Quinta-feira, 29 de julho – DESTAQUES DO DIA - ABRACAM NOTÍCIAS

Bom dia! Veja o que você precisa saber para começar o dia bem informado, destacados pelo jornalista Milton Atanazio, direto de Brasília

🎧 Apelo de Queiroga pela 2ª dose, desemprego, inflação do aluguel: ouça o Resumão

  • Esta edição contém informações e fotos do G1

NOTÍCIAS


A judoca Mayra Aguiar fez história e conquistou o bronze. A ginasta brasileira Rebeca Andrade se apresenta nas Olimpíadas e pode subir ao pódio. A onda de frio traz neve para várias cidades do país. Desaparecimento dos meninos de Belford Roxo tem nova denúncia e acusação de espancamento das vítimas. Aneel desiste de novo reajuste na bandeira vermelha da conta de luz.

 

DESTAQUE ESTADÃO

 

Bolsonaro terceira via

 

O Centrão tem a chave do cofre, do palácio e do destino de um candidato

William Waack, O Estado de S.Paulo

A terceira via está aí: é Bolsonaro como candidato do Centrão. Os caciques dessa massa amorfa fisiológica, oportunista e que vive (desde sempre) mamando nas tetas do Estado jamais tiveram tanto poder. Possuíam a chave do cofre desde as emendas do relator. Agora obtiveram também a chave do palácio e um nome no qual parte importante dos caciques partidários confia para manter o atual continuísmo.

Bolsonaro vai continuar vociferando impropriedades, estupidezes e bravatas para manter seu núcleo duro de apoio (que diminuiu consideravelmente nos últimos dois anos). É da natureza dele e fútil esperar qualquer alteração – no máximo uma moderação de estilo dependendo do momento de maior ou menor desequilíbrio pessoal. Trata-se de um irrecuperável personagem político.

Para o Centrão não é Lula que surge como peso “contrário” a ser oferecido contra Bolsonaro. Mas, sim, um Bolsonaro domado, controlado e dedicado a atender as plateias do clientelismo por meio do qual sobrevive o Centrão (entendido como as forças políticas sempre próximas aos cofres e máquinas públicas). Em outras palavras, a alternativa entre o Bolsonaro que se conhece e o Lula que se conhece é o Bolsonaro do Centrão.

As principais agendas de Bolsonaro – se é que existiram de forma articulada – foram diluídas em pontos de interesse do Centrão. Uma das mais destacadas, a política econômica de Guedes, que os mercados já não ouvem (foi substituído pelo presidente do Banco Central), tem como eixo central hoje montar programas assistenciais e emergenciais que atendem ,obviamente, a necessidades humanitárias – mas de natureza claramente eleitoreira.

Com o Centrão agora dono do palácio via Casa Civil, completou-se a eliminação das três âncoras de Bolsonaro do começo do mandato – anticorrupção, agenda econômica “liberal” e eficiência administrativa e sentido estratégico através de oficiais-generais das Forças Armadas. É importante notar que Bolsonaro contribuiu ele mesmo para derrotar, dissolver e desmoralizar o que teriam sido “núcleos” de direção, e o Centrão está aí para demonstrar, mais uma vez, que não existem vácuos de poder em política.

A bem-sucedida operação do Centrão em tomar espaço dos militares é relevante também por evidenciar o blefe bolsonarista ao flertar com golpe contra o STF e o TSE, assumindo que o “mito” teria apoio de instâncias como o Alto Comando do Exército. Em conversas entre si, mas também com interlocutores de fora da instituição, oficiais em posições de comando referem-se a Bolsonaro com desprezo intelectual, repulsa pessoal e não enxergam qualquer espaço para um golpe – embora também reiterem fortíssimas críticas aos integrantes do STF e ao desequilíbrio entre os poderes, deformação atribuída por eles ao Judiciário.

