Sexta-feira, 5 de junho - RESUMO das notícias que a ABRACAM traz para você

Brasil registra mais de mil mortes por coronavírus pelo 4º dia seguido, aponta levantamento do G1. Mais uma vez, o governo atrasa a divulgação dos dados oficiais, e recebe críticas. Trump diz que EUA teriam 2,5 milhões de mortos se agissem como o Brasil. A morte do menino Miguel provoca protestos em Pernambuco, e a mãe dele dá um depoimento doloroso.

Números da pandemia

O Brasil registrou mais 1.149 mortes por coronavírus nas últimas 24 horas, segundo levantamento do G1 com as secretarias de Saúde. São 35.033 vítimas e 645.438 casos confirmados. Mais uma vez, o Ministério da Saúde atrasou a divulgação dos números atualizados. Antes, era às 17h, passou para as 19h e agora tem acontecido às 22h. Essa demora e a falta de transparência do governo gerou críticas nos outros poderes, e o Congresso pode intervir para fazer o levantamento mais cedo.

Combate à pandemia

O presidente americano, Donald Trump, afirmou que o Brasil está num 'momento bem difícil' em frente à pandemia de coronavírus. 'Se tivéssemos agido assim, teríamos perdido 1 milhão, 1,5 milhão, talvez 2,5 milhões de vidas ou até mais". Trump disse que pelo menos um milhão de pessoas foram salvas ao 'fechar os Estados Unidos'. Inicialmente, o presidente minimizou a ameaça do vírus que já matou mais de 108 mil pessoas nos EUA, país com maior número de óbitos pela Covid-19.

Caso MiguelMontagem com Mirtes, mãe do menino Miguel, e a patroa, Sarí Corte Real — Foto: Montagem/G1

Montagem com Mirtes, mãe do menino Miguel, e a patroa, Sarí Corte Real — Foto: Montagem/G1 

A primeira e única vez que confiei meu filho a ela, ela deixou meu filho ir para a morte", afirmou Mirtes Renata Santana de Souza, mãe do menino Miguel Silva, de 5 anos, sobre a patroa Sarí Gaspar Côrte Real. A criança morreu ao cair do 9º andar de um edifício de luxo no Recife, após a mãe descer para passear com o cachorro da família para quem trabalhava e deixar o menino aos cuidados da patroa. Assista à entrevista de Mirtes ao programa "Encontro com Fátima Bernardes".

O caso do menino Miguel inflamou o debate sobre racismo no Brasil. 'É um retrato de como os brancos tratam os negros no país', afirma a filósofa Djamila Ribeiro à GloboNews. Para historiadora, a 'nossa supremacia branca é assim'. Uma militante negra diz que é possível combater essas práticas através de quatro atos: ver, ouvir, falar e agir. Entenda.

Enquanto isso...

O Ministério Público Federal pediu a abertura de inquérito para apurar se o presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, cometeu crime de racismo. Em áudios captados em uma reunião fechada, Camargo chamou o movimento negro de 'escória maldita' e criticou religiões de matriz africana.

Inquérito das fake news

A defesa do presidente Jair Bolsonaro pediu ao Tribunal Superior Eleitoral, nesta sexta-feira, que o inquérito das fake news não seja incluído em dois processos que investigam se a chapa Bolsonaro-Mourão contratou empresas para efetuar disparos em massa de mensagens com informações falsas contra adversários eleitorais em 2018. O inquérito das fake news, por sua vez, está sob a alçada do STF e apura a produção e disseminação orquestradas de informações falsas e ameaças contra ministros da Corte. O pedido para unir o inquérito aos processos foi feito pelo PT. 

'Centrão' na mira

A Procuradoria-Geral da República denunciou nesta sexta ao Supremo Tribunal Federal o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), um dos líderes do 'Centrão', bloco parlamentar informal que passou a integrar a base do governo na Câmara. Lira é acusado de corrupção passiva em investigação no âmbito da Lava Jato. Ele teria recebido R$ 1,6 milhão em propina de uma empreiteira. Cabe ao STF analisar se vai receber a denúncia.

Ex-presidente do BNDES

O economista Carlos Lessa morreu de Covid-19, nesta sexta, no Rio. Lessa, que tinha 83 anos, foi presidente do BNDES e reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Fã da cultura, fundou o bloco de carnaval Minerva Assanhada. 'Foi um exemplo de amor incondicional pelo Brasil', disse um de seus três filhos.

Devastação

Hoje é o Dia Mundial do Meio Ambiente, e por aqui não há motivos para comemorar: os alertas de desmatamento na Amazônia subiram 22% este ano, segundo balanço preliminar com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Os sinais de devastação não desapareceram nem mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus. Veja aqui o total de área desmatada por estado.

Tem 5 minutos?

Clássico da literatura brasileira, 'Memória póstumas de Brás Cubas' foi relançado nos EUA esta semana, com nova tradução para o inglês, e esgotou em um dia nas maiores cadeias de livros do país. Uma crítica da revista 'The New Yorker' classificou a obra como 'uma das mais espirituosas, divertidas e, portanto, mais vivas e atemporais de todos os tempos'.

Sem o básico

Mais de 40 mil. Este é o número de brasileiros que foram internados com complicações por causa da falta de saneamento básico nos três primeiros meses do ano, aponta um estudo da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES). A internações custaram mais de R$ 16,1 milhões aos cofres públicos — 46% apenas na região Norte.

Pela primeira vez desde março, o dólar fechou abaixo dos R$ 5 nesta sexta-feira. A cotação reflete o cenário externo mais otimista, com os dados de criação de emprego nos Estados Unidos dando fôlego adicional aos mercados.

 COM INFORMAÇÕES DO G1

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