Segunda-feira, 08 de junho - RESUMO das notícias que foram destaques na mídia

 Mudanças na metodologia, no horário da divulgação e erros nos dados do governo sobre a pandemia no Brasil geram críticas e reações. A OMS cobra transparência. E veículos de imprensa se unem para garantir a informação correta para a população. Segundo levantamento, são 849 mortes pelo coronavírus em 24 horas, e total passa de 37 mil. Flexibilização no RJ é barrada pela Justiça. Toffoli pede trégua entre os poderes. E as homenagens a George Floyd.

Confusão de números

Desde a quarta-feira passada, a divulgação dos dados oficiais sobre o novo coronavírus no Brasil vem passando por mudanças que dificultaram sua informação para a população. Além de alterar o horário, o Ministério da Saúde omitiu informações como o total consolidado de casos e o de mortes.

Por fim, ontem à noite, a pasta ainda apresentou números divergentes para 25 estados, e somente hoje à tarde esclareceu o erro. A mudança no formato do boletim foi criticada por autoridades e especialistas.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) destacou a necessidade de maior transparência e consistência dos dados sobre a pandemia no país. Já o presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre, informou que a comissão que acompanha as medidas de combate ao coronavírus passará a trabalhar só com os dados divulgados pelos estados.

Ainda assim, o Ministério da Saúde insistiu em divulgar apenas as mortes ocorridas no período das últimas 24 horas. Com isso, o governo retirou dessa conta os óbitos por Covid-19 confirmados nas últimas 24 horas e os que aconteceram em dias anteriores.

Veículos se unem

Diante dos obstáculos à informação correta, os veículos G1, O Globo, Extra, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e UOL formaram uma parceria inédita para trabalhar de forma colaborativa na busca dos dados precisos e necessários nos 26 estados e no Distrito Federal.

De acordo com o levantamento, feito com as secretarias estaduais, o Brasil registrou 849 mortes em 24 horas. O total de vítimas do coronavírus chegou a 37.312 e casos confirmados são quase 711 mil.

Ainda não é hora

A Justiça do Rio de Janeiro, a pedido do Ministério Público e da Defensoria Pública do estado, suspendeu trechos dos decretos do governador Wilson Witzel e do prefeito Marcelo Crivella que autorizavam a flexibilização das medidas de isolamento social contra a Covid-19. Passaram a estar suspensas, por exemplo, atividades esportivas ao ar livre, funcionamento de bares e restaurantes e abertura de shoppings. Decretos que previam a flexibilização foi publicados na semana passada tanto pelo governo estadual quanto pela prefeitura do Rio.

Hora da trégua

Trégua entre os poderes da República para combater a pandemia de coronavírus. Quem defendeu o diálogo foi o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, durante evento organizado nesta segunda-feira pela Associação dos Magistrados Brasileiros. Ao se referir ao presidente Jair Bolsonaro, Toffoli falou que algumas de suas atitudes têm 'certa dubiedade' que 'assusta' a sociedade.

Inquérito prorrogado

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta segunda-feira a prorrogação por mais 30 dias do inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal. Relator do caso, o ministro atendeu a um pedido feito pela PF e a proposta recebeu aval do procurador-geral da República, Augusto Aras. Em 29 de maio, a PF enviou ao STF documento no qual afirma que precisa ouvir o presidente no inquérito.

Fiança de US$ 1 milhão

Uma fiança mínima de US$ 1 milhão foi estipulada ao ex-policial Derek Chauvin, acusado de assassinar George Floyd no último dia 25 de maio. O caso - que envolve a morte de um homem negro após violência policial de um agente branco - gerou uma série de protestos antirracistas nos Estados Unidos e no mundo. O enterro de Floyd está marcado para a tarde desta terça-feira, após funerais realizados em Minnesota, Carolina do Norte e Texas.

Tem 5 minutos?

Seis meses depois do surgimento do novo coronavírus, batizado de Sars-CoV-2, ele continua avançando e infectando milhares de pessoas por dia, apesar dos esforços da comunidade científica internacional para contê-lo. Mas, neste período, também houve progressos, como a decodificação do genoma do vírus já em janeiro. Mas, afinal, o que se sabe até agora sobre a Covid-19? Entenda.

Retração da economia

5,2%. Essa deve ser a retração da economia global este ano, de acordo com estimativas divulgadas nesta segunda-feira pelo Banco Mundial. Devido aos impactos da pandemia do novo coronavírus, o mundo está caminhando para a maior recessão desde a Segunda Guerra Mundial. A queda do Produto Interno Bruto deve ser maior entre as economias mais avançadas, mas nos países emergentes e em desenvolvimento, a contração pode levar a milhões de pessoas à situação de extrema pobreza.

A BOA DO DIA

Aos 27 anos, o cientista brasileiro Rômulo Neris foi um dos sete pesquisadores brasileiros selecionados para estudar o novo coronavírus com uma bolsa da Dimensions Sciences, organização fundada nos Estados Unidos. Nascido e criado em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Neris voltou no final de maio da Califórnia, onde estava fazendo parte de seu doutorado em imunologia e inflamação. 'O Brasil ainda lida, principalmente na ciência, de um jeito muito amador com os pesquisadores', disse. Conheça a trajetória de Rômulo.

Com informações do G1

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