Terça-feira, 2 de junho - RESUMO das notícias que foram destaques

 O Brasil bateu recorde diário de mortes pelo novo coronavírus. O presidente Jair Bolsonaro diz lamentar as vidas perdidas, mas considera ser o "destino de todo mundo". O ministro da Justiça pediu investigação sobre o suposto vazamento de dados pessoais de Bolsonaro e aliados. A Procuradoria-Geral da República se posicionou a favor de estender o prazo do inquérito que apura se o presidente interferiu ou não na Polícia Federal. Nos Estados Unidos, os protestos contra o racismo entraram no oitavo dia. E, na França, houve confronto durante as manifestações.

Recorde de mortos por Covid-19 no Brasil

Enterro de vítimas de coronavírus no Cemitério do Cajú, no Rio de Janeiro — Foto: Saulo Angelo/Futura Press/Estadão Conteúdo

Enterro de vítimas de coronavírus no Cemitério do Cajú, no Rio de Janeiro — Foto: Saulo Angelo/Futura Press/Estadão Conteúdo

O Brasil registrou nesta terça mais uma triste marca durante a pandemia do novo coronavírus. Segundo o Ministério da Saúde, foram 1.262 mortes em 24 horasmaior número contabilizado em um dia. O balanço do ministério aponta ainda que o total de infectados passou de 555 mil. Questionado por uma apoiadora que pediu palavra de conforto às famílias das vítimas, o presidente Jair Bolsonaro respondeu que lamenta "todos os mortos, mas é o destino de todo mundo".

Vazamento de supostos dados de Bolsonaro e aliados

O grupo de hackers Anonymous Brasil vazou na noite desta segunda-feira (1º), criminosamente, no Twitter, supostos dados pessoais de Bolsonaro, seus filhos, ministros, empresário e políticos bolsonaristas. O presidente classificou o episódio como uma tentativa de intimidação por um "movimento hacktivista". E o ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, pediu à Polícia Federal a abertura de um inquérito para investigar o vazamento.

 Ministro da Justiça determinou que PF apure vazamento de dados de Bolsonaro e dos filhos   assista ao vídeo   https://globoplay.globo.com/v/8597352/

Arquivamento de pedido de apreensão de celulares de Bolsonaro

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou o pedido de partidos para que fossem apreendidos celulares de Bolsonaro e do filho, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). O procurador-geral da República, Augusto Aras, já havia se manifestado no STF contra a apreensão dos aparelhos.

Ministro Celso de Mello, do STF, arquivou o pedido de apreensão de celular de Bolsonaro

Ministro Celso de Mello, do STF, arquivou o pedido de apreensão de celular de Bolsonaro 

 Assista ao vídeo    https://globoplay.globo.com/v/8597333/

PGR a favor de prorrogar inquérito sobre suposta interferência na PF

O procurador-geral da República, Augusto Aras, enviou ao STF parecer favorável ao pedido da Polícia Federal para prorrogar o inquérito que apura suposta interferência de Bolsonaro na PF. A delegada Christiane Correa Machado pediu ao Supremo 30 dias adicionais para concluir a investigação. O relator do caso no STF, Celso de Mello, pediu a manifestação da PGR e deve decidir, agora, se prorroga ou não o inquérito.

Aras encaminha parecer favorável à prorrogação de inquérito que apura interferência na PF.   

Assista ao vídeo   https://globoplay.globo.com/v/8597343/

Constituição não prevê militares como 'poder moderador', diz OAB

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou um parecer para refutar a interpretação de que o artigo 142 da Constituição Federal permitiria uma "intervenção militar constitucional" para interferir na relação entre os poderes da República. No domingo (31), apoiadores do presidente Jair Bolsonaro promoveram manifestação na qual defenderam intervenção militar e outras medidas inconstitucionais.

OAB nega que intervenção militar constitucional seja prevista na lei
 OAB nega que intervenção militar constitucional seja prevista na lei   

Assista ao vídeo   https://g1.globo.com/globonews/jornal-globonews-edicao-das-18/video/oab-nega-que-intervencao-militar-constitucional-seja-prevista-na-lei-8598067.ghtml

A quarentena de MoroSergio Moro — Foto: JN

Sergio Moro — Foto: JN

A Comissão de Ética Pública da Presidência decidiu que o ex-ministro da Justiça Sergio Moro terá que cumprir um período de quarentena. Moro receberá salário por seis meses e poderá dar aulas e escrever artigos no período. Neste tempo, ele não pode trabalhar como advogado. A lei que dispõe sobre conflito de interesse no serviço público diz que pessoas que tenham exercido cargo de ministro, entre outros no alto escalão do governo federal, devem respeitar a quarentena antes de assumir emprego no qual possam se valer de informação privilegiada.

Ofensa do presidente da Fundação Palmares ao movimento negro: 'Escória maldita'Sergio Camargo é presidente da Fundação Palmares — Foto: Fundação Palmares/Divulgação

Sergio Camargo é presidente da Fundação Palmares — Foto: Fundação Palmares/Divulgação

O presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, chamou o movimento negro de "escória maldita" em uma reunião gravada sem que ele tivesse conhecimento. Na ocasião, Camargo também disse que Zumbi dos Palmares era "filho da puta que escravizava pretos", criticou o Dia da Consciência Negra, falou em demitir "esquerdista" e usou o termo "macumbeira" para se referir a uma mãe de santo. Os trechos foram divulgados pelo jornal "O Estado de S. Paulo". Procurado, Camargo lamentou a "gravação ilegal de uma reunião interna e privada".

Oitavo dia de protestos contra o racismo nos EUA

Manifestantes fazem ato contra o racismo na Foley Square, em Nova York (EUA), nesta terça-feira (2) — Foto: Yuki Iwamura/AP Photo

Manifestantes fazem ato contra o racismo na Foley Square, em Nova York (EUA), nesta terça-feira (2) — Foto: Yuki Iwamura/AP Photo

Os Estados Unidos entraram no oitavo dia de manifestações contra o racismo após a morte do ex-segurança George Floyd em uma ação policial em Minneapolis. A maior parte dos protestos ocorreu de maneira pacífica. Veja um resumo dos atos desta terça.

Multidão e tumulto em manifestação antirracismo na França

Manifestantes montam barricada em Paris, França, em ato antirracismo nesta terça-feira (2) — Foto: Michel Euler/AP Photo

Manifestantes montam barricada em Paris, França, em ato antirracismo nesta terça-feira (2) — Foto: Michel Euler/AP Photo

Os protestos nos Estados Unidos se espalharam por outros países. Na França, milhares de manifestantes foram às ruas de Paris em atos contra o racismo e lembraram o caso de Floyd e do jovem francês Adama Taoré, que morreu enquanto estava sob custódia policial, em 2016. A polícia lançou gás lacrimogênio contra os participantes do ato. Eles responderam ateando fogo em objetos e lançando pedras contra os policiais.

90% a favor de regulamentação contra fake news

Uma pesquisa feita pelo Ibope a pedido da ONG Avaaz mostra que 90% dos eleitores brasileiros apoiam a regulamentação das plataformas de redes sociais para combater as "fake news". Além disso, 76% acham que as plataformas devem rotular todos os robôs e suspender contas falsas.

A boa do dia

Na nova série do G1, "Agora é assim?", o escritor Clóvis de Barros debateu qual será o impacto do isolamento na vida em comunidade após a pandemia. Para o filósofo, o momento pede reflexão. 'Não só sobre as estratégias, mas uma reflexão mais rara e mais difícil que é sobre o que queremos, não só para nossa vida singular e individual', disse Barros. Assista.

 
Com informações do G1
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