Há entre os principais comandantes uma noção difusa, mas que está ganhando corpo, no sentido de reconhecer que o envolvimento em política teria começado de forma meramente “pontual” (como bloquear ações do STF em favor de Lula em 2018), mas, sob Bolsonaro, chegou ao ponto do intolerável. Eles também (os comandantes) se ressentem da ausência de “lideranças” entre seus quadros, uma qualidade que não reconhecem na figura do general Braga Netto, o ministro da Defesa e seu “chefe” direto.

No episódio da bravata de Braga Netto sobre impedir eleições, “note que ele falou sozinho e, embora acompanhado dos três comandantes militares, eles nada disseram”, ressalta um oficial que detém comando relevante. Seja como for, outro “sentimento” (ainda difuso) entre o generalato é o de que está chegando a hora de “lavar as mãos”, e considera-se vantajosa nesse sentido a oportunidade oferecida pelo Centrão ao apadrinhar Bolsonaro. “É ridículo general distribuindo verba para deputado fisiológico”, arrematou a mesma fonte.

Até aqui Bolsonaro desmentiu todos os cálculos políticos que apontavam para o que seria “racionalmente” mais vantajoso para ele – nem governou, nem juntou os elementos decisivos para qualquer tipo de golpe. Ou seja, é o maior inimigo de si mesmo. Deve-se reconhecer que os profissionais da política no Centrão são mestres em sobrevivência e a aposta em Bolsonaro terceira via resulta de cálculo político frio, brutal e cínico. Mas é arriscadíssima.Vídeos, fotos e links (EDIÇÃO COMPLETA) no site  www.foconapolitica.com.br 

 

Aliados de Bolsonaro pressionam por ‘reforma de verdade’

Poder conferido a Ciro Nogueira provoca críticas e divisão na base bolsonarista

Felipe Frazão e Lauriberto Pompeu, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA — A entrada do principal partido do Centrão no núcleo duro do governo dividiu a base de apoio do presidente Jair Bolsonaro. O prestígio conferido ao Progressistas, legenda do novo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, provocou descontentamento nas fileiras do PTB e do Republicanos, além de críticas na caserna e na ala ideológica do governo. As trocas na equipe desengavetaram cobranças de mais cargos e aliados passaram a pregar, nos bastidores, uma  “reforma de verdade”.

Agora, outro partido que pode ser remanejado para nova acomodação no Palácio do Planalto é o PL de Valdemar Costa Neto. Uma ala do Centrão quer que a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, seja deslocada para comandar o Ministério do Turismo no lugar de Gilson Machado, nome considerado da cota pessoal de Bolsonaro.

Os defensores da ideia disseram ao presidente que precisam de alguém com mais experiência do que Flávia para fazer dobradinha com Nogueira na articulação política com o Congresso. O PL gostaria de levar o Turismo, mas sem perder a Secretaria de Governo. Bolsonaro, porém, ainda não bateu o martelo sobre essa equação.

As mudanças pontuais têm provocado queixas de partidos da base aliada que se sentem preteridos. O Progressistas de Nogueira, por exemplo, comanda hoje a Casa Civil, tem a liderança do governo na Câmara com Ricardo Barros (PR), alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, e elegeu o deputado Arthur Lira (AL) para a presidência da Câmara com o apoio do Planalto.

O presidente do PTB, Roberto Jefferson, não gostou da operação desencadeada para abrigar Nogueira na Casa Civil. Aliado de Bolsonaro, o ex-deputado insinuou que o presidente pode ser traído pelo novo ministro e disse que “não confiaria” em um político que apoiou o PT nas últimas eleições.

Vídeos, fotos e links (EDIÇÃO COMPLETA) no site  www.foconapolitica.com.br 

 

“Até o fim”

Nogueira já chegou a definir Bolsonaro como “fascista” e, em 2018, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava preso, disse que ficaria com ele “até o fim”. À época, o Progressistas tinha a então senadora Ana Amélia (RS) como vice de Geraldo Alckmin (PSDB), que disputava o Planalto. Também senador, Nogueira apareceu na propaganda eleitoral exibindo a hasthag #SouLula. Quando o ex-presidente foi mantido na prisão, ele migrou para a campanha de Fernando Haddad, candidato do PT. Na liderança das pesquisas de intenção de voto, Lula é hoje o principal adversário de Bolsonaro.

