27 de abril, sábado - Os destaques dos principais jornais que a ABRACAM preparou para você ficar bem informado.

País é governado por 'bando de maluco', diz Lula; Governo recua em propaganda de estatal. Jornais de sábado (27) e muito mais...

 Veja quais são as notícias de destaque nos matutinos brasileiros

Após a autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Lula concedeu sua primeira entrevista desde que começou a cumprir pena na prisão, na sede da Polícia Federal em Curitiba. O petista falou sobre sua condenação, a morte do neto e o governo Jair Bolsonaro.

À Folha de S.Paulo e ao El País, Lula afirmou que a elite brasileira deve fazer uma autocrítica depois de eleger Bolsonaro presidente do país. "Vamos fazer uma autocrítica geral nesse país. O que não pode é esse país estar governado por esse bando de maluco", disse Lula.

O ex-presidente afirmou que é vítima de uma farsa e voltou a dizer que é inocente. “Eu tenho certeza de que durmo todo dia com a minha consciência tranquila. E tenho certeza de que o Dallagnol não dorme, que o Moro não dorme”, afirmou o ex-presidente à jornalista Mônica Bergamo ao citar Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato, e o ex-juiz e atual ministro Sérgio Moro.

Ao ser questionado sobre a morte do neto, em março, Lula disse ser grato ao vice-presidente Hamilton Mourão por defender que ele fosse ao velório. "Ele foi um cara que disse que era uma questão humanitária visitar meu neto. Diferentemente do filho do Bolsonaro, que postou uma série de asneiras no Twitter", enfatizou Lula.

"Brasil é governado por um 'bando de maluco', afirma Lula na prisão", sublinha a manchete da Folha.

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Um dia depois de suspender uma propaganda do Banco do Brasil e de determinar que as propagandas de estatais sejam submetidas à aprovação do Planalto, o governo recuou e reconheceu que a medida desrespeita a Lei das Estatais.

O Globo dá destaque às declarações do ministro Santos Cruz (Secretaria de Governo), que afirmou que o veto ao vídeo do BB está suspenso, assim como a determinação de que toda a publicidade passasse por análise prévia do Planalto. "Não observou estritamente o que diz na legislação, não tem validade", disse o ministro, que não confirmou se a propaganda do BB vai voltar ao ar.

O matutino carioca cita o artigo da Lei das Estatais que afirma que "as ações e deliberações do órgão ou ente de controle não podem implicar interferência na gestão das empresas públicas e das sociedades de economia mista a ele submetidas nem ingerência no exercício de suas competências ou na definição de políticas públicas". "Governo recua e não vai mais analisar propagandas", informa a manchete do Globo.

O Estado de S.Paulo mostra levantamento feito com os 49 deputados que compõem a Comissão Especial na Câmara responsável pela análise do mérito do texto da reforma da Previdência. Segundo o matutino, 32 dos 49 deputados se dizem favoráveis à proposta, mas 16 deles desejam fazer alterações no texto.

Para passar pela Comissão especial, a proposta do governo deve receber no mínimo 25 votos. De acordo com o Estadão, entre os pontos que alguns parlamentares querem alterar estão temas que o governo já admitiu que pode abrir mão, como as regras para a aposentadoria rural.

Além disso, alguns deputados defendem mudanças em pontos essenciais para a equipe econômica como a introdução de um regime de capitalização. Outros parlamentares defendem mudanças que esvaziaram a reforma e reduziriam muito a economia projetada pelo governo, como retirar a vinculação da reforma para Estados e municípios. "Maioria da Comissão apoia reforma, mas com alterações", destaca o título principal do Estadão.