para fazer uma comparação com números, ele explica. Em um período curto, fatores como vento, chuva, umidade do ar podem influenciar os dados, então é preciso aguardar para poder fazer uma avaliação mais precisa. O pesquisador estima que sejam necessários 30 dias.

Leonardo Hoinaski, professor da Universidade Federal de Santa Catarina, especializado em poluição atmosférica, diz que é difícil medir os benefícios desse tipo de redução de poluição. O dióxido de nitrogênio causa problemas de respiração, que podem, inclusive, agravar a condição dos pacientes da Covid-19.

"Se essa redução se mantivesse ao longo dos anos, os efeitos seriam nítidos", diz.

Os carros emitem outros poluentes que também diminuíram, ainda que não apareçam no mapa, diz Honiaski.

Com informações do G1

Coronavírus: distância mínima entre quem caminha, corre ou pedala ao ar livre deve ser de 4 a 20 metros, aponta estudo

 

Conclusão, que ainda não foi publicada em meio científico, é de pesquisadores da Bélgica e da Holanda. Em outro estudo, cientistas da Finlândia simularam, em vídeo, como o vírus da Covid-19 se espalha pelo ar em um ambiente fechado.

post_5.jpg

Imagem mostra como as gotículas de saliva se espalham atrás de uma pessoa que corre a 14,4km/h e podem infectar alguém que vem logo atrás se a pessoa estiver contaminada com a Covid-19. — Foto: Universidade de Tecnologia de Eindhoven

Uma pesquisa feita por cientistas da Bélgica e da Holanda recomenda que, durante a pandemia de Covid-19, as pessoas devem manter distância de até 20 metros umas das outras em exercícios físicos ao ar livre, a depender da atividade.

O estudo ainda não foi publicado em revista científica, mas já foi divulgado pelas universidades responsáveis – a Universidade Católica de Leuven, na Bélgica, e a Universidade de Tecnologia de Eindhoven, na Holanda – por ter sido considerado urgente para ajudar no combate ao novo coronavírus.

Os cientistas analisaram simulações feitas em computador de movimentos de caminhada, corrida e pedalada e concluíram que as gotículas de saliva emitidas pelas pessoas durante esses exercícios ficam no ar logo atrás delas enquanto elas se movimentam. (Veja detalhes sobre a sobrevivência do vírus da Covid-19 no ar mais abaixo nesta reportagem).

Imagem animada mostra caminhos que as gotículas de saliva fazem quando uma pessoa caminha ao lado da outra, atrás da outra ou na diagonal. — Foto: Universidade de Tecnologia de Eindhoven

Por isso, recomendaram que, em atividades físicas ao ar livre, o ideal é manter a seguinte distância mínima das outras pessoas:

  • Caminhada: ficar longe entre 4 e 5 metrosda pessoa que está à sua frente;
  • Corrida: ficar longe pelo menos 10 metros da pessoa que está à sua frente;
  • Pedalada: ficar longe pelo menos 20 metrosda pessoa que está à sua frente.

Os pesquisadores, que estudam aerodinâmica, não analisaram o vírus da Covid-19, mas, sim, a forma com que as gotículas de saliva viajam pelo ar. Essas gotículas são a forma de transmissão do vírus.

"As gotículas que nós geramos quando respiramos ou exalamos o ar são muito pequenas, na verdade, e não viajam para muito longe. Se estivermos falando e estamos parados, a uma distância de 1,5 metros [distância mínima recomendada pela OMS], as suas gotículas não vão me alcançar e nem as minhas vão alcançar você", explicou o professor Bert Blocken, líder do estudo, em entrevista ao G1.

"Mas o problema é que, claro, quando você se mexe é diferente. Quando você está pedalando ou andando na minha frente, e respira e se move, as gotículas se movem para trás de você, no que chamamos de 'corrente de ar'. E, como as gotículas são muito leves, precisam de algum tempo para chegar ao chão. Mas, se eu estou correndo muito perto atrás de você, eu vou respirar e inalar a sua nuvem de gotículas", alertou.