“Eu não tiraria o general Ramos (da Casa Civil), disse Jefferson. “Tem o general de confiança. Vai botar um civil? E um civil que o tempo todo, nos últimos 20 anos, apoiou o PT lá no Piauí”, afirmou.

O ex-deputado comparou a escolha de Nogueira ao que viveu o então presidente Fernando Collor meses antes de renunciar para não sofrer impeachment, em 1992. Logo no início daquele ano, Collor – hoje senador pelo PROS – nomeou Jorge Bornhausen, do PFL, para a recém-criada Secretaria de Governo. Não adiantou.

A aliança com o Centrão também constrangeu militares que faziam campanha contra o bloco fisiológico, do “toma lá, dá cá”, associado a “ladrões” pelo general Augusto Heleno, hoje ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Heleno costuma dizer agora que o Centrão “não existe mais”, o que contraria declarações do próprio presidente. Não foi à toa que Bolsonaro também lembrou, nos últimos dias, que integrou o antigo PP por 11 anos. “Eu sou Centrão”, disse o presidente, que tem convite para se filiar novamente ao partido de Nogueira e de Lira.

“O ambiente desconexo, desorientado e desunido da articulação política abriu suas portas às chantagens e aos interesses do até então execrado Centrão e fez com que o próprio presidente tornasse pública a sua simpatia pelo fisiologismo do grupo”, criticou o general reformado Paulo Chagas, em manifesto. Antes bolsonarista ferrenho, Chagas tem vocalizado o descontentamento na caserna. “Mais do que nunca, mudar é preciso”, insistiu ele.

Na outra ponta, o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, um dos mais barulhentos representantes da militância ideológica, dirigiu duros ataques ao Centrão e provocou debates entre conservadores após Bolsonaro admitir que integrou o bloco quando era deputado.

Em discussões virtuais, Weintraub questionou se algum ministro, à exceção de Onyx, defende Bolsonaro mais do que ele e o irmão Arthur Weintraub, ex-assessor da Presidência. O ex-titular da Educação afirmou não se adaptar à “sacanagem” e disse que o presidente está “nas garras do Centrão”.

Com informações do Estadão de hoje (29)

Jogos Olímpicos

 

A judoca brasileira Mayra Aguiar se emociona após ganhar medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio — Foto: Sergio Perez/Reuters

A judoca brasileira Mayra Aguiar se emociona após ganhar medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio — Foto: Sergio Perez/Reuters

A judoca Mayra Aguiar fez história e conquistou seu terceiro bronze olímpico ao vencer a sul-coreana Hyunji Yoon. Ela é a primeira brasileira a somar três medalhas em esportes individuais. Antes de Tóquio, já havia subido ao pódio em Londres 2012 e Rio 2016. Ela é, ainda, a primeira brasileira a fazer isso em três Olimpíadas em sequência.

E hoje o Brasil também disputa medalha na ginástica artística feminina, e a brasileira Rebeca Andrade desponta como a favorita. A atleta da Vila Fátima, Guarulhos, levou “Baile de Favela” a Tóquio e na classificatória só ficou atrás de Simone Biles (veja apresentação abaixo). E a maior ginasta da história dos Estados Unidos reforçou a mensagem sobre saúde mental dessas Olimpíadas ao desistir de competir na final individual geral. Com a saída de Biles, fica aberto o caminho para o “Baile de Rebeca”.

As apresentações que classificaram Rebeca Andrade para as finais da ginástica artística
As apresentações que classificaram Rebeca Andrade para as finais da ginástica artística
https://g1.globo.com/mundo/video/as-apresentacoes-que-classificaram-rebeca-andrade-para-as-finais-da-ginastica-artistica-9721433.ghtml

E o tema em O Assunto é a saúde mental dos atletas. OUÇA:

E o que mais?

