20 de abril - sábado - Os destaques dos JORNAIS MATUTINOS DE HOJE que a ABRACAM preparou para que você fique bem informado.

OS JORNAIS MATUTINOS DE HOJE

STF deve discutir inquérito em plenário; Áudio de Onyx sugere intervenção. Jornais de sábado (20)

Veja quais são as notícias de destaque nos matutinos brasileiros

O Globo afirma, na sua primeira página, que a revogação da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendendo a censura à revista digital Crusoé e ao site O Antagonista, reduziu a temperatura da crise entre os ministros da Corte, mas não resolveu completamente a situação. Alguns membros defendem que o inquérito aberto para apurar ofensas e fake news contra a Corte seja levado a plenário para análise da continuidade das investigações.

O Globo destaca que o ministro Marco Aurélio Mello já disse publicamente que a questão seja levada ao plenário e ressaltou que cabe ao ministro Dias Toffoli, presidente do STF, a decisão de inserir o assunto na pauta do plenário. O ex-ministro do STF Carlos Ayres Britto concorda que o plenário saberá decidir melhor sobre a questão. "O Supremo saberá decidir da melhor maneira possível. O Supremo dará a última e abalizada palavra sobre o caso. Quem investiga não julga, e quem julga não investiga", disse o ex-ministro.

Inquérito aberto por Toffoli pode ser analisado em plenário

O Globo também dá destaque a um áudio enviado pelo ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) a um grupo de caminhoneiros via WhatsApp no qual o ministro afirma que o governo deu "uma trava na Petrobras" em relação ao reajuste no preço do diesel. O matutino carioca afirma que o áudio foi enviado no dia 27 de março, um dia depois do anúncio da Petrobras de que a política de preços mudaria – na nova previsão não haverá ajustes nos preços em períodos inferiores a 15 dias.

Na mensagem enviada pelo WhatsApp aos caminhoneiros, Onyx Lorenzoni diz que "o presidente está focado" e que o governo está trabalhando pela categoria. "O capitão aqui não vai jamais abrir mão de defender e proteger os caminhoneiros", escreveu Onyx. Um dia depois da mensagem do ministro, Jair Bolsonaro usou uma transmissão ao vivo em suas redes sociais para se dirigir diretamente aos caminhoneiros e falou da mudança anunciada pela Petrobras.

O Estado de S.Paulo informa que o movimento pela abertura de um processo de impeachment contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ganhou força nesta sexta-feira (19) e levou a senadora democrata Elizabeth Warren a defender que os deputados iniciem o procedimento. O matutino explica que o relatório do procurador Robert Mueller sobre a interferência da Rússia nas eleições de 2016 foi entregue aos congressistas na quinta-feira (18) e aponta um contato entre os assessores de Trump e agentes russos. O conteúdo reacende o debate sobre um processo de impeachment contra o presidente americano.

Em sua manchete, o Estadão apresenta levantamento dos últimos dez anos sobre o valor gasto pelo Congresso para ressarcir deputados e senadores por despesas como passagens aéreas, alimentação e hospedagem. Segundo o matutino, saíram R$ 2,8 bilhões dos cofres públicos nos últimos dez anos para bancar o chamado "cotão parlamentar". O Estadão explica que o "cotão" foi criado por meio de um ato assinado pelo então deputado Michel Temer como uma solução para a chamada "farra das passagens", esquema que durou de 2007 a 2009 e que resultou na denúncia contra 443 ex-deputados pelo gasto descontrolado com passagens em vôos nacionais e internacionais.

No Senado, o "cotão" teve início em 2011 pelo então senador José Sarney. O Estadão enfatiza que, até hoje, o Congresso não criou um mecanismo para comprovar se o serviço apresentado na nota fiscal foi efetivamente prestado e conta que as passagens aéreas estão no topo dos gastos declarados pelos parlamentares. "Em dez anos, Congresso gasta R$ 2,8 bi para bancar 'cotão'", sublinha a manchete do Estadão.

O Globo revela que as milícias do Rio de Janeiro entraram no negócio de recuperação de carros roubados como uma nova forma de ganhar dinheiro nas comunidades cariocas. De acordo com o matutino, os milicianos começaram a atuar em uma área dominada anteriormente pelo tráfico e agora cobram "comissão" pela devolução de motos e carros roubados e levados para dentro de comunidades dominadas pelas milícias.

O esquema funciona com a participação de associações de proteção veicular e patrimonial. O Globo explica que, após o roubo do veículo, intermediários das associações prometem encontrar o carro ou moto em poucas horas. Como a maior parte dos veículos possui rastreador, esses intermediários podem ir até a comunidade e negociar a devolução com a quadrilha que comanda o local. Segundo O Globo, os milicianos recebem cerca de 10% do valor dos veículos resgatados. "Milicianos faturam com resgate de carros roubados", destaca o título principal do Globo.

A Folha de S.Paulo dá ênfase ao risco de paralisação das obras de habitação popular no país por atraso nos desembolsos feitos pela União para bancar as obras. Segundo o matutino, o governo liberou R$ 800 mil após pressão das construtoras que trabalham com o programa "Minha casa, minha vida". A verba foi destinada especialmente para obras da chamada faixa 1 do programa, destinada a pessoas que ganham até R$ 1800 mensais.

Empresas envolvidas em projetos para essa faixa de renda geralmente são de pequeno porte e não tem estruturas para aguentar os atrasos nos pagamentos pelo governo. No entanto, construtoras que trabalham com outras faixas de renda também reclamam de atrasos no repasse dos recursos e temem que o impacto financeiro paralise os projetos. Empresários ouvidos pela Folha afirmam que não entendem a posição do atual governo, que pregou o liberalismo econômico mas está promovendo a quebra dos contratos com as construtoras. "Obras de habitação popular estão sob risco de paralisação”, aponta a manchete da Folha.