De acordo com as simulações, esse distanciamento mínimo faz menos diferença se as pessoas estiverem andando ou correndo ao lado uma da outra em tempo calmo, sem vento.

Outra forma de evitar as gotículas dos outros que caminham à frente é manter uma linha diagonal, em vez de caminhar ou pedalar diretamente atrás da outra pessoa.

"Se você anda logo atrás da outra pessoa, e relativamente rápido, a 4km/h, precisa manter uma distância de 4 a 5 metros ou chegar um pouco para o lado, para não estar na corrente de ar do outro", explicou Blocken. "Você precisa deixar as gotículas caírem no chão, e por isso não pode andar muito rápido. Ou, então, manter uma longa distância da outra pessoa".

Ele recomenda, para evitar essas gotículas, que as pessoas usem máscaras durante atividades físicas ao ar livre ou que se exercitem em casa.

"Se as máscaras forem boas, e se ajustarem muito bem ao rosto, podem parar as gotículas e também prevenir que você emita muitas delas no ambiente ou nas pessoas. O problema é se haveria máscaras suficientes – aqui na Bélgica, nós não temos", explica.

No Brasil, milhares de denúncias foram feitas por médicos e enfermeiros sobre a falta de equipamento de proteção nos hospitais. Por causa dessa falta, que está sendo registrada no mundo inteiro, a Organização Mundial de Saúde (OMS) pediu à população que não compre máscaras destinadas a profissionais de saúde.

Espalhamento em ambientes fechados

Outro estudo, divulgado em 6 de abril por quatro instituições de pesquisa na Finlândia, simulou, em vídeo, como as partículas se espalham pelo ar depois que alguém tosse ou espirra dentro de um supermercado fechado, com ar condicionado. (Assista aqui).

Na simulação, a nuvem de aerossol se espalha da vizinhança imediata da pessoa que tosse e se dilui no processo. Mas isso pode levar alguns minutos.

Simulação finlandesa mostra o que acontece quando alguém tosse ou espirra em um ambiente fechado e com ar condicionado, como um supermercado. — Foto: Reprodução/YouTube Aalto University

"Uma pessoa infectada pelo coronavírus pode tossir e sair, mas deixar para trás as partículas carregando o vírus. Essas partículas podem, então, acabar no trato respiratório de outros que estão perto", explicou o professor Ville Vuorinen, da Universidade de Aalto.

Segundo a universidade, as partículas que saem da boca de alguém que tosse, por exemplo, são tão pequenas que, em vez de descer para o chão, pegam "carona" em correntes de ar ou continuam flutuando no mesmo lugar.

Com essas constatações, os cientistas ressaltaram a importância de evitar lugares cheios e fechados.

"O Instituto Finlandês de Saúde e Bem Estar recomenda que você fique em casa se estiver doente e que mantenha distância física de todos. As instruções também incluem tossir na manga da roupa e ter boa higiene das mãos", declarou Jussi Sane, especialista chefe do instituto.

O vírus da Covid-19 é transmitido pelo ar?

Os cientistas não sabem com certeza, mas estão discutindo isso.

Uma pesquisa publicada em 17 de março por várias universidades americanas apontou que o novo coronavírus (Sars-Cov-2) pode permanecer no ar em forma de gotículas por até 3 horas e continuar infeccioso.

Mas, segundo a OMS, uma análise de 75,4 mil casos de Covid-19 na China não demonstrou esse tipo de transmissão. A entidade reforça que a forma de transmissão é pelo contato direto com as gotículas de alguém infectado ou com uma superfície contaminada.

Apesar disso, a organização reconheceu, em uma nota do dia 29 de março, que a transmissão pelo ar da Covid-19 "pode ser possível" durante procedimentos de aerossol – por exemplo, uma entubação de alguém infectado.

Já uma carta publicada no dia 1º pela Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos (NAS, na sigla em inglês) admite a possibilidade de que o vírus pode se espalhar até quando alguém respira – e não somente tosse ou espirra.

Com informações do G1 e Destaques do jornalista Milton Atanazio