As meninas do vôlei entram em ação à 7h40 contra a seleção anfitriã. Às 9h, tem as partidas de Agatha e Duda contra as canadenses Bansley e Brandie. No rúgbi, a seleção feminina enfrenta a França no início da manhã e Fiji à noite. Tiro com arco, boxe e vela também estão entre as modalidades que podem garantir mais medalhas ao Brasil nesta quinta (28). 

 

Que frio é esse?

VÍDEO: Entenda a onda de frio intenso que atinge o Brasil
VÍDEO: Entenda a onda de frio intenso que atinge o Brasil
https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/video/video-entenda-a-onda-de-frio-intenso-que-atinge-o-brasil-9721487.ghtml

A gente bem avisou… A onda de frio chegou tão arrebatadora que nevou em pelo menos 13 cidade do RS (veja abaixo). A previsão é de mais neve e chuva em SC. Cinco capitais têm mínimas abaixo de 5ºC. No Rio, a ressaca pode causar ondas de até 4 metros. 

Pessoas brincam na rua com queda de neve em São Francisco de Paula na noite de quarta
https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/video/pessoas-brincam-na-rua-com-queda-de-neve-em-sao-francisco-de-paula-9724435.ghtml

Pessoas brincam na rua com queda de neve em São Francisco de Paula na noite de quarta

 

Pandemia

O Brasil passou de 553 mil mortes por Covid desde o início da pandemia. O número de mortes por Covid em julho deste ano já é maior do que o do mesmo mês em 2020 – pior mês da pandemia no ano passado – mesmo com as quedas nos últimos meses.

A queda, segundo especialistas, é um efeito positivo da vacinação, cuja primeira dose foi aplicada em 46,38% da população. Mas a redução da mortalidade por Covid pode ser prejudicada pela retomada das atividades antes da hora.

E ainda…

Lideranças indígenas denunciaram que servidores da Saúde venderam ao menos 106 doses de Coronavac a garimpeiros em troca de ouro. As doses de vacina estavam destinadas a Terra Yanomami e foram negociadas por integrantes da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), ligada ao Ministério da Saúde. Este é o segundo caso de denúncia de troca de vacina por ouro em Terra Yanomami.

 

AstraZeneca sem intermediários da vacina

A farmacêutica AstraZeneca informou em 29 de janeiro ao governo federal que não negociava vacinas por intermediários no mercado privado. A informação consta de documento encaminhado pelo Ministério da Saúde à CPI. Conforme o documento, uma diretora da empresa enviou um e-mail à Secretaria-Executiva da pasta e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Esse e-mail foi enviado após a empresa ter sido informada que uma companhia em Vila Velha (ES) havia oferecido doses de vacinas ao governo brasileiro.

Mesmo assim, em fevereiro deste ano o então diretor de Imunização do Ministério da Saúde, Lauricio Monteiro Cruz, deu aval para que um reverendo e a entidade presidida por ele negociassem 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca em nome do governo brasileiro com a empresa americana Davati.

 

Meninos de Belford Roxo

A polícia ainda busca informações sobre o desaparecimento de Lucas Matheus, de 9 anos, Alexandre Silva, de 11 anos, e Fernando Henrique, de 12 anos. Os meninos foram vistos pela última vez em Belford Roxo, no Rio de Janeiro, há sete meses. Ontem, um homem se apresentou à Polícia Militar e acusou o irmão de ter participado da ocultação dos corpos dos desaparecidos.

As crianças teriam sido espancadas e mortas a mando de José Carlos dos Prazeres Silva, conhecido como “Piranha”. O denunciante disse que o próprio irmão participou do crime, e que os meninos teriam sido levados para a Estrada Manoel de Sá em um carro e depois deixados em uma ponte. Após a denúncia, o outro irmão também se apresentou à delegacia e negou as acusações.

 

Conta de luz

Agência Nacional de Energia Elétrica decidiu não fazer um novo reajuste na bandeira vermelha da conta de luz. A medida busca atender ao governo, que está preocupado com o impacto da alta nas tarifas na inflação. O novo aumento era dado como certo (e necessário) por especialistas, frente à crise hídrica. 

 

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Direto com o jornalista MILTON ATANAZIO
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