Sexta-feira, 1º de maio de 2020 – A ABRACAM apresenta os destaques da mídia

O Brasil tem a segunda maior velocidade de infecção por COVID-19, mesmo com subnotificação crônica. Além do número de mortes, o país já passou a China também nos registros de casos. O ministro da Saúde, Nelson Teich, diz que, neste momento, “ninguém está pensando em relaxar o isolamento”, mas Bolsonaro afirma que todo o esforço até o momento foi “inútil”.

Celso de Mello dá 5 dias para que Moro preste depoimento

O depoimento é sobre as acusações feitas contra o presidente Jair Bolsonaro.
Celso de Mello dá 5 dias para que Moro preste depoimento

decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Celso de Mello, acaba de determinar que o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro preste depoimento em um prazo de 5 dias sobre as acusações feitas contra o presidente Jair Bolsonaro.

Moro disse que o presidente tentou interferir na Polícia Federal ao obter relatórios da corporação. 

De acordo com a decisão, Moro terá que fazer “manifestação detalhada sobre os termos do pronunciamento, com a exibição de documentação idônea que eventualmente possua acerca dos eventos em questão”.

Ele será interrogado pela Polícia Federal no prazo máximo de 5 dias.

Pela decisão, Moro deverá apresentar provas das acusações feitas na semana passada contra o presidente Jair Bolsonaro.  

A oitiva será a primeira medida tomada no inquérito aberto a pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, para apurar suposta tentativa de interferência na PF ou crime de denunciação caluniosa. O pedido para agilizar a data do depoimento foi feito por parlamentares da oposição. 

Na sexta-feira (24), durante pronunciamento, Bolsonaro negou que tenha pedido para o então ministro interferir em investigações da PF.

Empenho para achatar a curva foi praticamente inútil, diz Bolsonaro

 Durante a live, Bolsonaro voltou a defender a nomeação de Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal.
Empenho para achatar a curva foi praticamente inútil, diz Bolsonaro
 "Eu já disse, 70% da população vai ser infectada [pelo novo coronavírus]. Pelo que parece, pelo que estamos vendo agora, todo o empenho para achatar a curva praticamente foi inútil. Agora, efeito colateral disso: desemprego. O povo quer voltar a trabalhar. Todo mundo sabe que, quanto mais jovem, menos problemas tem de ter uma consequência danosa em sendo infectado pelo vírus", afirmou Bolsonaro durante sua live semanal, transmitida pelo Facebook.

Medidas de isolamento social, como fechamento de comércio não essencial, suspensão de aulas presenciais e aglomerações, estão entres as principais ações defendidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e adotadas por autoridades sanitárias de vários países, como forma de conter o avanço da covid-19. O Brasil contabiliza mais de 85,3 mil casos oficiais notificados e quase 6 mil mortes pela novo coronavírus, segundo atualização mais recente do Ministério da Saúde.

Durante a live, Bolsonaro voltou a defender a nomeação de Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal e fez um apelo para que o Supremo Tribunal Federal (STF) reveja a decisão que suspendeu a indicação e posse do delegado no cargo.

"Eu faço um apelo ao ministro do STF, aos demais ministros, não é por mim, é pela vida pregressa desse homem, pelo seu passado, por tudo aquilo que ele já fez pela pátria, no combate à corrupção, no combate à criminalidade , que reveja essa situação para que ele possa assumir", disse o presidente, depois de ler um curriculo de Ramagem na transmissão.

Na manhã de ontem (29), o ministro Alexandre de Moraes decidiu suspender o decreto de nomeação e a posse de Alexandre Ramagem no cargo. Na decisão, o ministro citou declarações do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que ao deixar o cargo na semana passada acusou o presidente Jair Bolsonaro de tentar interferir politicamente na PF. Ramagem é próximo da família do presidente e atuou em sua segurança pessoal, após a vitória no segundo turno das eleições.

Com informação: Agência Brasil

COVID-19

O Brasil subiu para o segundo lugar na velocidade de infecção do novo coronavírus, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), tabulados pela Universidade Johns Hopkins. Mas, diferentemente dos norte-americanos, no Brasil faltam testes. Por isso, esses números na realidade são ainda maiores. O último balanço do Ministério da Saúde, divulgado nesta quinta-feira (30), indica 85.380 casos confirmados, contagem que ultrapassa os 84.373 casos da China. De acordo com o Ministro da Saúde, Nelson Teich, "ninguém está pensando em relaxar o isolamento, estamos criando uma diretriz". Ele também afirma que é possível que o Brasil chegue a 1.000 mortes por dia. Já o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse durante live que "70% da população vai ser infectada. Pelo que estamos vendo agora, todo empenho para achatar a curva foi praticamente inútil".

Vacina

A farmacêutica americana Pfizer deve apresentar entre o final de maio e o início de junho os primeiros resultados dos testes clínicos de uma vacina que pode ser eficaz contra a COVID-19. Respondendo a perguntas enviadas pela CNN, a empresa explicou que a velocidade no desenvolvimento de uma possível imunização está associada a um novo tipo de tecnologia, baseada no chamado RNA mensageiro, o mRNA. São vacinas desenvolvidas a partir do código genético do vírus e não, como é padrão, de uma versão inativada do próprio composto que causa a doença.

Jair Bolsonaro

A Justiça de São Paulo, não aceitou o relatório médico enviado pela Advocacia-Geral da União (AGU) sobre a saúde do presidente Jair Bolsonaro. A juíza Ana Lúcia Petri Betto, da 14ª Vara Cível Federal de São Paulo, deu 48 horas para que a AGU envie “os laudos de todos os exames aos quais foi submetido o Exmo. Sr. Presidente da República para a detecção da COVID-19”. Em caso de descumprimento, a multa é de R$ 5.000,00 por dia.

Sergio Moro

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu que a Polícia Federal deve ouvir o ex-ministro Sergio Moro em até cinco dias dentro do inquérito sobre as acusações contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O decano tomou a decisão após pedido de parlamentares para que o depoimento de Moro fosse antecipado. As ações argumentam que o prazo de 60 dias inicialmente definido para ouvir o ex-ministro poderia se "demonstrar excessivo" em razão da gravidade das suspeitas que recaem sobre o presidente da República. À revista "Veja", Moro disse que possui provas das acusações que fez contra o presidente, e que irá apresentá-las “no momento oportuno, quando a Justiça solicitar”.

Estados e municípios

O presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, fecharam um acordo sobre o pacote de socorro financeiro a estados e municípios. São quatro os principais pontos do acordo, que prevê a suspensão de dívidas dos estados com a União até dezembro e um repasse de R$ 60 milhões. Segundo a colunista Raquel Landim, a ajuda é vista como insuficiente pelo secretário da Fazenda do estado de São Paulo, Henrique Meirelles. Ele estima que a perda de arrecadação no estado será de R$ 12 bilhões, e no pacote de transferência haveria apenas R$ 7,5 bilhões para o estado. Meirelles disse que São Paulo vai ainda batalhar para ampliar essa verba. Para o colunista Caio Junqueira, a maior dúvida é sobre como Rodrigo Maia receberá o texto na Câmara, já que ele sofreu grandes alterações no Senado.

1 milhão

É a quantidade de pessoas curadas do novo coronavírus, segundo dados divulgados pela universidade Johns Hopkins.

Bolsonaro

O único crime do Ramagem é ter participado da minha segurança, sua proximidade para comigo.

Jair Bolsonaro (sem partido), presidente da República, durante live em redes sociais nesta quinta-feira (30).

Com informações da CNN

 

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