2 de junho, terça-feira - A ABRACAM traz os destaques do dia

 O Brasil passou da marca de 30 mil mortos pelo novo coronavírus. Celso de Mello arquivou o pedido para que fossem apreendidos celulares do presidente Jair Bolsonaro e do filho, Carlos. Na sétima noite de protestos contra o racismo nos Estados Unidos, houve novamente confronto. A explosão das manifestações após a morte do ex-segurança George Floyd é tema do podcast O Assunto. Em Brasília, a Polícia Federal começa a ouvir os investigados no inquérito das fake news. Pesquisa mostra que 90% dos eleitores brasileiros apoiam a regulamentação das plataformas de redes sociais para combater as "fake news". Trabalhadores informais nascidos em março podem sacar a segunda parcela do auxílio emergencial. . E também: outros caminhos para o luto e feminicídios.

Celulares de Bolsonaro e filhoCelso de Mello — Foto: Carlos Moura / SCO / STF

Celso de Mello — Foto: Carlos Moura / SCO / STF

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou o pedido para que fossem apreendidos celulares do presidente Jair Bolsonaro e do filho, Carlos Bolsonaro. O procurador-geral da República, Augusto Aras, já havia se manifestado contra a apreensão dos aparelhos.

30 mil mortosEvolução das mortes por Covid-19 no Brasil — Foto: Guilherme Luiz Pinheiro / G1

Evolução das mortes por Covid-19 no Brasil — Foto: Guilherme Luiz Pinheiro / G1 

Desde que a primeira morte foi registrada, em 17 de março, o Brasil levou dois meses para somar 15.662 mortes, em 16 de maio. Depois disso o salto que faz dobrar o número de vítimas ocorreu em aproximadamente uma quinzena.

Com esta contagem, o Brasil se junta a outros três países que ultrapassaram a triste marca dos 30 mil mortos. Está ao lado da Itália – que já foi o epicentro da doença na Europa –, do Reino Unido com uma das taxas de morte mais aceleradas do mundo e dos Estados Unidos que contam mais de 100 mil baixas.

Flexibilização agora?1º de junho: cliente checa mercadoria em loja que ficou aberta para entregar encomendas feitas online em São Paulo.  — Foto: André Penner / AP

1º de junho: cliente checa mercadoria em loja que ficou aberta para entregar encomendas feitas online em São Paulo. — Foto: André Penner / AP

Os anúncios de flexibilização das medidas de isolamento contra a Covid-19, feitos em vários estados, estão ocorrendo na época em que há maior circulação de vírus respiratórios no país, segundo séries históricas do InfoGripe, sistema de monitoramento da Fiocruz. Entenda.

Outros caminhos para o luto 

Coronavírus faz com que famílias busquem novos rituais de despedida dos seus mortos 

ASSISTA AO VÍDEO   https://globoplay.globo.com/v/8583192/

A pandemia de coronavírus está levando a mudança de ritos funerários e a forma como os brasileiros vivenciam o luto. Funerais virtuais e memoriais online viraram caminhos durante as restrições do isolamento social.

Fúria nos EUA

Os Estados Unidos voltaram a registrar confrontos ontem, sétimo dia de protestos contra o racismo. As maiores cidades do país decretaram toque de recolher para tentar conter o tumulto após noites de violência.

As manifestações desta segunda ocorrem uma semana após a morte de George Floyd, um ex-segurança negro morto em Minneapolis após um policial ajoelhar sobre seu pescoço durante abordagem.

Em pronunciamento na Casa Branca, o presidente Donald Trump reforçou o pedido para que governadores e prefeitos contivessem a violência. Caso contrário, disse ele, as Forças Armadas podem ser convocadas.

 Assunto

impunidade de crimes raciais e a desigualdade acentuada pela pandemia da Covid-19 se misturaram no caldeirão social norte-americano. O país líder em casos e mortes pelo novo coronavírus agora se vê em meio a manifestações contra o racismo e a desigualdade. Neste episódio, Renata Lo Prete conversa com Silvio Almeida, professor de Direito da USP, da FGV e do Mackenzie, atualmente professor convidado na Universidade de Duke, na Carolina do Norte. Participa também o correspondente da Globo em NY Guga Chacra, que traça um raio-x dos protestos e como eles podem ter consequências na campanha presidencial. Ouça:

 

E mais: Tragédia anunciada nos EUA. Autoridades de saúde e governos estaduais advertem que protestos que agitam o país agravará a pandemia do novo coronavírus. Entenda no Blog da Sandra Cohen.

Coro antirracista

Em sentido horário: Ariana Grande, Tinashe, Halsey com Yungblud e Kehlani em protestos de rua nos EUA após a morte de George Floyd — Foto: Reprodução / Twitter

Fora do palco, dentro do protesto: cantoras pop engrossaram o coro antirracista nos EUA. Do teen pop ao ativismo, Ariana Grande, Tinashe, Halsey, Kehlani, Camila Cabello, Lauren Jauregui e outras vão às ruas com cartazes de papelão contra racismo e enfrentam tiro e bomba.

Feminicídio

Casos de feminicídio crescem 41,4% em SP durante pandemia de Covid-19 — Foto: Acervo ALEAM

Os casos de feminicídio aumentaram 41,4% no estado de São Paulo nos meses de março e abril de 2020 , comparados com o mesmo período do ano passado, de acordo com o estudo “Violência Doméstica durante a pandemia de Covid-19“, elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

A pesquisa foi feita em 12 estados e a média nacional de aumento de casos de feminicídio foi de 22,2%, praticamente metade do aumento em São Paulo. Feminicídio é o tipo de crime de violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

Pesquisa: fake news

Uma pesquisa feita pelo Ibope a pedido da ONG Avaaz mostra que 90% dos eleitores brasileiros apoiam a regulamentação das plataformas de redes sociais para combater as "fake news". O levantamento foi feito por telefone, entre os dias 28 e 30 de maio. Foram entrevistadas cerca de mil pessoas com mais de 16 anos de idade, em todos os estados e no Distrito Federal. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.

Nesta terça, o Senado deve votar o projeto de lei que prevê ações das redes sociais para combater a disseminação de conteúdo falso, as chamadas "fake news".

Inquérito das fake news

A Polícia Federal (PF) começa a ouvir alvos do inquérito que apura ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e disseminação de fake news. As medidas foram definidas pelo ministro relator do caso no STF, Alexandre de Moraes. Na quarta (27), Moraes autorizou 29 mandados de busca e apreensão contra ativistas, blogueiros e empresários suspeitos. Moraes determinou os depoimentos de seis deputados federais e dois estaduais, todos do PSL. Os agentes também estiveram nas casas da ativista Sara Winter e do blogueiro Allan dos Santos para a notificação dos depoimentos.

Ajuda de R$ 600

 — Foto: Marcos Santos / USP Imagens

— Foto: Marcos Santos / USP Imagens

A Caixa Econômica Federal (CEF) libera as transferências e os saques em dinheiro da segunda parcela do Auxílio Emergencial depositada em poupanças sociais digitais do banco para os 2,7 milhões de beneficiários nascidos em março.

Riscos em lives

Relatos de contaminação pelo coronavírus em reuniões de grupos musicais - que, em alguns casos, levaram à morte de integrantes - acenderam um alerta. Afinal, cantores e instrumentistas são vetores mais perigosos de coronavírus do que outras pessoas? Corais de SP têm integrantes doentes; membros da equipe de dupla foram infectados após live. Especialistas dizem que proximidade entre músicos é mais perigosa que atividade em si.

Curtas e Rápidas:

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